"Surpresas e desentendimento" [4]

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"Eles são fortes fisicamente, mas e psicologicamente?"

O sol estava alaranjado, demonstrando que estava cansado e logo iria se pôr, dando seu espaço para a lua. Todos os hashiras viviam suas vidas normalmente, com treinas respectivamente repetitivos e cansativos. Tanto o hashira da água quanto o do vento, treinavam com as típicas espadas feitas de madeira, criando uma simulação de luta, para os outros que assistiam.
Quando os objetos estavam em seu ápice, as espadas de madeira, se quebraram ao meio, caindo no chão, causando um barulho tanto que alto. Sanemi e Sabito se aproximaram em uma distância adequada e apertaram as mãos agradecendo pela luta:
- Eu ainda não acredito que o Shinazugawa está sendo educado. - Comentou com calmaria a pilar do inseto que soltou uma baixa risada olhando para a amiga, Nezuko que sorriu divertida.
- Sr. Shinazugawa está calmo esses dias... -Fitou o homem- Talvez porquê, ele não tem o motivo de se estressar, não é, Sra. Shinobu?
A mesma afirmou encarando os cabelos da menina, e logo olhou para a frente, esperando a próxima luta ocorrer.

Enquanto isso, os que lutaram, se juntaram para saírem do local onde estavam todos os hashiras e seus calouros. Shinazugawa soltou um suspiro longo:
- Por que não foi com tudo que tinha na luta?
Sabito olhou para o mesmo e logo fitou seu quimono, no qual tinha uma cor amarelada junto a um azul. Sorrindo triste, comentou:
- Daqui alguns dias... - Resolveu contar o motivo de seu sufoco- Seria o aniversário de uma pessoa especial.
- Mas o que isso tem a ver com nossa luta?
Sabito encarou Shinazugawa com um olhar amargo, suas orbes azuis lindas e firmes, podem fazer Sanemi recuar, mas sendo do mesmo nível que o seu calouro, apenas escutou o que aquele que possuía a máscara de uma raposa, apoiada em seu pescoço:
- Ele... Tinha medo de lutar.
Foram as últimas palavras de Sabito, antes do mesmo sair do local com pressa, deixando Shinazugawa com dúvida sobre quem era aquela pessoa que o menino tanto dizia.

A noite caiu sobre o céu, que antes com uma tonalidade de cores quentes, agora se expandia com seu imenso azul penumbroso e amedrontador da noite escura.
O tempo, mesmo passando lentamente, Sabito evitou conversar com os Hashiras que se mantiam convivendo na sociedade dos caçadores. E então, a noite de caça havia chego em seu começo, e os exterminadores de demônios saíram para devolver o bem, a noite que antes era calma, mas agora, sabiam que não era tão ilusória assim.
E assim, Shinazugawa junto a seu calouro saíram para uma missão juntos, pois tanto Sanemi quanto Sabito, não queriam sair separados naquela missão, como tantas outras já estiveram juntos.

...

Os onis, juntos, saíram para a caça, se separando rapidamente sobre o luar. Tanto Tomioka, quanto Obanai, estavam competindo sobre quem conseguiria encontrar um hashira primeiro, pois estavam novamente com uma briga banal, para ver quem era o melhor demônio entre ambos, por mais que Gyuu fosse inferior, Obanai nunca aceitou a derrota de forma pacífica.
Então, depois de um longo tempo, começaram a jornada.

O primeiro demônio a barrar com pessoas que possuía uma katana, forá Tomioka, que cautelosamente observou um homem de cabelos brancos, com o olhar irritado, andando com os punhos cerrados. Gyuu olhou estranho e sorriu mínimo precionando os lábios:
- Achei...
Quando ia se mover, viu que o mesmo não estava sozinho, e assim, com uma única observação, resolveu se manter quieto, pois sabia que sozinho não enfrentaria dois hashiras. Pouco tempo depois, Obanai apareceu ao seu lado com um sorriso:
- Pelo visto, encontrou dois.
- Um seu e um meu, pode ser?
Encarou o demônio com calmaria, e Iguro lhe observou com a face neutra:
- Por que você tem que ser tão calmo?
- Por que você tem que ser tão irritante?
O olhar azulado rapidamente fitou os Hashiras, dando de cara com um azul-céu profundamente amargurado em tristeza e decepção, percebendo ser um amigo íntimo de infância, o coração do oni acelerou ao seu recordar de quem era aquele rosto cauteloso que sempre o protegia. Gyuu se levantou de onde estava, se movendo rapidamente para onde o pilar da água se encontrava, Sabito ainda sendo mais velho que Tomioka, era maior que o mesmo em termos de altura. O demônio encarou os olhos entristecidos, e abraçou fortemente, esperando ser atacado com uma navalha em seu peito.
Mesmo sabendo de tais consequências negativas, ele confiava tanto naquele pilar que se mantiam ainda admorando-o de longe. Se tivesse que lutar, com certeza Gyuu abaixaria sua katana em um ato de derrota, sobre tudo, ele ainda escondia uma paixão dolorida de seu passado em cima de seu amigo. Aquilo não o impedia de luta, mas de saber viver corretamente.
Lágrimas escorreram pelo rosto do mais baixo, com a certeza de que seria apunhalado pela navalha afiada de Sabito. Mas, o mesmo acariciou seus cabelos com frios azuis escuros, que transmitiam um belo destaque a sua característica externa.
Shinazugawa, não podendo ficar parado, atacou o oni que se agarrou nos braços de seu calouro, mas o surpreendente, forá ver Sabito defendendo aquele demônio, e o resultado, foi duas espadas fazerem um barulho alto sobre a vila:
- Deixa eu matar ele logo, Sabito!
O menino estava com lágrimas em seus olhos, e era o mesmo que acontecia com Gyuu, todos eles estavam tensos, e ao perceber, Obanai se aproximou deixando explícito sua presença no local. Ambos estavam tensos, mas para demonstrar respeito ao seus parceiros, se mantiveram quietos:
- Eu senti tanta falta sua, Gyuu...
O oni lhe encarou nos olhos e limpou as próprias lágrimas. Obanai se mantiverá surpreso pela ação do mesmo, pois jamais havia visto o companheiro chorar daquela maneira. Sanemi se irritou:
- O que tá acontecendo aqui!?
Sabito sorriu fraco para o mesmo, e olhou para Shinazugawa:
- Hum... Lembra hoje cedo, que eu havia dito sobre alguém especial? - Sanemi afirmou sem paciência- Gyuu Tomioka, era dele que eu estava dizendo.
O mesmo encarou o oni irritado e logo soltou um suspiro algo:
- De qualquer forma, vamos logo com isso. Eles são demônios! Não tem nada aqui a não ser causar confusão.
Os olhos escuros fitaram entristecido o pilar da água, que acariciou a face do mesmo:
- Está tudo bem, ele é irritado dessa forma.
- Você, é, estranho. - Comentou Sanemi- E já não fui com a cara dessa cobra.
- O que você falou, seu estressadinho!?
Iguro e Sanemi se olharam com ódio, mas Gyuu e Sabito estavam calmos como sempre. E quando se afastaram, o hashira da água propôs:
- Bem, eu vou esclarecer tudo para vocês. Contanto que tenham tempo e principalmente confiança. Não precisa ter em mim, mas confiem no Tomioka, você Sanemi, vai descobrir o porquê dele não me atacar... - Olhou seriamente para o hashira do vento- Se você tocar um dedo no Tomioka, eu mesmo vou te matar.

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