"Ciúmes" [8]

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"Sentimentos, não são apenas humanos."

Enfim, o mais baixo acordou com um barulho na porta, quando se deu conta que estava com uma forte dor de cabeça, olhou para baixo, e percebeu três homens cansados, dormindo profundamente sobre a baixo de si. Olhou para si, observando marcas por todo seu corpo, e dos outros que estavam sem vestimenta alguma:
- Aí... Que dor de cabeça.
Gemeu enquanto tentava levantar dos braços de Sanemi e Sabito que lhe apertavam, mas Obanai não havia ficado para trás, e abraçava suas pernas com força. A porta de madeira bateu mais forte ainda, como se a pessoa estivesse com pressa de algo. Gyuu irritado, se remexeu tentando acordar o ruivo que apenas agarrou mais forte o mesmo, Tomioka suspirou e olhou para Sanemi, se aproximando do mesmo lentamente, segurou seu rosto:
- Shinazugawa... Acorda.
O albino abriu seus olhos lentamente, se deparando com o mais baixo. Abriu um sorriso, e selou seus lábios:
- Bom dia, Gyuu.
O mais baixo se agarrou no outro comentando:
- Estão batendo na porta, e... Pode ver para mim se está de manhã?
- Provavelmente está, baixinho. - Falou Obanai se levantando- Eu atendo.
O mesmo pegou sua roupa jogada no chão, e a vestiu, logo indo atender a tal pessoa.
Quando abriu a porta, se deparou com a mesma mulher que antes forá ver a luz. Os olhos escuros da moça, olharam de relance os outros na cama, sem ao menos querer acordar. Sorriu amarelado para Iguro que esperava a fala da mesma:
- Estou encarregada deste quarto. Querer pedir algo para comer, senhores?
- Sanemi, você e o Sabito vão tomar café?
Olhou para Shinazugawa que estava com Tomioka deitado em seu peito:
- Nhe, a gente vê isso depois.
O oni olhou para a moça com uma expressão neutra:
- Não estamos querendo nada agora, obrigado.
- E-então, está bem.
Obanai fechou a porta, e voltou para a cama se jogando onde estava deitado:
- Cara... Que dor de cabeça.
Suspirou e Tomioka lhe abraçou ainda sem vestir nada:
- Você tá falando isso? Eu já fiz o que fiz, agora levanta e vai me ajudar a tomar um banho.
- Você não consegue fazer isso sozinho? -Olhou para o corpo do mesmo, e soltou um sorriso malicioso- Fizemos um ótimo trabalho.
- Eu concordo.
Shinazugawa se intrometeu na conversa sorrindo da mesma maneira que Iguro. Tomioka revirou os olhos e olhou para Sabito ainda dormindo:
- Hum... Não vai me ajudar mesmo!? - Tocou no peitoral do oni- Iguroo-San...
Chacoalhou o peitoral do mesmo gemendo seu nome manhoso. Sanemi ficou com uma leve raiva, e Obanai aproveitava a oportunidade para suas carícias e beijos com Tomioka. Shinazugawa se levantou e carregou Gyuu para o banheiro:
- Dessa vez, você vai gemer o meu nome.
Falou irritado, adentrando o cômodo, e o trancando. Obanai olhou arrependido por deixar o mais novo escapar de seus braços.

Tomioka encarou Sanemi como se esperasse algo. O platinado ligou o registro, deixando a água cair, e logo, ficando atrás do demônio da água, mordia e dava leves chupões em seu pescoço, deixando marcas avermelhadas. O mais baixo gemia e arfafa, mas tampava sua boca com as mãos, abafando o som que Sanemi tanto gostava de escutar. As mãos grossas desceram para o corpo do moreno, o dedilhando como uma obra de arte, sentindo os arrepios de Gyuu:
- Sanemi! Chega...
Após suas falas, foram o ápice da realidade para Tomioka, que sentiu os dedos de Shinazugawa em sua entrada, gemendo sem querer. Olhou para o platinado com um grande arrependimento, pois mesmo que na noite anterior havia sido pior, já que eram três, seu corpo já não aguentará mais. Sabito foi calmo, mas ao logo do tempo, conseguiu ser mais grosseiro do que Tomioka acreditava, Obanai, foi mais fundo, mas Sanemi conseguiu superar os dois. O maior medo do demônio naquele momento, era Sanemi Shinazugawa, que além de ser imprevisível, era grosseiro:
- Há, por favor, Gyuu...
O de cabelos medianos olhou arrependido, mas sei corpo fazendo sempre o contrário, não recuou, e abraçou Shinazugawa:
- Nós somos errados demais, um relacionamento entre um demônio e um hashira?
- Não, não, Sanemi... Dois demônios e dois hashiras -Sorriu acariciando a face do maior-, mas eu não me arrependo, exceto as vezes que você me fode, aí já é outra coisa.
Sanemi colou suas testas, e selou os lábios rosados de Tomioka, com um sorriso lindo estampado no rosto do Hashira do vento. Gyuu se sentiu feliz por saber daquilo, e logo comentou:
- Vamos logo, quero aproveitar um momento com vocês três.
- Bem que você podia ter preferência, né? -Gyuu riu- eu em primeiro lugar, claro.
Os cabelos escuros se molharam, e no mesmo tempo, Tomioka riu divertido:
- Eu te amo tanto, Sanemi!
O platinado encarou surpreso, mas resolveu apenas aceitar aquelas palavras abraçando o mais baixo com força:
- Também te amo, Tomioka.
E assim, sentimentos expostos por uma noite cheia de desejos.

Obanai e Sabito que haviam acabado de acordar, ouviam tudo da porta do banheiro. Mesmo sabendo da realidade em que viviam, sentiam ciúmes de Tomioka com Shinazugawa, mas não poderiam dizer e fazer nada, pois se Gyuu soubesse daquele ciúmes, ficaria se sentindo culpado. Então, deixaram tudo fluir normalmente, com uma tristeza profunda, sem explicações explícitas....

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