Capítulo 06.

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Pov Kageyama

Esse madrugada, Hinata me acordou falando que tava enjoado e queria que fosse ao banheiro junto. Doía ver ele daquele jeito, eu só queria que ele no treino de novo, gritando por mim, gritando pra mim levantar pra ele.

Acordo. Deve ser por volta das 8 da manhã. Estou com uma pequena dor nas costas por ter dormido na poltrona. Olho pro lado e vejo Hinata dormindo, calmo e sereno. Percebo que seu cabelo esta um pouco úmido e com alguns fios grudados na testa, provavelmente é suor. O quarto do hospital é bem gelado então não tem motivos pro Shoyo estar com calor, ou seja, isso só pode ser uma coisa. Febre. Coloco a mão na sua testa e sinto que ele está muito quente. Me levanto da poltrona e saio do quarto a procura de alguma enfermeira.

O hospital parece estar meio vazio ainda então deve ser mais cedo o que imaginei. Logo avisto a mesma enfermeira que foi levar comida pro Shoyo ontem e vou em direção a ela.

- Com licença - Digo e ela se vira pra mim. - Eu estou de acompanhante do Hinata Shoyo do quarto 216, percebi que ele estava um pouco quente e como a temperatura do quarto não é alta pensei na possibilidade dele estar com febre.

- A sim, obrigada pro avisar. Irei conferir se ele realmente está com febre e dar um remédio para ele.

- Ok, obrigado pela atenção. - Digo e vou voltando para o quarto do Hinata.

Quando chego no quarto vejo Hinata sentado na cama olhando para o nada. Ele logo vira o rosto para mim.

- Onde você tava? - Ele diz em um tom meio desanimado.

- Você tá bem? - Falo indo em direção a ele.

- Eu perguntei primeiro. - Hinata fala desanimado novamente. Ele parece estar mais triste e sem animação que ontem.

Eu tenho que ser complementamente transparente com o Hinata. Não posso esconder o que ele tá passando dele mesmo. As vezes pode ser uma verdade ruim ou doida mas eu não gostaria que escondessem coisas assim de mim.

- Eu acho que você tá com febre - Falo e me sento na ponta da cama. - Avisei uma enfermeira e ela vai vir aqui.

- Não precisa de tudo isso. - Ele diz cabisbaixo.

- Hinata, tá tudo bem? - Falo me aproximando mais dele.

- Eu te fiz acordar de madrugada só pra me ajuda, minha mãe tá toda preocupada comigo, o Yamaguchi nem se fala ele tá bem mais que preocupado e eu não tô podendo jogar vôlei que é a coisa mais amo na vida! E agora você saiu, acordou cedo e se preocupou comigo de novo - Ele diz rápido e num tom choroso, vejo lágrimas de formando em seus olhos. - Já disse, eu só sou um peso na vida de todo mundo, eu deveria morrer.

- Hinata! Você tem ideia do que você acabou de dizer?! - Digo alto. - Você não pode morrer! Muita gente se importa e se preocupa com você porque muita gente te ama!

- Me diz uma pessoa que realmente me ama? Minha mãe? Isso é meio óbvio não acha? Toda mãe ama seu filho.

- Hinata, eu te amo. - Falo sem nem mesmo pensar.

- Você o que? - Ele diz me olha em meus olhos.

- Droga! - Coloco as mãos no meu rosto e sinto ele esquentando. Merda!

- Kageyama, olha pra mim! - Ouço Hinata falar. - Por favor, olha aqui, o que disse é verdade? Você realmente me ama?

Merda! Eu falei sem pensar mais uma vez e agora Hinata ouviu. Não pensava em me confessar tão cedo mas agora é um caminho sem volta.

- Kageyama! Por favor me responde!

Tiro as mãos do meu rosto e respiro fundo.

- Sim Hinata, eu te amo. E isso pode ser do nada mas você me faz sentir coisas que nunca senti antes e eu nunca amei alguém então isso é muito confuso pra mim - Digo rápido e sem pausas. - Você faz o tempo passar mais rápido, faz tudo parecer bem mesmo quando não tá e você foi o primeiro que quis cortar meus levantamentos malucos. Eu sei que isso pode ser muita loucura e você pode não sentir o mesmo mas eu te amo.

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