Revenge

Capítulo 4

NOTAS:

Mais pra frente eu explico a falta da nossa famosa pergunta nessa história: Espero que estejam  gostando!

Ps: cenas explícitas de violência e menção a abusos passados. 

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Não foi uma cena bonita de ver.

Assim que Riko abriu a porta do escritório no último andar do prédio, o homem à sua frente ficou de pé. Sua expressão claramente confusa foi substituída por uma de dor, no momento que Riko acertou o soco em seu rosto.

Nathaniel ficou contente por ter lembrado Riko de pôr as luvas antes de entrar na sala. O homem era um atleta e não caiu no primeiro golpe, o que deu tempo para Nathaniel abrir a lona que trazia consigo, era horrível acabar com evidência de sangue, o melhor seria sangrar sobre o plástico.

Atordoado com a mudanças de eventos, o homem até tentou revidar, mas Riko estava fora de si, socando e chutando até que outro finalmente caiu de joelhos.

— Um pouco para direita. — Nathaniel pediu, e Riko chutou o corpo do homem para rolar na direção do plástico. — Obrigado.

Riko olhou ao redor e Nathaniel levantou uma barra de ferro, entregando-a ao Moriyama que estava tão fora de si que sequer hesitou depois de ter a arma em sua mão.

— Pobre Johnny, depois de uma conversa com os nossos advogados ele percebeu que não conseguiria tirar nenhum dinheiro de nós, ficou tão irritado que se drogou e embebedou, entrou numa briga num bar e se machucou feio. — o barulho da barra de ferro contra o crânio do homem foi nauseante, mas isso significava que Riko estaria mais calmo ao lidar com Kevin mais tarde, então Nathaniel não se importava. — Um trágico acidente cair de um ponte com carro e tudo, mais trágico ainda descobrir a enorme dívida que tinha e como tentou tirar dinheiro dos Corvos por puro desespero.

O gemido do homem indicava que ele tinha ouvido, mas não por muito mais tempo, porque pouco depois Riko to acertou com a barra de ferro mais vezes do que poderia contar, o sangue espirrou nas roupas de Riko e Nathaniel assistiu paciente o besta a sua frente libertar toda sua fúria.

Sabia que Riko odiava ficar em segundo lugar, sabia que ele sonhava com o dia que fosse tão famoso como jogador de Exy que seu pai e irmão não poderiam mais ignorá-lo e ter um rumor que atrapalha esse plano estava fora de cogitação.

Riko preferia perder Kevin a ser visto como inútil em sua família, não que isso já não acontecesse. Ele precisava ser o melhor. Nathaniel não entendia a obsessão de Riko com o pai, sua própria experiência como uma criança que cresceu em meio ao crime e a violência não tinha sido nem um pouco divertida.

Ser o segundo filho dava a Riko a liberdade de ter uma vida ao invés de prendê-lo a uma hierarquia de sangue e morte, mas Riko não via dessa forma. Ele se via como um fracasso desde o momento que nasceu, se via como desnecessário e um substituto.

Ao invés de aceitar a vida de segundo filho como um presente, Riko encarou como um desafio, como uma forma de mostrar seu valor a pessoas que, obviamente, estavam pouco se fodendo para sua existência.

Para Nathaniel isso era bom. A fraqueza de Riko era um alvo claro e fácil de acertar.

Nathaniel muitas vezes se viu pensando em como seriam se Riko estivesse disposto a viver uma vida diferente, como a Corte Perfeita seria, de fato, imbatível se não fosse essa constante briga interna por sobrevivência, mas se esse fosse o caso, Riko deveria assumir que ele era o número dois.

Riko preferia colocar uma bala na cabeça de Kevin antes de admitir isso.

Quando o corpo a sua frente ficou imóvel e a poça de sangue já secava ao redor da cabeça desfigurada do homem, Riko finalmente largou a barra de ferro. Nathaniel se aproximou, colocando o ferro em um plástico. Ele se abaixou e desamarrou os sapatos de Riko, vendo-o dar um passo para longe do sangue apenas de meia.