O Ataque a Porto Real

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A vitória em Pedra do Dragão nos deu a coragem e a determinação necessárias para o próximo passo: Porto Real. Os Verdes ainda mantinham controle sobre a capital, e Aegon II estava sentado no Trono de Ferro, mas sabíamos que era hora de mudar isso.

Preparávamos nossas forças para o ataque final. Rhaenyra, determinada a reivindicar seu direito, liderava nossos exércitos com uma intensidade feroz. Jacaerys e eu estávamos ao seu lado, prontos para dar tudo de nós nessa última batalha.

"É agora ou nunca," disse Rhaenyra, sua voz firme enquanto observava as muralhas de Porto Real ao longe. "Aegon usurpou o trono que é meu por direito. Hoje, reclamarei o que me pertence."

"Estamos com você, mãe," Jacaerys respondeu, seu olhar resoluto. "Vamos acabar com isso de uma vez por todas."

O ataque começou ao amanhecer. Dragões rugiam no céu, lançando chamas sobre as defesas da cidade. O exército de Rhaenyra avançava com uma força implacável, derrubando tudo em seu caminho.

Eu voava em Cannibal, liderando um esquadrão de dragões que lançava fogo sobre as muralhas. Jacaerys estava ao meu lado em Vermax, coordenando os ataques com precisão militar. Porto Real tremia sob a fúria de nossos dragões, e os soldados Verdes lutavam desesperadamente para defender a cidade.

Enquanto a batalha rugia nas ruas de Porto Real, Rhaenyra liderava um grupo de elite para invadir o Red Keep. Jacaerys e eu estávamos ao seu lado, nossos corações batendo com adrenalina enquanto avançávamos pelos corredores familiares, agora transformados em campos de batalha.

Encontramos resistência feroz, mas nossos guerreiros eram habilidosos e determinados. As chamas de nossos dragões iluminavam os corredores sombrios, enquanto lutávamos para alcançar o Trono de Ferro.

No salão do trono, encontramos Aegon II esperando por nós. Ele estava rodeado por seus guardas mais leais, mas sua expressão traía o medo que sentia. Rhaenyra avançou, seu olhar fixo no usurpador.

"Aegon," ela disse, sua voz cheia de autoridade. "Sua hora chegou. Renda-se e poupe a si mesmo."

"Jamais!" ele gritou, levantando sua espada. "O Trono de Ferro é meu por direito. Nunca o entregarei a você!"

A batalha que se seguiu foi intensa e brutal. Aegon lutava com a força de um homem desesperado, mas Rhaenyra era uma guerreira implacável. Cada golpe que desferia era preciso e mortal, movida pela justiça e pela vingança.

Com um último movimento, Rhaenyra conseguiu desarmar Aegon, derrubando-o ao chão. Ela se aproximou, seu olhar cheio de determinação.

"Você roubou meu trono," disse ela, sua voz fria. "E agora pagará o preço."

Com um golpe rápido e certeiro, Rhaenyra matou Aegon II, encerrando sua tirania. O salão do trono ficou em silêncio, enquanto o sangue do usurpador manchava as pedras.

Rhaenyra subiu os degraus do trono, seus passos ecoando pelo salão. Com uma dignidade inabalável, ela se sentou no Trono de Ferro, finalmente reivindicando o que era seu por direito.

Os presentes se ajoelharam, reconhecendo sua autoridade. Jacaerys e eu nos aproximamos, nossos corações cheios de orgulho e esperança.

"Longa vida à rainha," dissemos em uníssono, nossos olhares fixos em Rhaenyra. "Que seu reinado seja justo e próspero."

Porto Real estava sob nosso controle, e Rhaenyra era a legítima rainha dos Sete Reinos. Mas sabíamos que a luta não havia terminado. Ainda havia muito a ser feito para restaurar a paz e a prosperidade ao reino. Juntos, enfrentaríamos os desafios que viessem, confiantes de que, unidos, poderíamos superar qualquer obstáculo.

A vitória era nossa, mas o verdadeiro trabalho de reconstrução estava apenas começando. E com Rhaenyra no trono, lideraríamos os Sete Reinos para um futuro melhor.

Durante os dias que se seguiram à vitória, eu me envolvi em várias missões dentro do castelo, ajudando a encontrar e remover os últimos traidores. Em uma dessas missões, fui destacada para vistoriar os aposentos das crianças da casa real. Com o coração pesado, empurrei uma grande porta de carvalho e entrei em um quarto decorado com tapeçarias antigas e brinquedos espalhados pelo chão.

Foi ali que encontrei Helaena, a irmã de Aegon II, encolhida em um canto, com seus gêmeos, Jaehaerys e Jaehaera, agarrados a ela. Os olhos das crianças estavam arregalados de medo, e Helaena parecia uma sombra de sua antiga presença, desprotegida e vulnerável.

A visão dos gêmeos assustados me fez parar. Naquele momento, eles não eram filhos de um inimigo, mas crianças indefesas apanhadas em uma guerra que não entendiam. Ajoelhei-me ao lado deles, tentando parecer o mais tranquila e amigável possível.

"Vocês estão seguros agora," disse, minha voz suave. "Ninguém vai machucá-los."

Helaena levantou os olhos para mim, e vi uma mistura de medo e alívio. "Por favor, não os leve," ela implorou. "Eles são tudo o que me resta."

"Eu não vou machucá-los," prometi. "E ninguém mais irá. Vamos cuidar de vocês."

As crianças se aninharam mais perto de sua mãe, e eu pude sentir a tensão no ar diminuir um pouco. Passei um braço em volta de Helaena, tentando oferecer algum consolo. Naquele momento, não importava quem estava certo ou errado na luta pelo trono. O que importava era proteger aquelas crianças e garantir que elas não sofressem mais.

Conduzi Helaena e os gêmeos para fora do quarto, prometendo a mim mesma que faria tudo ao meu alcance para garantir a segurança e o bem-estar deles. A guerra tinha deixado cicatrizes profundas em todos nós, mas talvez, com compaixão e cuidado, pudéssemos começar a curar essas feridas e construir um futuro mais pacífico.

Essa experiência reforçou minha determinação de não apenas lutar por poder, mas também por justiça e humanidade. Afinal, no final das contas, são as vidas que protegemos e as pessoas que amamos que realmente importam.

O Legado das Chamas- Jacaerys VelaryonOnde histórias criam vida. Descubra agora