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" — PARA DE encher a porra do
meu saco, se fode inútil — Héctor "










   


⚽️


CAROLINA entra no carro, sentindo o peso da vergonha em cada fibra do seu corpo. O confronto com Héctor ainda reverbera em sua mente, e a culpa começa a dominar seus pensamentos. Ela bate a cabeça contra o volante repetidamente, tentando se punir, mas as palavras "idiota" e "troxa" continuam ecoando em sua mente.

———- Eu mereço morrer sozinha... — ela murmura, sua voz baixa e carregada de arrependimento. — Puta merda, eu sou uma idiota mesmo...

Carol não queria magoar Héctor, mas no calor da discussão, ela perdeu o controle. Agora, ao pensar na expressão dele, uma mistura de satisfação e culpa a devora por dentro.

———- O que foi que eu fiz? — ela se pergunta, quase em um sussurro, tentando se acalmar enquanto acelera o carro.

Por sua vez, olha para seu celular e envia uma mensagem para Bruna, dizendo que está indo para sua casa. Ela respira fundo antes de dar a partida no carro, tentando deixar as incertezas de lado.

Fort ainda está com a mente a mil. Pedri e Yamal não param de provocá-lo sobre o ocorrido com Carolina, tirando sarro de sua situação.

———- Você é bem bobinho, né? Aposto que no fundo, todo esse ódio é só amor reprimido — diz Pedri, provocando Héctor.

———- Cala a boca — Héctor responde, tentando processar as palavras de Pedri.

———- Ainda não superou a Carol, né? — Yamal ri, jogando mais lenha na fogueira.

———- Para de encher o saco — Héctor retruca, irritado, e sai rapidamente para o banheiro, querendo se afastar daquelas provocações.

Após o banho, ele pega o celular e resolve ligar para Carolina, ainda indeciso sobre o que dizer.

———- Quem é? — a voz de Carol soa do outro lado, fria e distante.

———- A gente precisa conversar, Carol... — Héctor tenta manter a calma, mas sua voz trai a ansiedade.

———- Maria Carolina para você — ela responde com um tom claro de desprezo.

———- Quer ir lá em casa para conversar? Precisamos resolver isso... Maria Carolina — ele tenta, esperançoso.

———- Não. — A resposta é direta e sem hesitação.

———- Não? — Héctor fica surpreso. Ele não esperava uma resposta tão ríspida.

———- Não. — Ela repete, sem piedade, como se se divertisse com sua reação.

Héctor tenta uma última vez.

———- Não precisamos nos resolver, Carol. Só encontrar um jeito de fazer as coisas voltarem ao normal, como antes. — ele sugere, com a esperança de que ela ceda.

———- Pensando assim... talvez não seja uma má ideia. — A voz de outra pessoa, que não é de Carol, é ouvida ao fundo.

———- Desliga isso agora, Maria Carolina — a voz ao fundo diz, sussurrando, quase urgente.

———- Um minuto, Héctor. — Carol coloca o telefone no mudo, fazendo Héctor esperar, incerto sobre o que está acontecendo..

{...}

Ligando o microfone.

———- Pode ser na casa da Bruna? — Carol finalmente diz, como se nada tivesse acontecido, sem sequer se desculpar.

———- Que Bruna? — Héctor pergunta, ainda confuso.

———- Só vem logo. Vou mandar o endereço. — Ela desliga a ligação abruptamente.









MARIA CAROLINA está com Bruna no sofá, olhando para o celular, e uma conversa animada se desenrola entre elas.

———- Isso mesmo, Maria, não dá abertura para ele. Vai ser ótimo ver ele tentando te agradar depois de tudo o que fez. — Bruna observa, satisfeita com a situação.

———- Eu nunca daria abertura para esse cara — Carol responde, com um olhar firme e uma expressão de desdém.

———- Não vai nem provocar um pouquinho? — Bruna insiste, com um sorriso travesso. — Uma roupa mais provocante, só para ver o que ele faz.

Carol pensa por um momento, mas logo responde:

———- Não vale a pena. Ele não se interessa por mim de verdade. — Ela balança a cabeça, tentando se convencer.

———- Vai testar? — Bruna ri, puxando Carol em direção ao seu closet. — Tenho umas opções aqui que vão te deixar poderosa.

Carol sorri, mas um pouco de insegurança aparece em seu rosto.

———- Você me paga, Bruna — ela diz, rindo, embora um pouco hesitante. Vai até o closet e começa a olhar as opções de roupas.

No final, Carol escolhe uma blusa preta, com um corte mais moderno, que equilibra entre o confortável e o um pouco mais ousado. Ela a combina com uma calça de moletom cinza.

———- Acho que essa é a melhor escolha — Bruna diz, olhando com aprovação. — Está ótima!

———- Que vergonha... — Carol diz, olhando para o espelho, quase sem acreditar no que está fazendo. — Nunca imaginei que faria isso.

———- Só se vive uma vez, amiga. — Bruna dá um sorriso de cumplicidade, enquanto o som da campainha toca. — Você se segura, hein?

Carol dá uma última olhada no espelho e, com um sorriso desafiador, vai até a porta.

———- Pode deixar, ele não vai ganhar. — Carol fala, com uma expressão de determinação no rosto. Ela abre a porta, sentindo o coração bater mais forte.









*



Muitas lembranças escrevendo isso, eu lembro quando eu tava na casa da minha vó, e acompanhei essa fanfic crescendo com o tempo, relação de amor e ódio.

𝘢 R𝘪𝘷𝘢𝘭 - hector fort Onde histórias criam vida. Descubra agora