08 - I don't know

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Acordei na manhã seguinte à festa com Klaus lambendo meu rosto, e a luz do sol adentrando o quarto me fez lembrar dos eventos conturbados da noite passada. O encontro no banheiro e a briga com Elizabeth martelavam na minha mente, dificultando o descanso.

— Desculpa, bebê. As coisas deram muito errado ontem à noite — murmurei, acariciando Klaus. — Eu precisava dormir um pouco mais.

Fiquei enrolada na cama por mais alguns minutos, tentando afastar os pensamentos negativos, antes de descer com Klaus para preparar o café da manhã. Fiz panquecas, e exagerei no chocolate. Depois dos últimos dias, um pouco de doçura não fazia mal.

Enquanto terminava de comer as panquecas, a campainha tocou. Levantei do sofá, e ao olhar pelo olho mágico, vi Elizabeth do outro lado da porta.

— Bom dia! — disse ela, com um sorriso hesitante.

— Bom dia — respondi, abrindo a porta. — Entre

Ela entrou, e Klaus correu para recebê-la, abanando o rabo. Elizabeth se abaixou para acariciá-lo, evitando meu olhar.

— Ele está adorável como sempre — comentou ela, finalmente me encarando. — Podemos conversar?

Assenti, indicando o sofá. Sentamos uma de frente para a outra, um silêncio desconfortável pairando entre nós.

— Sobre ontem à noite — começou Elizabeth, olhando para as mãos entrelaçadas no colo. — Eu sei que você deve ter passado por um momento difícil, e sinto muito por ter sido insensível.

— Eu também sinto muito, Liz. Eu apenas não queria te preocupar ainda mais — admiti, olhando para o chão.

— Mas é exatamente isso, Amélie. Você sempre tenta lidar com tudo sozinha, e isso acaba afastando as pessoas que se importam com você — ela rebateu, a voz firme.

— Eu sei. É um hábito difícil de quebrar — respondi, suspirando.

— Você não precisa enfrentar tudo sozinha. Eu estou aqui por você. E sei que você faria o mesmo por mim — ela colocou a mão sobre a minha.

— Liz, eu — comecei, mas fui interrompida pelo som do meu telefone vibrando na mesa. Peguei o aparelho e vi uma mensagem anônima "Você acha que está segura? Pense de novo."

Meu coração acelerou, e Elizabeth percebeu a mudança em minha expressão.

— O que foi? — perguntou ela, preocupada.

— Nada, apenas uma mensagem idiota — menti, tentando disfarçar minha inquietação. — Não é importante.

— Amélie, você está me escondendo algo de novo? — A voz de Elizabeth era uma mistura de preocupação e frustração.

— Não é isso, Liz. Deixa pra lá, tá? — respondi, tentando não ser grosseira e mudar de assunto. — Vamos focar em algo mais positivo. Que tal irmos ao shopping?

Elizabeth me olhou desconfiada, mas acabou cedendo. — Tudo bem, vamos.

Saímos em direção ao shopping, tentando deixar os problemas para trás. No caminho, conversamos sobre diversas coisas, tentando aliviar a tensão. Mas de repente, um carro apareceu do nada e nos atingiu com força.

O impacto foi tão violento que o carro de Elizabeth parou de funcionar. Minha cabeça bateu contra o vidro, que se despedaçou, e a dor foi imediata e intensa. Elizabeth, desesperada, tentou me acordar enquanto pegava o telefone para pedir ajuda.

— Amélie! Amélie, você está bem? — ela gritava, a voz cheia de pânico.

— Estou tonta — murmurei, tentando focar no rosto dela, mas minha visão estava turva. Coloquei a mão na minha testa onde estava doendo e sangue sujou minha mão

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⏰ Última atualização: Jul 19, 2024 ⏰

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