You will be my girl - CECILENA

Preciso me encontrar

Selena

-Mas Cristal eu não aguento mais- e lá estava eu, mais uma metida em problemas que nem são meus

-Não aguenta mais o que, Selena? Você tem tudo, tem um quarto no hotel, tem uma família que, não querendo me gabar, mas é muito boa, tem dinheiro Tá cansada de que?!- Cristal diz andando em direção ao seu carro e rindo de mim

-Não aguento mais você e a minha mãe desse jeito...- digo entrando no carro e olhando para baixo

-Selena, fica tranquila nós já nos resolvemos, agora está tudo bem- ela começa a dirigir para a garagem e um silêncio desconfortável surge até chegarmos

-MAS E SE TUDO DER ERRADO?! E SE VOCÊS NÃO QUISEREM MAIS?! VAI TUDO MUDAR!- eu grito assim que ela para o carro

-TÁ MALUCA? NÃO GRITA COMIGO QUE EU TE COLOCO PRA FORA E VOCÊ SABE MUITO BEM DISSO!- ela olha pra mim com uma feição nada boa

Saio do carro de Cristal indo direto para o meu. As meninas me dão bom dia, mas nem respondo, pego meu carro e saio correndo, mas não tão rápido quanto as minhas lágrimas, que nesse momento já rolam sobre minhas bochechas. Vou em direção à praia.

Cecília

-Pega essa então- agora é um dos poucos momentos em que sinto alegria. Estou com a Nalla na praia jogando altinha. Ou eu sou muito boa, ou a Nalla é muito ruim mesmo, ela não consegue nem acertar o pé na bola e quando consegue chuta pro mar.

-Cansei Ceci- ela sai em direção ao mar e mergulhando em seguida

-Pô Nallinha- Sento na toalha e abro uma latinha de cerveja.
Quando tomo o primeiro gole vejo uma moça chorando, e como não tenho nada haver com a vida dos outros não ligo, mas quando vou olhar para minha amiga ela não está mais lá, já passou do meu lado pegou sua toalha e está indo em direção a menina. Ai meu Deus.

-Oii- a inconvenientezinha fala incomodando a menina, que quando a vê limpa as lágrimas.

-Oi.- ela diz seca sem querer muito papo

-Quer?- Nalla estande a mão com uma latinha igual a minha

-Obrigada- ela dá um sorrisinho e pega

-Licença- minha amiga se senta do lado dela (já falei que ela é inconveniente?), a menina abre a latinha e olha para o horizonte, não é um olhar normal, é um olhar vago, como se tivesse vazio.