You will be my girl - CECILENA

The prophecy

Ta cedo ou ja pode publicar outro capítulo? Um mimozinho pra vocês. Mas lembrando que esse é o que seria postado amanhã, então amanhã não tem. Pelo menos eu acho, vai que.
Comentem bastante, adoro ver o feedback de vocês, também não se esqueçam de votar.😽
Beijos
-AUTORA

Selena

-Será que ela ta bem?- pergunto para Cristal e Renata, que sabem o mesmo tanto que eu, então não obtenho respostas. Mas não é necessário muito tempo para uma moça que estava na sala junto com Cecília vir falar com a gente, estranho, ela tá vindo na minha direção.

-Selena, certo?- ela diz e eu assinto -podemos conversar?- ela se dirige a uma salinha de psicóloga e eu vou atrás

-Posso saber o porque de você querer conversar comigo?- 0 tempo e paciência pra ter educação agora

-Ah ok- ela parece impressionada com o meu tom -Nós que estamos cuidando do caso da Cecília decidimos que para o bem dela você não vai poder visitá-la mais. Foi uma decisão difícil, tanto para nós da equipe quanto para Cecília, ela te considera muito, mas não esta fazendo bem para ela.

Que? Como assim? Estou completamente sem reação, não imaginava algo assim. Tipo? Eu achei que ela estava melhorando. E o que eu fiz? Eu tenho tentado ser a melhor que eu posso.

-Selena?- a doutora me tira do meu transe e sinto uma lágrima escorrer sobre a minha bochecha e limpo ela

-É-é eu não esperava isso mas... tudo bem- digo e em seguida me levanto deixando as lágrimas rolarem assim que saio da sala

Estou me sentindo completamente insignificante.

Enquanto eu tento ir em direção à saída Ranata vem atrás de mim e eu tento me esquivar de qualquer forma e também esconder meu rosto, ja que quando choro é impossível não perceber e deve ser por esse motivo que ela veio até mim

-Ei! Selena!- ela fala segurando o meu braço -o que foi?- ela se agaixa e me olha de baixo pra cima ja que meu rosto esta abaixado

-Eu não posso mais vir aqui ver a Cecília- digo chorando e ela me abraça, não como Renata, não como minha 02, ela me abraça como minha mãe e eu choro no ombro dela como uma garotinha que ralou seu joelho

-Ta tudo bem, meu amor- ela me dá um beijo no topo da cabeça -vem vamos sair daqui- ela me leva em direção ao carro segurando a minha mão

Meu coração dói porque o que acabara de parar de sangrar foi atingido com uma facada. Nesse momento está em pedaços, jorrando, o que agora não mais sangue, e sim aflição.

Entro no carro e ela me leva ao parque perto das mansões, não sei a razão mas esse lugar me traz uma angústia como se escurecesse e tudo piorasse toda vez que tenho uma conversa aqui. Sei lá, deve ser coisa da minha cabeça, mas tenho medo de que não seja, nem sei mais o que pode piorar.

Saio do carro ja com a respiração controlada, porém, com a mesma tristeza de quando recebi a fatídica notícia. Sento na grama, sei que Renata começou a falar desde quando saímos, e eu amo muito ela mais nesse momento não tenho cabeça pra isso.

Não escuto nem meus próprios pensamentos, que pra falar a verdade estão uma bagunça. É tipo quando você é criança e está em um lugar barulhento e põe as mãos nos ouvidos, ou quando você esta tendo um dia ruim e entra de baixo do chuveiro com os olhos fechados. Você até ouve um ruido de fundo mas não é audível, então é como se não existisse.

Eu tenho vontade de gritar, de surtar, de dormir pra sempre... para que eu tenha pelo menos um tempo de paz, um tempo em que nada me afetasse e eu pudesse simplesmente aproveitar o descanso. Sei que não é uma coisa boa de se pensar, mas acho que só assim eu terei sossego.

"A greater woman wouldn't beg, but I looked to the sky and said
Please, I've been on my knees, change the prophecy
Don't want money, just someone who wants my company
Let it once be me, who do I have to speak to
About if they can redo the prophecy?"

Eu queria tanto que algo maior que eu ou algo mágico pudesse mudar o meu destino, até parece que me que quem escreveu me odiava. Please, I've been on my knees, change the prophecy.

Você olha pras pessoas e fala "eu vou ser feliz quando eu tiver aquilo" mas quando tem você quer mais e mais e o ciclo se repete. Essa é a graça de viver? Não sei. Acho que eu tenho sobrevivido toda a minha vida, em busca de uma felicidade que na verdade não existe.

Fecho os olhos e deito ali no colo de Renata. Ela para de falar e faz carinho no meu cabelo. Ela me acolhe, me sinto pertencente a esse amor. Ficamos ali, ela não aguenta e volta a falar, dessa vez eu escuto, não são conselhos bons kkkk mas ela tentou... Me sinto feliz em saber que ela está tentando melhorar as coisas pra mim.

Ela tira o resto de dia que ainda temos para me distrair, a gente vai no vanilla, o lugar preferido dela, bebe um pouco e se diverte demais. Mas em momento algum eu esqueci de Cecília, tenho evitado os meus ficantes, não quero nada com ninguém além dela, espero que em algum momento ela perceba isso.

-Meu Deus- Cristal fala assim que abre a porta do quarto, já são por volta de 3:30 -vocês sabem que horas são?- ela diz e a gente assente -vem entrem, vai tomar um banho Selena, vou pegar um pijama pra você la no seu quarto, e você Renata vai tomar uma água, tem do lado da cama- ela diz daquele jeitinho dela saindo do cômodo e nós fazemos o que ela mandou

Depois de estarmos prontas para dormir deitamos todas na cama delas, é um sentimento de família.

-Sei que é meio brega falar isso mas, amo vocês- eu digo e elas falam o mesmo sorrindo. Esses sorrisos perpetuam e se transformam em risadas depois da Renata falar a coisa mais boba que poderíamos ouvir.

Foi um dia péssimo, mas com elas, tudo por mais ruim que esteja se torna algo leve de lidar.

Espero que todos os dias possam ser mais leves, mesmo depois daquela notícia que me devastou.

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Oie lindezas, como estão? Espero que bem, mas se lembrem que nem toda história tem um final feliz ;)
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Beijos
-AUTORA