11 - Enfrente seus pesadelos. 1/2
[...]
Assim que a porta é fechada atrás de nós, sinto um arrepio subir por minha espinhal e arrepiar os pelos de meu corpo. A temperatura ali parecia muito à baixo do que no lado de fora, Julie abraçar a si mesma e esfregar as palmas de suas mãos em seus braços, provavelmente tentando aquecer-se, mas aquilo não parecia me incomodar.
Infelizmente o frio ali não era o pior dos nossos problemas, o cheiro daquele lugar era quase insuportável, a podridão que inundava em minhas narinas a cada pequena respirada de ar que entrava meus pulmões deixava um gosto ruim em minha boca.
Xavier havia colocado a mão em seu rosto, cobrindo sua boca e nariz enquanto parecia estar tentando controlar uma ânsia de vômito.
Nós sete nos encaramos em silêncio, acho que não precisava de palavras para que todos ali soubessem o que cada um queria dizer.
Enid engoliu seco o gosto ruim em sua língua e deu o primeiro passo, já que até agora, ninguém havia ousado se mover.Tentávamos andar sem fazer barulho algum, mas claramente isso era impossível, cada som das solas de nossos sapatos batendo contra o chão daquele lugar sujo, com esse cheiro podrido e o ambiente mal iluminado me deixa ainda mais paranóica, cada mísero barulho me fazia acreditar que aquelas coisas poderiam nos ouvir a qualquer momento e então nos atacar sem que tivéssemos tempo de reagir.
Enid andava na frente, querendo passar a segurança que eu sabia que ela não tinha, que ninguém ali tinha.
As lentes de nossas lanternas estavam cobertas por fita para limitar a luz e a distância em que ela iluminava o lugar, assim conseguiam enxergar apenas nossos pés e ainda sim, era horrível já que minha visão estava quase totalmente embaçada.
Quanto mais adentravámos o lugar, pior ficava, me senti pisando em ovos assim que vários corpos começaram a aparecer jogados como bonecos pelos corredores, andando quase que totalmente nas pontas dos pés, para não esbarrar em nada nem fazer barulho caso pisassemos em algum osso dilacerado espalhado pelo chão.
- Ahh! -Ouvi gritos e logo todos olhamos para trás.
Xavier que estava por último atrás de todos era o dono do som estridente.
Um dos corpos no chão havia se revelado estar vivo e agarrado seu calcanhar.- S..sai! Merda, me solta. -Sacudia sua perna, mas o zumbi parecia não querer o soltar, mesmo que não tivesse mandíbula e não conseguisse o morder.
Pegando seu bastão que havia deixado cair pelo susto e batendo na coisa tentando se soltar, parecia difícil, a mão segurava sua calça com tanta força que quase a rasgava, até que acertou sua cabeça, o estrondo foi alto e então apenas escutamos o som do corpo do zumbi voltando para o chão e tudo ficando outra vez em um silêncio perturbador.
. . .
Logo ouvimos passos pesados se aproximarem, ficamos paralisados, parecia uma horda inteira e era óbvio que haviam notado nossa presença.
Quando o primeiro zumbi passou pelo corredor e bateu de frente contra a parede pela sua velocidade, mais deles vieram atrás do primeiro.
- Corram! -Enid gritou.
Senti sua mão segurar firmemente meu pulso puxando-me, sua palma estava gelada e suada e então todos começamos a correr e quando viramos para a direita e mais zumbis vinham daquela direção.
Enid arregalou os olhos, Tyler quase escorregou, Kent puxou a camisa do amigo e o empurrou para a outra direção onde parecia vazio, e então as pressas corremos para a esquerda.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Apocalypse | Wenclair
FanfictionMusic= Apocalypse - Cigarettes After Sex Onde um apocalipse zumbi acontece. Wednesday é mordida, e descobre que a loirinha de olhos azulados e sorriso doce em que anteriormente era apenas sua paixonite escolar, era também o antídoto contra sua infe...