Inferno sem flores

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A noite está escura, seu corpo treme. O quarto escuro sem qualquer vestígio de luz há apenas sua velha amiga solidão.

Sangue escorrendo pelo cômodo com gritos devastadores de desespero,buscando por ajuda,qualquer um...Qualquer um serviria. Uma única pessoa já seria suficiente para salva-lo daquele inferno...

- Não se esqueça pra onde correr o risco de um assassino é grande... - O homem de voz calma disse enquanto se levantava e se afastou do corpo sem vida ao seu lado - Se contar a alguém o que aconteceu aqui você sabe o que acontecerá não é? - Ameaçou o garoto que o olhava sem piscar.

- Você me lembra a vadia da sua mãe, Jisung.

O garoto tinha os olhos brilhando,mas não chorava. Olhava o corpo da mãe caído sem vida no chão e o jeito que a viu morrer era tão cruel que foi traumatizante.

"É possível vivenciar o inferno numa madrugada triste. A esperança é uma droga alucinógena."

Han acorda ofegante e se senta na cama olhando em volta,vendo Yuna dormindo tranquila ele se acalma um pouco percebendo que era apenas um de seus pesadelos como sempre. Se levanta indo ao banheiro e vai tomar um banho para tentar tirar esses pensamentos da sua mente.

Quando termina ele desce as escadas indo em direção a cozinha onde por sua surpresa estava Bangchan tomando café.

- Ué,bateu a cabeça pra acordar cedo? - Jisung pergunta

- Eu que diga,por que tá acordando tão cedo? - Bang não iria falar do que descobriu ontem pois queria ver até onde chegaria e tentaria descobrir mais coisas sobre.

- Não consegui dormir... - Responde seco e acabando com o assunto

- Uhm... - Disse - Eu vou ter que ir trabalhar...Querem que eu mate um pessoa.

- Tá. - Han o olha com desconfiança - Cê tá bem? Tá meio esquisito. - Bang o encara.

- Tu e essas paranóias - Diz sarcástico

- Ahm,deve ser isso...Quase não durmo direito a noite. - Responde com o tom de sempre - Vai matar quem? - Como sempre curioso para saber sobre coisas que não são da sua conta.

- Um homem de 29 anos ex-sargento do exército e atualmente trabalha para máfia. - Bangchan viu a expressão de seu amigo mudar para algo inelegível em segundos apenas com a pequena citação.

- Uhm,vou acordar a Yuna. - Saiu do cômodo e deixou o amigo onde estava, aquele que sorriu com o jeito do guitarrista - Han...Jisung.

Jisung entrou no quarto e jogou o travesseiro na cara da irmã para acorda-la.

- Porra... - Resmunga se sentando na cama ainda desnorteada - Você não pode tentar me acordar como uma pessoa normal?

- Não. - Diz com um sorriso divertido no rosto e logo foi atingido com um outro travesseiro - Han seu idiota do caralho! - Yuna como sempre se dirige ao irmão com palavras doces logo pela manhã, assim fazendo-o rir e sair do quarto.

Ah, queria ficar com ela só um pouco mais da minha vida...Antes de deixá-la...

Pensou o guitarrista suspirando triste com certa melancolia.

Star Lost - Minsung Onde histórias criam vida. Descubra agora