Boa leitura e comentem bastante👀
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ROSAMARIA MONTIBELLER
Quando o jantar estava pronto. Caroline ajudou Lara a levar as panelas para mesa da área externa. As duas ficaram em uma bolha na cozinha, ofereci ajuda, porém a mais velha recusou, dizendo gostar de trabalhar sozinha.
Caroline prendeu seu cabelo em rabo alto, enquanto desfilava por aí com seu vestido longo. Ela estava bonita, confesso. Bruno levantou de meu lado, dizendo que ia até o banheiro e já voltava. Senti uma presença atrás de mim, quando pensei em me virar,
a loira se debruçou atrás do sofá.- Um beijo pelos seus pensamentos. - Beijou minha bochecha rapidamente, sorrindo.
- Não estava pensando em nada. -A encarei.
- Está com fome? Não te vi almoçar hoje. - Ela me encarou.
- Um pouco, mas nem tanto.
- Pelo menos um pouco tem que comer, desse jeito vai passar mal. - Caroline falou preocupada.
- Prometo tentar. - Sorri.
- Meninas, o jantar está servido na parte de fora. - Disse Josy.
- Pode deixar Josy - Se levantou. - Estamos indo, não é doutora?
- Sim, estamos indo. - Me levantei também.
Caminhamos até a parte de fora, encontrando tudo organizado. Lara já tinha ido embora, Josy por uma ordem de Caroline se sentou conosco, Bruno estava ao meu lado, enquanto as duas mulheres estavam à nossa frente.
Caroline estava descontraída enquanto conversava sozinha com Josy, as duas riam baixinho, não dava ao menos para escutar o que elas falavam. Bruno por sua vez estava perdido no mundo da lua, e esqueceu sua consciência na terra.
Algumas vezes eu olhava para Caroline e ela estava me encarando, em seguida sorria, me deixando sem graça.
-A senhora ainda não tem previsão para voltar a São Paulo? - Bruno perguntou do nada. Caroline nem fez questão de olhar em seus olhos, enquanto cortava a carne de seu prato.
- Não, nenhuma. Muito menos ao Rio, não sei quando volto. - Me encarou. - Por que? Vocês querem voltar?!
- Eu vou precisar, tenho reuniões com alguns assessores.
- Fique a vontade. - Caroline falou sem se importar.
Senti algo passear pela minha perna, ao olhar para baixo da mesa, pude perceber que era o pé dela em ato de carinho, me causando um arrepio.
- Mas eu preciso que sua advogada fique. - Disse a loira. - Nós ainda temos que conversar sobre algumas coisas jurídicas.
(N/A: vou ter q comentar sobre esse trecho. As coisas jurídicas vão se resolver na cama).
Bruno me encarou.
- Tem problema? - Perguntou pra mim, neguei com a cabeça fazendo com que o sorriso de Caroline aumentasse.
- Depois vocês resolvem isso, eu não gosto de falar sobre trabalho quando estou jantando. - Falou seca.
E assim foi o jantar, calmo, sem muita conversa.
Caroline estava claramente cansada, e seu rosto demonstrava isso. Ao terminarmos, Josy recolheu tudo para dentro, com a ajuda da loira.
Em seguida, Josy foi para sua casa, Caroline, para seu quarto, enquanto eu e Bruno estávamos no nosso. Ele fazia carinho em minha cabeça enquanto provavelmente cochilava.
Assisti ao filme que passava na TV, até sentir minha garganta seca. Me desvencilhei de Bruno devagare desci na cozinha escura.
Ao pegar a água filrada, me apoiei no balcão, encarando os móveis da cozinha totalmente elegante de Caroline.
- Buh! - Senti uma mão apertar minha cintura, me assustando. Era ela.
- Que susto, Carol! - Reclamei. - Meu Deus!
- Tá assustada, doutora? - Deu risada. - Deveria ver sua cara, está mais branca que o normal.
- O quê está fazendo acordada esse horário?
- Iria dar a desculpa que vim apenas pegar uma água, mas sei que isso não vai colar. Então, vou dizer apenas que escutei você levantar, e resolvi vir também. - Se encostou no balcão.
- Não perde tempo, né? - Bebi minha água.
- Sou intensa, e direta. Esse negócio de perder tempo não é comigo.
- Quase nem dá para perceber. - Ironizei.
- Tente dormir, doutora, já passou de meia noite, e hoje você irá trabalhar não! Advogada do senhor Rezende.
- Não estou com sono. - Dei de ombros, ignorando sua fala debochada.
- Seria o destino eu falar que também não estou? - Dei risada.
- Não, seria você forçando uma situação.
- Então pronto, eu estou forçando uma situação. - Ela falou rindo.
- Para que?
- Para conseguir outro beijo seu igual aquele na piscina. - Sorriu.
-E você acha que eu vou fazer isso aqui no meio da cozinha? Não! Vou ir me deitar.
- Pelo menos um beijinho de boa noite vai, você não é mal educada. - Fez bico.
- Não sou mal educada.
- Já traiu ele.
- Por influência sua!
- Tenho culpa agora de você deixar eu te beijar? Eu não te forcei, fez por conta própria, sinal que gostou.
Não respondi. Ela é boa com argumentos.
- Te deixei sem palavras? - Brincou.
- Vou subir, até depois. - Deixei o copo no mesmo lugar que estava, ao tentar me afastar, senti ela me puxar pela cintura.
- Ainda quero o beijo de boa noite. - Me beijou.
Suas mãos apertavam firme minha cintura, enquanto as minhas rodeavam seu pescoço, puxando ela mais ainda para mim. Sabe a questão da necessidade? Ainda sinto.
- Viu só como você gosta?!- Falou assim que terminou o beijo. - Seu beijo tem gosto de traição.
- Eu amo ele Carol, isso é sério.
- Seu relacionamento é uma merda. Ele não te ama, nem te olha com desejo. Conheço ele a uns 4 dias, e já percebi. Talvez você não o ame de verdade. Talvez seja só uma paixão, isso tem uma grande diferença.
- Qual a diferença, me diga.
- Quando você está apaixonado por alguém, você quer ter essa pessoa. Quando você ama alguém, você precisa dessa pessoa. - Suspirou. - Você quer ele ou você precisa dele? - Ela perguntou me olhando profundamente.
Confesso que nem eu sei direito. Bruno já me traiu no passado, não garanto que ainda trai. Nosso amor esfriou muito com o tempo.
- Eu preciso dele.
- Então pronto, isso não é amor. E se fosse, você não pensaria tanto para responder. - Me deu um selinho rápido e inesperado, para depois caminhar até a escada. - Ah, e obrigada por me defender de um machista. - Subiu.
Sentimentos bagunçados, vontades e nervos à flor da pele, medo constante, não saber o quê fazer...
Sintomas que meu corpo apresenta, me deixando revoltada comigo mesma.
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Carol cada vez mais apaixonada e a Rosa ainda se fazendo de difícil. Oq vai acontecer qnd o Bruno for viajar, e so às duas ficarem na fazenda??
Volto logo.
juju🐒
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Amante | Rosattaz
RomanceNo auge do desemprego, trabalhar em qualquer lugar era o objetivo de Rosamaria Montibeller, desde que seu marido jogou em sua cara que não tinha mais saco para lhe sustentar. Ao ter a oportunidade de mostrar sua capacidade em um trabalho de auto val...