ᴄʜᴀᴍᴀs ᴅᴏ ᴄᴏʀᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ | ᴍɪɴʜᴏ - ᴘʀᴏᴠᴀ ᴅᴇ ғᴏɢᴏ

ᴍᴀʀᴄᴜs

O grupo estavam sentados ao redor de uma fogueira improvisada na clareira deserta. O céu escurecia rapidamente, e as sombras dos prédios ao redor pareciam se estender infinitamente. Teresa, Kate, caçarola, Newt e Minho olhavam desconfiados para o homem que não tinha falado nada desde que conseguimos despistar CRUEL.

Thomas e Brenda eram um mistério, nenhum deles havia percebido o sumiço até que Teresa sentiu que algo estava faltando, nenhum deles sabiam ou imaginavam o paradeiro dos dois.

Jorge era um homem de meia-idade, com cabelos grisalhos e uma expressão cansada. Ele vestia roupas surradas, mas seus olhos brilhavam com determinação. Ele havia aparecido de repente, alegando ter informações cruciais.

- Quem é você exatamente? - perguntou Minho, sempre o mais direto.

- Meu nome é Jorge - respondeu o homem, sua voz rouca mas firme. - Eu conheci Marcus. Ele me disse onde encontrar a fortaleza do "Braço Direito". Se vocês quiserem sobreviver e derrubar CRUEL, precisam encontrá-lo, e eu vou levá-los até ele.

Kate trocou um olhar com Teresa, que parecia tão cética quanto ele. - E por que deveríamos acreditar em você?

Jorge suspirou, aproximando-se da fogueira para aquecer as mãos. - Porque Marcus é a chave. Ele tem informações que ninguém mais tem. Informações que podem levar vocês diretamente à fortaleza do "Braço Direito". Eu prometo que não estou mentindo.

Newt inclinou-se para frente, interessado. - E onde podemos encontrar esse tal de Marcus?

- Ele está escondido em uma pequena vila ao norte, na cidade - explicou Caleb. - É um lugar isolado, difícil de alcançar. Mas ele está lá.

Newt levantou-se, sentindo a urgência da situação. - Como chegamos até lá?

- Eu vou levar vocês - disse Caleb, levantando-se também. - Mas precisamos partir ao amanhecer. As duas são traiçoeiras, e não podemos perder tempo.

Os amigos se entreolharam, suas expressões, uma mistura de desconfiança e esperança. Finalmente, Minho deu de ombros. - Não temos muitas opções. Vamos confiar nele.

Com isso, o grupo começou a se preparar para a jornada perigosa que os aguardava, sabendo que cada passo os levaria mais perto de derrubar CRUEL e encontrar a liberdade.

A fogueira crepitava suavemente, lançando sombras dançantes. O grupo, exausto após a conversa com Jorge, havia decidido descansar antes de enfrentar a jornada para encontrar Marcus. Caçarola, Teresa e Newt já estavam dormindo profundamente, suas respirações tranquilas, misturando-se com os sons noturnos.

Minho, no entanto, não conseguia pregar os olhos. Ele se mexia, os pensamentos zumbindo em sua mente. Ao seu lado, Kate também parecia inquieta, os olhos abertos fixos nas estrelas visíveis.

- Não consegue dormir? - sussurrou Minho, tentando não acordar os outros.

Kate virou a cabeça para ele, um leve sorriso nos lábios. - Não. Tem muita coisa na minha mente.

Minho se levantou silenciosamente, indo até a fogueira para adicionar mais lenha. Kate o seguiu, sentando-se ao seu lado. A luz suave da fogueira iluminava seus rostos, criando um ambiente íntimo no meio da escuridão.

- É muita coisa para processar - disse Minho, olhando para as chamas. - Toda essa história de Marcus, a fortaleza do 'Braço Direito'... Parece que estamos sempre correndo, nunca temos um momento de paz.

Kate assentiu, seus olhos brilhando à luz do fogo. - Eu sei. Mas não podemos desistir. Temos que continuar lutando, por todos que perdemos e por nós mesmos.