ʙᴇʀᴛʜᴀ

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A luz do sol da manhã invadia a sala através das janelas parcialmente cobertas por cortinas pesadas, iluminando os rostos abatidos de um grupo de amigos esparramados pelo chão e sofás. O cheiro de álcool e perfume barato ainda impregnava o ar, resquícios da festa caótica da noite anterior. Garrafas vazias e copos virados compunham o cenário desordenado.

No centro da sala, a cena era perturbadora. Jorge, com os punhos cerrados e os olhos arregalados de raiva e desespero, segurava o procurado Marcus pelo colarinho da camisa. Seu rosto estava suado, e a expressão de fúria fazia seus músculos se destacarem sob a pele.

- Onde está o braço direito Marcus? - gritou Jorge, a voz rouca e trêmula. O homem corpulento que agora parecia assustadoramente vulnerável, tinha o lábio inferior sangrando e um olho inchado.

- Eu já disse, eles vivem mudando - gemeu, tentando afastar o rosto dos punhos de Jorge. - mas vocês não iriam conseguir chegar até lá, CRUEL tá na cola de vocês. - ele solta uma risada dolorosa.

Thomas que estava deitado sob um colchão velho no chão, acorda com os gritos e se senta tendo a visão de Kate
que estava olhando preocupada. Ela põe a mão sobre a cabeça do garoto que estava considerável mente quente.

- Thomas está tudo bem, Jorge achou Marcus - disse ela com um sorriso meigo que tranquilizou o garoto.

O grupo, ainda atordoados e se recuperando dos excessos da noite, observavam a cena com expressões mistas de medo e confusão. Brenda, ainda tonta, se levantou com dificuldade e aproximou-se de Jorge, tentando acalmá-lo.

- Jorge, por favor, para com isso. Vamos encontrar o Braço Direito, mas não desse jeito - implorou, colocando uma mão trêmula no braço dele.

Jorge respirou fundo, mas não soltou o marcus. Seus olhos buscaram os de brenda, e por um momento, a tensão pareceu diminuir.

- Ele tem que saber de alguma coisa - murmurou Jorge, sua voz quase um sussurro, mas ainda carregada de angústia.

Ele parece relaxar, mas logo uma ideia surge em sua cabeça.
- Cadê a Bertha, Marcus?

- A Bertha, não!

Bertha, um carro grande que carregava em seu capô um chifre enorme de boi, estava carregando toda a turma para as montanhas.

Todos estavam extremamente cansados e muitos estavam dormindo. Minho percebe Thomas que estava ao lado da kate observando a mesma que olhava pela janela, ele prestou atenção e Thomas não tirava os olhos dela.

- Kate - sussurrou Thomas.

- uh? - ela vira curiosa.

- você se lembra da noite passada? tudo? - ela não entendeu a pergunta dele.

- bom... tudo não, eu me lembro de tomar a bebida, e me perder do pessoal... - ela pensa mais - Depois, eu não lembro de como encontrei Minho mas eu apareci perto dele. - ela coça a cabeça - É, eu fiquei um bom tempo sozinha antes de encontrar Minho, muito tempo talvez.

- É sério que não se lembra de nada antes de encontrar Minho? - ele insiste, mas ela nega.

- O que aconteceu Thomas? está me deixando com medo.

- Não se preocupe, não foi nada de mais.

- Me conta! - ela implora mas sem resultado.

- se você se lembrar, a gente conversa sobre isso.

Katherine fica frustada e pensativa, se forçando lembrar de algo que nem imagina.

- Aconteceu muita coisa noite passada- caçarola fala ao se espreguiçar.

Chamas Do Coração | ᴍɪɴʜᴏ - ᴘʀᴏᴠᴀ ᴅᴇ ғᴏɢᴏ Onde histórias criam vida. Descubra agora