MAY THE BEST WIN - Maxley 🏳️‍🌈🪄✨

Capítulo 1 - O trem ( Piloto )

Eai, meu nome é Max! E hoje é o dia mais especial da minha vida. Sabe por quê? Porque finalmente estou indo para Hogwarts! Eu mal consigo acreditar! A maior escola de magia de todas! E um nascido trouxa como eu conseguiu ser aceito. É um sonho se tornando realidade.

Mal sabia eu que ao ir para Hogwarts, embarcaria na maior aventura da minha vida, repleta de ação, magia, suspense e mistérios! Espero que vocês estejam tão empolgados quanto eu!

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- Max, você pegou tudo? - perguntou meu pai, com aquela preocupação típica em seu olhar.

- Sim, pai - respondi, tentando soar calmo.

- Cuecas? Camisetas? Regatas? Seu uniforme?

- Sim, pai! E por favor, não fale cuecas em voz alta na rua!

Esse é o meu pai, George Greef Goof, mas todo mundo o chama apenas de Pateta, e não é só para encurtar o nome. Ele realmente tem aquele jeito meio atrapalhado que justifica o apelido.

Ele me olhava com um ar de quem já estava sentindo a minha falta. Eu podia ver nos olhos dele que deixar-me partir não seria fácil. Meu pai é um homem solitário; sua vida girava em torno de cuidar de mim e trabalhar. Não o culpo por ficar preocupado sabendo que eu passaria um ano inteiro longe de casa.

- Pai, relaxa, eu vou ficar bem - disse, pousando as mãos sobre os ombros dele.

- Eu sei, Max, mas não consigo evitar a preocupação. Hogwarts é um lugar muito estranho, cheio de abracadabras e... e se você for transformado em um sapo? - ele tremeu só de imaginar.

- Pai - ri, tentando tranquilizá-lo. - Eu vou ficar bem. É para isso que vou estudar magia também, lembra?

- Mas você acha que vai se virar, começando tão... tarde? - ele me encarou, as sobrancelhas franzidas.

Ele tinha razão. A maioria dos alunos começa seus estudos quando ainda são crianças, e eu só fui aceito na adolescência. Praticamente não sei o básico, mas tenho estudado bastante e estou determinado a me esforçar mais do que qualquer um para me tornar o melhor bruxo possível!

- Vou dar um jeito. Afinal, eu sou demais! - disse com um ar de confiança que fez meu pai esboçar um leve sorriso.

- Aqui, filho, leva isso - ele disse, estendendo meu velho ursinho de pelúcia. - Caso sinta saudades de casa.

- Pai... Não vou precisar disso. E se meus colegas virem? Vão rir de mim... - disse, sentindo a vergonha já tomar conta só de pensar na possibilidade.

- Oh... Você tem razão - ele disse, abaixando o ursinho, um pouco cabisbaixo.

Olhei para ele por alguns segundos e, impulsivamente, peguei o ursinho, bufando em resignação.

- Tá bom, tá bom, eu levo.

O sorriso que se abriu no rosto dele foi instantâneo.

- Quer que eu te leve até a estação de trem? - ele perguntou, nos dirigindo até o carro.

- Não precisa, eu vou de skate - respondi despreocupadamente.

- Mas com tudo isso? - ele olhou para as minhas bagagens, que eram três malas cheias.

- É...

[...]

Assim que desci do carro, ao longe, vi meu amigo PJ acenando para mim. Acenei de volta, com um grande sorriso que mostrava meus dentes separados.

- Max! - ele veio correndo na minha direção. - Está pronto? Olha, qualquer coisa que você precisar, pode me perguntar. Não vou hesitar em te ajudar - ele disse, cheio de confiança.

- Valeu, PJ, você vai ser de grande ajuda - sorri para ele, mas logo percebi que alguém estava faltando. - E o Bobby? Onde ele está?

- O Bobby? Achei que ele estava com você - PJ me olhou preocupado.

- Ah, não... - Peguei meu celular apressadamente e comecei a ligar para o Bobby. - Vai, cara, atende! Atende!

[- Alô...? - uma voz sonolenta atendeu.]

- Bobby, onde você tá, cara?! - disse, ansioso.

[- Qual é, estou dormindo, uai... - ele respondeu, lentamente.]

- Dormindo?! Bobby, temos que ir para Hogwarts hoje! Agora! Ou vamos perder o trem!

[- Oi!? - ele finalmente pareceu acordar.]

Bati na testa, suspirando.

- Se troca e vem logo! Se você não chegar em 30 minutos, vamos sem você!

Claro, não iríamos sem o Bobby, mas um pouco de medo não faz mal, né?

[- Não vão não, porque vocês são bons amigos - ele disse, enquanto eu imaginava ele se arrumando apressadamente. ]

É... Acho que o susto não deu muito certo.

[...]

Em meia hora, Bobby chegou. Suas malas estavam quase explodindo de tão cheias de roupas, como se ele tivesse apenas pegado tudo que estava no chão e empurrado para dentro delas. E eu tinha certeza de que foi exatamente isso que aconteceu.

- Cara, vamos logo! Vamos perder o trem! - gritei, já me dirigindo para a passagem.

- Tá bom, tá bom - Bobby disse, nos seguindo enquanto PJ e eu andávamos apressados à frente.

Mas assim que passamos pela passagem, eu vi a cena que menos queria ver: o trem partiu sem a gente!

- Nãããão!!! E agora?! Fudeu! Vou ser suspenso antes mesmo de chegar à escola! - caí de joelhos no chão, em desespero.

- Ah, não! Vou perder o título de aluno perfeito! - PJ cobriu o rosto com as mãos.

- Poxa... Que pena - Bobby disse, coçando o nariz, aparentemente alheio ao pânico.

PJ e eu nos entreolhamos, compartilhando a mesma incredulidade diante da calma dele.