MAY THE BEST WIN - Maxley 🏳️‍🌈🪄✨

Capítulo 8 - Biblioteca

Eu acho que ainda preciso me acostumar com as manhãs de Hogwarts; acordar com corujas ainda é algo bem novo pra mim, mas eu gosto. Sei que este é meu segundo dia, mas já percebi que terei que me adaptar. Acordar em um lugar que não é sua casa é um pouco estranho; você dorme pensando que vai acordar no seu quarto, mas quando abre os olhos, vê um teto desconhecido. É meio esquisito.

Acordar com os raios de sol que entram pelas janelas de Hogwarts é uma experiência única, uma visão bela de se ter ao abrir os olhos. Naquele dia, eu acordei meio desanimado. Afinal, as aulas de ontem não foram fáceis. Eu me senti tão deslocado... Não é tão diferente das escolas de trouxas; você passa de ano e não lembra de nada do que aprendeu. A diferença é que aqui é meu primeiro ano, então eu realmente não sei nada.

Assim que tirei meu pijama e coloquei o uniforme da Grifinória, desci do dormitório e fui até a lareira, onde alguns alunos da Grifinória já estavam acordados conversando.

Acho que o ruim de não estar com meus amigos é não conseguir socializar tão bem com outros alunos. Não quero causar uma má impressão logo de cara, mas também não quero ficar conhecido como o antisocial.

- Eh... Bom dia - digo, coçando a nuca, esperando que alguém escute e responda meu cumprimento para não ficar tão vergonhoso.

- Bom dia, Max. Dormiu bem? - A garota de cabelos ruivos diz ao me ver na sala. Ela está sentada na poltrona ao lado da lareira, lendo um livro. Seus cabelos ruivos parecem brilhar com as chamas do fogo ao lado; ela é bem bonita.

- Sim, eu... dormi bem. As corujas são como alarmes aqui, é? - Dou uma leve risada e me aproximo.

- Nem sempre. - Ela ri. - É só o segundo dia. Nessa primeira semana, os pais mandam muitas cartas para os filhos, então elas ficam por perto. - Ela fecha o livro e me olha. - Você já recebeu alguma carta?

- Hmm, acho que não. Bem... Acho que meu pai ainda não aprendeu a mandar cartas por coruja, mas assim que aprender, vai me mandar cartas todos os dias. - Começo a rir e escuto ela retribuir com uma risada.

- Seu pai deve ser uma figura. - Ela ajeita o cabelo que cobria uma parte do rosto.

- Deixa eu perguntar... - Coço minha nuca. - Aqui tem algum tipo de biblioteca? Tipo... Bem... - Começo a rir. - É claro que tem, aqui é uma escola. Mas... sabe me dizer onde fica? Talvez eu queira passar lá pra, sabe... estudar um pouco.

- Estudioso? Olha, não imaginava isso de você, calouro. - Ela sorri. - Eu te mostro onde é. Vou lá sempre. Desde que comecei em Hogwarts, passo a maior parte do meu tempo na biblioteca. Podemos dar uma passada lá depois do café da manhã.

- Sério? Ah... Claro, seria ótimo. Obrigado... ah... - Inclino a cabeça, tentando me lembrar do nome dela.

- Roxanne. - Ela sorri e me olha.

- Isso, Roxanne. - Estalo os dedos como se já soubesse. - Valeu, Roxanne. Nos vemos depois, então.

- Até mais tarde, Max. - Ela abre o livro e volta sua atenção a ele.

Ela deu em cima de mim?... Não... Não posso me iludir só porque uma garota foi gentil comigo... Né? Bem, esquecendo tudo isso, é melhor eu ir logo comer algo antes que as aulas comecem.

[...]

Chego no salão principal e olho em volta, procurando algum rosto conhecido. Ao longe, vejo PJ e Bobby acenando para mim da mesa da Corvinal. Assim que os vejo, um sorriso bobo surge no meu rosto, e eu vou animadamente ao encontro deles.

- Olha só se não é o novato - diz Bobby, com um garfo na mão e um pedaço de omelete na ponta.

- Novato? - Dou uma leve risada e me sento na frente deles.