Capítulo 7 - Notícia Prazerosa

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Vamos lá, mais um dia como todos os outros. Ano novo, mas não muda muita coisa: matérias mais avançadas, dramas adolescentes mais complicados, e cuidados ainda maiores com a pele para nós, que não queremos envelhecer mal. Afinal, sou um galã; não posso ficar feio. Minha rotina é sempre a mesma. Acordo do meu sono de beleza, coloco meu roupão da Sonserina, escovo os dentes, penteio meu cabelo – que, por sinal, é extremamente sedoso e macio – e sigo com meus cuidados de pele. Todo mundo deveria fazer isso; é o mínimo.

Desde sempre fui ensinado que a aparência importa muito, não só para as mulheres, mas para os homens também. Minha mãe sempre dizia: “Não deixe suas fraquezas à mostra; esconda-as com roupas caras e cabeça erguida”. Nunca me esqueço disso.

Ser o cara mais popular e bonito de Hogwarts dá trabalho, mas é o que eu mereço por me esforçar tanto para manter esse rostinho perfeito todos os dias.

Olho-me no espelho e dou meu melhor sorriso. Um gato, como sempre.

Desço do dormitório rumo à minha sala comunal. Acordo cedo, então a maioria ainda está dormindo. Essa é uma das vantagens de acordar cedo: ninguém para encher o seu saco com barulhos irritantes e conversas banais, tão ridículas que parecem que vão fazer meu cérebro explodir. Além do mais, posso aproveitar a comida fresquinha no Salão Principal, porque, quando a maioria acorda, aquele lugar se transforma num verdadeiro zoológico.

Visto meu uniforme e saio da sala comunal, andando pelos corredores com as mãos nos bolsos, observando o céu ensolarado da manhã pelas pilastras vazadas do castelo de Hogwarts. Simplesmente magnífico.

Ao chegar no salão, vejo alguns alunos comendo e conversando. Eles devem pensar como eu: acordar cedo é uma virtude.

Pego meu café da manhã de sempre: panquecas sem glúten com caramelo salgado, mirtilos, e um copo de cappuccino com canela. Maravilhoso.

Sento-me na mesa da Sonserina, ao lado da janela. Esse é o único horário em que o sol bate nesta parte do castelo. Depois disso, a mesa da Sonserina fica nas sombras.

Bebo um gole do meu cappuccino. Doce na medida certa e a canela exatamente como gosto. Os elfos sabem fazer um cappuccino.

– Bom dia, flor do dia. Sabia que estaria aqui. – Um garoto grande e musculoso, um pouco gordinho, vem em minha direção.

– Tank... – digo simplesmente, parando de bebericar meu cappuccino e o olho. – Alguma novidade interessante que possa me agradar nesta bela manhã?

– Oh, se tenho. Eu soube de algo que acho que você vai gostar. – Ele se senta à minha frente, empolgado.

– Prossiga. – Viro o rosto e tomo mais um gole da minha bebida quente.

– Este ano temos um sangue-ruim entre nós. – Ele diz com um sorriso de lado.

Um sangue-ruim? Ora, ora... Parece que este ano vai ser interessante. Eu adoro implicar com nascidos trouxas. Eles são tão inocentes e ingênuos; suas carinhas assustadas e lágrimas me fazem sentir tão mais vivo.

– Que notícia maravilhosa, meu caro Tank. – Balanço levemente minha caneca de cappuccino. – Já sabe quem será nossa presa?

– Então, sobre isso... Eu ainda não sei quem é. Só ouvi alguns alunos comentando. – Ele coça a cabeça e contrai os lábios.

– Você ouviu? Isso não é o bastante para mim. Descubra quem é o sangue-ruim. Este ano quero um pouco de diversão. – Dou um pequeno sorriso de lado.

Tá, eu sei, sou cruel. Mas ser cruel é a coisa mais divertida do mundo. Minha família é temida, e por isso, respeitada. Se quer que te respeitem, faça-os temer você. É tão simples.

Já deixei bem claro minha opinião sobre esses sangue-ruins. Eles não deveriam estar aqui. E todo ano que sei que há um sangue-ruim por aí, eu o atormento tanto que ele sai correndo de Hogwarts e nunca mais volta. Haha... Ah, isso é tão prazeroso.

Eu vou descobrir quem é o sangue-ruim, e ele vai desejar nunca ter colocado os pés neste castelo. A diversão só está começando...

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