Capítulo 10 - Duplas

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Eu estava meio desanimado pelo que tinha acontecido ontem. Mesmo que as coisas com a Roxanne tivessem ido bem, só de pensar na possibilidade de perder meus amigos, meu humor despencava.

— Portanto, os lobisomens são criaturas imprevisíveis, porque quando se transformam, para eles, não existe mais nada além da sede de matar! Eles matariam até mesmo seu melhor amigo, ou a pessoa que amam, se a vissem na frente deles. — A professora caminhava entre as carteiras, observando se todos os alunos estavam anotando.

Eu, por outro lado, estava tão exausto mentalmente que não ouvi uma palavra desde o início da aula. Sabia que isso ia me meter em encrenca mais cedo ou mais tarde.

PAH!

As mãos da professora bateram na minha carteira, me tirando do transe e me fazendo paralisar. Olhei para ela, assustado.

— Ora, ora, senhor Goofy, poderia me dizer qual é a poção que os humanos com a condição de lobisomem usam para repelir suas manias sanguinárias? — Ela me encarou com firmeza.

— Ah... Bem... eu... — Olhei desesperado para os lados, tentando achar uma resposta.

— Vejo que não sabe... Que decepção... Menos dez pontos para a Grifinória! — Ela voltou para frente da sala.

— O quê?! — Todos os grifinórios na sala ficaram revoltados.

— Mais alguém pode me responder essa pergunta? — Ela cruzou os braços, desafiadora.

Escutei alguém se levantar da carteira atrás de mim. Quando me inclinei para olhar, vi Bradley com a mão erguida.

— É a poção Mata-Cão, professora. Mas mesmo assim, a poção não cura o lobisomem nem impede a transformação em si, mas é uma ferramenta vital para aqueles que desejam evitar machucar os outros durante esse período. A poção é difícil de preparar e tem um gosto muito amargo, o que torna o processo ainda mais desafiador para quem precisa tomá-la regularmente.

— Muito bem, Bradley, mais dez pontos para a Sonserina. — Ela disse, recolhendo seus livros.

Todos os alunos da Sonserina aplaudiram Bradley, que se curvou agradecido.

— Para esta semana, quero que me entreguem quatro pergaminhos completos sobre a história dos lobisomens. — Ela usou sua varinha para guardar seus livros.

— Quatro!? — Uma aluna exclamou. — É impossível fazer isso sozinha!

— Vai dar muito trabalho... — Outro aluno reclamou.

— Vejo insatisfação em suas vozes. Para facilitar para vocês, irei formar duplas: os que eu acho que precisam de suporte e os que eu acredito que darão esse suporte. — Ela coçou a garganta e me olhou com os olhos semicerrados.

Com um movimento de varinha, ela criou um frasco de vidro e distribuiu vários pedaços de pergaminho para os alunos.

— Escrevam seus nomes e deixem na mesa ao sair. — Ela ordenou, colocando o pote em cima da mesa ao centro da sala.

Escrevi meu nome rapidamente, peguei minhas coisas e me preparei para sair da sala junto com os outros alunos.

— Um momento da sua atenção, Max, se não for pedir muito. — Ouvi a professora dizer atrás de mim.

— Sim?... — Me aproximei da mesa dela, hesitante.

— Percebo que você tem grandes dificuldades na minha aula. Não sou de fazer isso, mas... você é aluno novo e, como nunca teve contato com magia, essa... lentidão é compreensível.

Ouvi tudo o que ela dizia, ansioso, olhando para os lados.

— Eu posso colocá-lo com meu melhor aluno, talvez assim eu veja algum avanço em suas notas. — Ela ergueu uma sobrancelha.

MAY THE BEST WIN - Maxley 🏳️‍🌈🪄✨Onde histórias criam vida. Descubra agora