Introdução
Dias antes dos ensaios de dança começarem, alguns poucos atores haviam sido escalados e os preparativos estavam a todo vapor. Em alguns meses, dariam início às gravações da primeira temporada de Bridgerton. Tom Verica havia conhecido Nicola dias atrás e lhe apresentaria ao estúdio naquela tarde, juntamente com seu parceiro, a quem ela ainda não conhecia pessoalmente.
Camilla Whitehill, sua amiga em comum, foi quem lhe deu a notícia de que trabalhariam juntos.
— Você foi a primeira a ser escalada, então acredito que conhecerá todo mundo, bom, antes de todo o resto do elenco — disse Tom, empolgado. — Hoje à tarde teremos nosso primeiro ensaio oficialmente, com você e Luke Newton.
— Então Luke Newton será Colin, não é isso? — perguntou ela, interessada.
— Isso mesmo. Será seu par romântico.
Nicola estava empolgada. Ainda era um tiro no escuro, mas seria seu papel mais importante desde sua última estreia na TV. Ela foi ao estúdio para tirar medidas e checar todos os tecidos. Uma grande produção estava diante de seus olhos: muitos tecidos, linhas, agulhas e muitas pessoas trabalhando. Como era possível haver tanto trabalho em menos de uma semana, sem o elenco estar completo? Ela não sabia como e o que estariam enfrentando, mas parecia que era sério.
Desde as primeiras agulhas e alfinetes a serem postos em seu manequim até o tecido floral com rendas ser jogado sobre o pequeno pedestal de enchimento, Nicola estava maravilhada. Nada poderia ser mais mágico do que acompanhar todo aquele processo; ela ficaria sentada ali todos os dias se pudesse, mas tinha que trabalhar. Exatamente às doze horas, ela saiu de suas provas e foi almoçar; teriam um intervalo de duas horas até que os ensaios começassem.
Ao passar pelo corredor que ligava o estúdio de costura ao estúdio de dança, Coughlan pôde avistar alguns dos cabelos ruivos que seriam seus por alguns meses. Ela escorregou pela fresta da porta, apreciando as diversas inspirações pregadas por todos os espelhos. Ainda eram apenas ideias passadas para um papel, e logo estariam em sua cabeça, e ela mal podia esperar.
Deu um sorriso tímido quando as duas mulheres que ali estavam trabalhando notaram sua presença e teve sua deixa para se retirar. Apressou o passo ao ver que já era quase três da tarde. Estavam todos à sua espera, inclusive sua co-estrela. Luke Newton estava sentado em um canto, com uma garrafa de água em uma mão e o telefone na outra. Assim que a viu, Tom aumentou a voz, fazendo todos notarem sua presença.
— Podemos começar, Nicola chegou! — Nic ficou um pouco sem graça. — Nic, este é Luke; Luke, esta é Nic.
— Tudo bem? — disse ele, levantando-se rapidamente.
Nic, com um sorriso alegre, abriu os braços e ele caridosamente a aceitou. Seus braços alçaram sua cintura, e ela o apertou. Luke não tivera chance de se defender; ela apenas o apertou como se fossem íntimos. Mal sabia Nic que ele não era um fã de contato físico.
— Tudo bem. Espero que possamos nos dar bem e fazer um ótimo trabalho! — exclamou Nicola, animada.
Newton se surpreendeu com a alegria da mulher. Como podia caber tanta empolgação em alguém tão pequeno? À medida que o ensaio seguia, Coughlan ficava mais eufórica. Tudo parecia incrível e novo para ela, como uma criança em um parque de diversões. Tivera muitas razões para se sentir cansada e entediada; repetiram a mesma música e coreografia diversas vezes, mas, por alguma razão, ela apreciava cada minuto como se fosse o começo.
Aquela sensação deliciosa de começar a refeição quando se está com muita fome e a tristeza que bate no fim, quando termina, acontece quando algo é bom e, consequentemente, acaba rápido demais. Foi isso que Nicola sentiu quando o primeiro dia de trabalho acabou. Nem se dava conta do quanto estava cansada, devido à sua constante agitação. Luke, por outro lado, só podia analisá-la por inteiro. Aquela angústia da curiosidade, misturada ao conforto da descoberta à medida que ela abria a boca.
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There is fire - Newghlan
FanfictionBaseada em fatos criados em minha cabeça, tenho uma mente bem fértil. Com tudo acontecendo, será tudo RP, ou algo mais. Nicola tinha tudo sob controle, mas Luke tinha tudo para descarrilar aquele trem. Não era mais só trabalho, desde o momento em qu...