Capitulo I 🌊🚢

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Aquela viagem prometia. Para alguns era a chance de "fazer a América". Para outros, a oportunidade de desfrutar do navio mais luxuoso já construído. Havia aqueles que apenas queriam fazer a travessia do velho ao novo continente. E uma multidão de tripulantes, responsáveis pela segurança e pelo conforto. Porém, a vida das mais de 2.200 pessoas que deveriam desembarcar em Nova York em 17 de abril de 1912 tomou um rumo inesperado".


10 de abril de 1912

  Uma multidão habitava o local de onde o grandioso e "inaufragável" Titanic zarparia da Inglaterra, com o destino traçado para os Estados Unidos. Pessoas de todas as classes, redondamente eufóricas, portando suas bagagens e se preparando para embarcar em um do mais bonitos transatlântico já criado. O barulho de uma buzina era emitido constantemente. Alguns carros da nobreza se locomoviam entre as pessoas, transportando gente de grande importância.

E dentre os passageiros de um dos veículos, se encontrava uma mulher, cujo nome era eminentemente renomado, mais especificamente, essa mulher era Soraya Thronicke. Uma jovem herdeira da aristocracia britânica, infeliz e inconformada com as rígidas regras de comportamento de sua classe social. A mesma temia para que esse dia não chegasse, afinal, seria forçada a casar-se a bordo do Titanic com o esnobe, arrogante e milionário Carlos César Batista, mais conhecido como Batista. Não havia algum tipo de sentimento quando se tratava desse noivado, exceto o interesse de Batista pela Soraya e o rancor que Thronicke nutria por ele. O casamento seria uma única e ótima opção, segundo a mãe da jovem, já que sua família caiu em algumas dívidas absurdas.

"Eu não vejo o porquê de tanta euforia." Diz a Soraya, percorrendo o olhar por todo o local. "Não me parece maior do que o Mauretania."

"Pode ser indiferente sobre qualquer coisa, Thronicke, mas não sobre o Titanic." Seu companheiro riu irônico. "Tem trinta e três metros a mais que o Mauretania. E é bem mais luxoso."

"Então esse é o navio inafundável?." Sua mãe se pronuncou. Alguns rapazes carregavam suas bagagens para o navio.

"Ele não afunda. Nem Deus conseguiria afundar esse navio" Afirma Batista.

E assim, os três caminharam diretamente para a entrada do navio, atravessando o amontoado de gente. Sendo bem recebidos por porteiros. Para todos os outros, era um navio dos sonhos, mas para Soraya Thronicke, era um navio de escravos. Por fora era tudo que uma garota educada deveria ser, por dentro ela estava gritando.

Um som intenso vindo navio pôde ser ouvido por todos que permaneciam no porto. Faltavam poucos minutos para a grande embarcação zarpar. Nesse mesmo instante, não muito longe da baía, em um pequeno e humilde bar suficientemente cheio, Simone Tebet, uma jovem de terceira classe com um grande talento artístico e uma viajante ambulante, apostava tudo o que tinha em uma partida de poker por um bilhete de passagem para o Titanic. Ao seu lado estava seu amigo não nativo, Rodrigo Pacheco. Conheceu o mesmo na Itália, em uma de suas recorrentes viagens.

A Simone olhava as cartas em mãos atentamente, concentrada. Desejava bastante àquela passagem. O jogo estava preste a terminar, jogavam contra dois homens suecos. Tebet estava confiante, enquanto Pacheco soava inquieto.

"Tebet, você é louca. Apostar tudo o que tem?"
Indagou Pacheco.

"Quando não se tem nada, não se perde nada."
Tebet comentou, enquanto os suecos discutiam um com o outro.

Titanic ( SIMORAYA ) Onde histórias criam vida. Descubra agora