Capítulo VII - 🌊🚢

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"É realmente uma pena, capitão." Proferiu Bolsonaro, um empresário britânico, enquanto os rapazes entravam em uma cabine.

Flávio Dino adentrou ao cômodo apressado e preocupado, sendo acompanhando pelo Capitão Lula, o Oficial Mike McMuller e mais alguns homens.

"A água, quatro metros e meio acima da quilha em dez minutos." Informou aos oficiais sobre a situação. O engenheiro apontava e deslizava sua mão sobre o a figura do navio, com todos os detalhes do transatlântico, que havia na mesa. "No porão de proa e em todos os três porões, e na sala da caldeira seis." Falava tenso, fitando o Capitão Lula ao seu lado.

"Quando poderemos prosseguir, droga!?" Se exaltou Bolsonaro, atraindo o olhar do engenheiro.

"São cinco compartimentos..." Respondeu inquieto. Logo voltou seus olhos para o capitão ao seu lado. "Ele consegue flutuar com quatro compartimentos com vazamentos, mas não com cinco. E a medida em que for afundando a proa, a água irá entrar por cima das anteparas do convés, uma após outra, indo e voltando. Não há como impedir."

"E as bombas? Se abrirmos as..." Lula fora interrompido.

"As bombas nos dão tempo, mas só alguns minutos. A partir de agora não importa o que se faça..." Abaixou seu olhar. "O Titanic vai afundar..." Após sua fala, todo o local ficara um completo silêncio por segundos.

"Mas é um navio que não afunda!" O empresário se pronuncia convencido.

"Ele é feito de ferro, eu lhe asseguro que afunda! E irá afundar..."

"Quanto tempo?" Indagou o Capitão.

"Uma hora. Duas no máximo..." Todos ali engoliram em seco.

"Quantas pessoas há a bordo?"

"Duas mil e duzentas pessoas a bordo capitão." Responde o Oficial Mike.

Após longos segundos, Lula fitou o empresário e proferiu: "Acho que terá sua manchete, senhor Bonner".

[...]

Thronicke refletia sobre o melancólico ocorrido que acontecera. Seus olhos levemente vermelhos, por ter lacrimejado após o acontecido. Desviava seu olhar de Batista a todo momento. Externamente parecia a personificação da calmaria, mas por dentro fervia de raiva. O mais velho logo se aproxima da mesma. Fechou os olhos e suspirou.

Foi rápido. Vieira apenas sentiu uma ardência em sua bochecha e sua cabeça ser virada por conta da força que o seu noivo usara. O mesmo havia lhe desferido um tapa.

"É mesmo uma vadia." Falou grosseiramente. A Soraya ainda tinha seu rosto virado. "Olhe pra mim quando eu estou falando com você!" A puxou bruscamente para que a menor lhe olhasse. Segundo após, ouviram batidas na porta e logo, o mesmo mordomo que o César havia parado no corredor, abriu a peça plana, adentrando ao local.

"Senhor Carlos César..." Foi interrompido.

"Agora não, estamos ocupados."

"Senhor, eu recebi ordens de lhe pedir para colocar os coletes salva vidas e ir para o convés." Insistiu. O mais velho soltou a menor e se afastou. Thronicke apenas abaixou seu olhar e pousou sua mão sobre sua bochecha, que agora estava um tanto vermelha.

[...]

O Titanic já estava começando a inclinar apenas minutos depois da colisão. No convés a tripulação iniciou o preparo dos botes salva-vidas, porém era difícil ouvir qualquer coisa devido ao barulho das vozes dos rapazes e do vapor das caldeiras que estava sendo evacuado pelas chaminés. Um frio devorador se fazia presente. Todos ali estavam apressados e amedrontados.

Titanic ( SIMORAYA ) Onde histórias criam vida. Descubra agora