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Após vários exames o médio confirmou a gravidez, Shoko saiu do consultório médico acompanhada de Utahime, sua expressão desolada. As lágrimas escorriam pelo seu rosto enquanto ela se afastava do prédio, incapaz de conter o choro.

Utahime, preocupada, seguiu rapidamente atrás dela.

- Shoko, por que você está tão triste? Geto ficaria feliz em saber da gravidez - disse Utahime, tentando consolar a irmã.

Shoko parou de andar e se virou para encarar Utahime, as lágrimas ainda fluindo livremente.

- Ele já sabe, Utahime - respondeu Shoko, com a voz embargada pelo choro. - E mesmo assim, ele terminou comigo.

Utahime parou, incrédula, as palavras de Shoko ecoando em sua mente. Antes que pudesse responder, Shoko desabou no chão, tomada pelo desespero.

- Minha vida está arruinada - soluçou Shoko. - Uma mãe solteira... ninguém nunca vai querer se casar comigo. Me arrependo amargamente de ter me entregado a Geto. Tudo o que eu quero agora é desaparecer.

Utahime se abaixou e abraçou a irmã com força, tentando oferecer algum consolo.

- Shoko, não diga isso. Você não está sozinha. Nós vamos superar isso juntas - disse Utahime, a voz firme, mas cheia de carinho.

Shoko implorou entre soluços.

- Por favor, Utahime, não conte nada a ninguém. Não deixe que eles saibam.

Utahime assentiu, embora por dentro fervesse de raiva.

- Eu não vou contar, Shoko. Prometo. Mas não posso acreditar que Geto fez isso com você, especialmente agora, quando você mais precisa dele.

Shoko continuou a chorar nos braços de Utahime, enquanto Utahime sentia a raiva crescer dentro de si. Como Geto podia ser tão cruel? Ela sabia que precisava fazer algo para proteger sua irmã, mas, por enquanto, tudo o que podia fazer era estar ao lado dela, oferecendo todo o apoio e amor que Shoko precisava naquele momento devastador.

Shoko se trancou em seu quarto, alegando estar cansada quando sua mãe, Mitsuri, preocupada, perguntou o motivo. No isolamento de seu canto, ela mal comia e não tinha ânimo para nada. Utahime tentava animá-la, mas era impossível.

Certa manhã, após o café, Mitsuri bateu na porta de Shoko, dizendo que havia um convidado especial esperando por ela. Shoko, ainda levemente esperançosa, torcia para que fosse Geto, arrependido do que disse e vindo pedir sua mão.

Quando desceu as escadas e entrou na sala, viu seus pais junto com Nanami. Ele sorriu, e Shoko também, mas por dentro, ela desejava ver outra pessoa. Pela falta de interesse de Geto, ela teve certeza de que era tarde demais. Ela sorriu e cumprimentou Nanami. Após o café, os dois foram caminhar no jardim.

Nanami se sentou em um banco, e Shoko fez o mesmo. Ele começou a falar sobre como Shoko era linda e inteligente, e ela agradeceu com um sorriso triste. Então, ele foi direto ao ponto.

- Shoko, estou aqui porque pedi sua mão em casamento - revelou Nanami.

Shoko ficou surpresa com a revelação, mas lembrou de sua situação.

- Não posso aceitar, Nanami - disse ela, a voz tremendo.

- Por que não? - insistiu Nanami. - Você disse que amava outro, mas se ele não pediu sua mão ainda, o que está acontecendo?

Shoko ficou triste, os olhos cheios de dor.

- Aconteceram coisas... - respondeu ela.

Nanami olhou profundamente nos olhos de Shoko, cheio de determinação.

𝐏𝐑𝐈𝐃𝐄 𝐀𝐍𝐃 𝐏𝐀𝐒𝐒𝐈𝐎𝐍 ; Gojo Satoru Onde histórias criam vida. Descubra agora