Desculpem o capítulo pequeno.
Comentem bastante e votem.
Boa leitura 📖
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O homem havia caído morto no chão, Hyunjae não se mexia e muito menos respirava. Um toque, apenas um toque foi o necessário para que o homem fosse ao chão.
──── Hyunjae! ──── senhora Nabi gritou e correu em direção ao corpo do homem, estava desesperada.
Seok sentia uma tremedeira tomar conta do corpo e os olhos se encherem de lágrimas, o peito subia e descia, não sabia o que fazer, como reagir, sua visão estava ficando turva.
Ele havia matado uma pessoa. Matado, não podia ser, tudo tinha que ser um pesadelo, não pode ser.
Só queria acordar, queria morrer, não sabia o que fazer naquela situação.
──── SEU MONSTRO! ──── Nabi gritou com os olhos marejados. ──── MONSTRO! ──── Seok ficou paralisado.
Acordou com a respiração ofegante, ainda estava escuro e Hyun-Su estava ao seu lado com os olhos abertos olhando.
──── Mais uma lembrança? ──── Hyun-Su pergunta com a voz um pouco rouca e com sono.
──── Nada demais, as vezes acontece ──── Seok respondeu. ──── Bem que dizem que o passado sempre volta para assombrar ──── murmurou e se sentou na cama.
──── Tem certeza que tá tudo bem? ──── Hyun-Su disse se sentando na cama também. ──── Você parece meio pálido ──── Hyun-Su estava preocupado mesmo.
──── Eu…──── Seok não sabia o que dizer. ──── Não sei, talvez seja só cansaço, só isso, foram dias corridos, só isso ──── inventou uma desculpa e passou as mãos no rosto.
Não era só isso, seus pais, as memórias do quê aconteceu, as lembranças também do laboratório, do que aquele doutor nojento o fez fazer, não gostava de machucar os outros.
Se deitou de novo na cama, torcia para que o sono chegasse de novo, dormir e esquecer de novo.
──── Vou tentar dormir de novo, desculpa atrapalhar o seu sono ──── disse.
──── Você não quer conversar?
──── Não ──── Seok respondeu. Não queria conversar, queria fingir que não tinha acontecido de novo.
Hyun-Su se deitou, porém tomou uma ação inusitada, puxou Seok para perto e o abraçou, no início o ele havia estranhado, mas o abraço de Hyun-Su era tão confortável e quentinho, então acabou se aconchegando e dormindo.
Quando o dia amanheceu, Seok acordou e não viu sinal de Hyun-Su na cama, pela posição do sol no horizonte diria que era sete horas da manhã, se espreguiçou e então se levantou, decidiu ir até o outro quarto ver se o bebê estava dormindo, estava se sentindo como se fosse um pai de família.
E se sentia bem com isso, pelo menos algo reconfortante no fim do mundo para que ele não enlouqueça.
Quando passou pela sala do apartamento o bebê já estava sentado no sofá se espreguiçando e esfregando os olhos.
──── Já acordou? ──── indagou e se virou para a varanda assim que ouviu um barulho.
Abriu a porta de vidro e foi até a beirada da varanda para olhar, era Hyun-Su saindo de novo, Soek mordeu levemente os lábios, estava curioso para saber o quê o outro estava escondendo e para onde ele estava indo naquele momento.
──── Vamos dar uma volta ──── falou para o bebê monstrinho.
Correu para pegar suas luvas e mochila e então saiu junto com o monstrinho, ambos desceram as escadas e correram na direção que Hyun-Su havia ido. Mesmo que estivessem convivendo há um ano juntos, Hyun-Su ainda escondia algo, não sabia o porquê disso, mas hoje iria descobrir de um jeito ou de outro.
Caminharam muito, não sabia a distância exata que haviam percorrido, mas Seok sabia que o lugar para onde Hyun-Su estava indo era muito longe, mil e uma dúvidas passavam pela sua cabeça do quê ele estaria escondendo.
Então ele parou, Seok puxou o bebê junto e se jogou atrás de um carro, para se esconder.
──── Seok, eu sei que você tá aí ──── Hyun-Su falou cruzando os braços.
Seok bufou e se levantou.
──── Como sabia que era eu? ──── indagou indo até ele e sendo seguido pelo bebê.
──── Pressenti que uma hora ou outra você me seguiria ──── Hyun-Su se aproximou. ──── E você também não é o melhor em ser discreto, ouvi vários passos seus ao longo do caminho ──── disse.
──── E eu jurando que estava sendo discreto ──── o outro murmurou. ──── Mas eu precisava vir, você anda saindo sempre e eu sou curioso ──── Seok se justificou. ──── E também, queria saber o quê tava acontecendo, eu devia ter perguntado eu sei, mas tinha medo de parecer invasivo.
Hyun-Su piscou os olhos algumas vezes antes de levar a mão até o cabelo do outro e colocar uma mecha do cabelo dele atrás da orelha, Seok ficou confuso.
──── Bom, acho que você sabe agora é bom ──── Hyun-Su falou pegando na mão do rapaz a sua frente. ──── E também, não quero mais ter que esconder as coisas ──── disse.
Seok se assustou com o ato do outro, mas não se afastou e muito menos soltou a mão dele, o coração estava bem quentinho e nosso, parecia que a qualquer momento ele teria um surto.
Era bom sentir outras coisas que não fossem só estresse e tristeza, ainda não tinha esquecido dos seus pais, ainda doía aceitar a ideia de que eles não estavam mais aqui.
──── Então, o quê é? ──── Hyun-Su sorriu.
──── Não vou contar, você vai descobrir ──── disse.
O bebê se aproximou.
──── A gente tem que dar um nome para ele ──── Seok olhou para Hyun-Su. ──── Tem alguma sugestão?
──── Que tal Hae? ──── Hyun-Su olhou para o monstrinho.
──── Então, o quê acha de Hae? Gostou? ──── O bebê deu alguns pulinhos. ──── Acho que foi um sim ──── disse.
──── Agora melhor irmos ──── Começaram a andar.
Seok vez ou outra olhava para a sua mão entrelaçada com a de Hyun-Su, que por sua vez olhava para o rapaz ao seu lado, não queria admitir, mas talvez estivesse gostando de Seok mais do que devia, não era só como amigo.
Sentia algo mais em relação a ele, não sabia explicar, só que tinha uma sensação de urgência de sempre proteger a ele e o bebê, talvez eles realmente fossem sua nova família.
Iria recomeçar de novo e faria de tudo para impedir que algo estrague isso.
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Dead | Sweet Home
FanfictionQuando o mundo colapsou Lee Dong Seok, um jovem de 19 anos não sabia o que fazer, viver em um novo mundo repleto de monstros não era o que rapaz pretendia, o caos tomando conta, pessoas lutando para sobreviver e encontrar seus pais, a humanidade se...