Capítulo 7: Entre Sussurros e Sentimentos.

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Levi

A noite na aldeia indígena estava tranquila, iluminada apenas pelas fogueiras e pelas estrelas acima. A atmosfera estava carregada com a magia de um novo começo, e o calor do fogo parecia dissipar a tensão que pairava no ar.

Rosella e eu fomos guiados por Quanah para uma cabana central, onde fomos convidados a descansar. A cabana tinha uma atmosfera acolhedora, decorada com tapeçarias coloridas e utensílios de cerâmica que refletiam a rica cultura da aldeia.

Enquanto nos acomodávamos, Rosella se afastou um pouco para explorar o ambiente. Eu a observei, admirando o jeito como ela se movia com uma graça natural, como se estivesse começando a se sentir em casa ali. Decidi acompanhá-la, e assim começamos a explorar a aldeia juntos.

— Você está se sentindo bem aqui? — perguntei, aproximando-me dela.

Rosella sorriu, um brilho suave em seus olhos.

— Sim, é diferente, mas de uma maneira boa. Sinto que há muito mais para descobrir aqui, sobre minha mãe e sobre mim mesma.

À medida que caminhávamos, encontramos um grupo de indígenas ao redor de uma fogueira, compartilhando histórias e músicas. Quanah nos acompanhava, e a conversa entre ele e Rosella estava carregada de curiosidade e descoberta.

— A sua mãe era uma pessoa muito respeitada entre nós — comentou Quanah, enquanto nós nos sentávamos perto da fogueira. — Ela tinha uma maneira única de entender a nossa cultura e de nos apoiar.

Rosella olhou para ele com interesse genuíno.

— O que mais você pode me contar sobre ela? — perguntou, sua voz carregada de expectativa.

Quanah hesitou por um momento, como se escolhesse cuidadosamente suas palavras.

— Ela ajudou a unir nossos povos em tempos difíceis. Sua coragem e seu espírito livre foram uma inspiração para muitos de nós.

A conversa com Quanah continuou, revelando histórias sobre a mãe de Rosella e seu impacto positivo na aldeia. Enquanto isso, Levi e Rosella compartilhavam olhares discretos e gestos de proximidade que falavam mais do que palavras.

Quando a noite se aprofundou, Quanah sugeriu que nos sentássemos fora da cabana para observar as estrelas. A céu limpo oferecia uma visão deslumbrante, e o ambiente tranquilo parecia convidar a momentos mais íntimos.

Sentamos lado a lado, o calor da fogueira ainda aquecendo nossos rostos. A conversa continuava, mas havia um silêncio confortável entre nós, cheio de uma nova tensão.

— Levi, você já se sentiu assim antes? — perguntou Rosella, quebrando o silêncio. Sua voz era suave, quase hesitante.

— Sentido o quê? — perguntei, olhando para ela com curiosidade.

— Como se algo estivesse mudando dentro de você, algo que você não consegue explicar — ela respondeu, seus olhos fixos nos meus.

Eu sorri.

— Às vezes, o que sentimos não precisa de explicação. Apenas acontece.

Rosella sorriu de volta, e os dois compartilhamos um momento de compreensão silenciosa. A proximidade física entre nós parecia se intensificar, e as palavras pareciam desnecessárias. Apenas estar ali, ao lado um do outro, era suficiente.

Enquanto o tempo passava, as histórias sobre a mãe de Rosella e o relacionamento de Rosella com o passado tornavam-se mais claros. Era evidente que a mãe dela tinha deixado um legado importante, e Rosella estava começando a entender melhor seu próprio lugar no mundo.

The proof of Balas (A prova de Balas)Onde histórias criam vida. Descubra agora