Banquete vazio

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O silêncio conforta o ambiente
Na penumbra dos sonhos, fica evidente.
As ruínas de um tempo que não voltará
Expostas, sobre a mesa de jantar, um banquete vazio.

São tantas peles de camaleão
Que eu me perdi.
O que é real?
O que é verdadeiro?

Quero correr em menos tempo
Ou acelerar o fim, pôr um ponto final.
Terminar o dia com um sorriso
Apenas um grand finale.

Aquele homem súplica
Aquele homem sou eu
Espelhos em pedaços
Pés descalços sobre os cacos.

Devo devolver
Tudo aquilo que foi tirado.
Tirado de mim mesmo
E o que será do amanhã?

Deus me perdoa
Pela minha arrogância.
A distância que pôs
Foi apenas a defesa que eu escolhi.

Rio Salgado Onde histórias criam vida. Descubra agora