Dama do castanheiro

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Passando pelos campos de vernonia, seus vibrantes tons roxos são um espetáculo para ser visto.
Junto ao riacho, carrego galhos secos.
O que resta, talvez, é isso.
Árvore infrutífera que encontrou sua morte.

A dama do castanheiro chama-me a atenção do lado oposto.
Lá guarda uma beleza indelével e serena, mas também etérea.
Tenho tanto para dizer, mas as palavras que eu as tenho guardadas morrem em cada pôr do sol.

Espere que ela pare, balançando a cabeça em concordância.
Outro dia termina com um momento marcante e comovente - a descida do sol - que nos enche de admiração e compaixão.

Ama alguém, não é?
Me veja como eu te vejo, talvez nunca.
Nunca sabe do meu amor
Que planeia no ar.

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