Toda estupidez/Samba das aflições

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Toda estupidez que você carrega
Rega as plantas carnívoras do seu jardim
Você escolheu em não amar
Sair pela porta dos fundos como se deve o pão.

Esconder- se atrás de um crucifixo
Não vai fazer você ser melhor que os outros
Apenas uma página de um livro
Empoeirado numa estante qualquer.

Cai o templo do mundo
Seus Deuses pagãos feito de barro oco
Sucumbência e ganância
Por terras desconhecidas.

Dizem que há paz
Mas fabricam armas
Dizem que há paz
Mas constroem muros ao seu redor.

E você?
Me diga
Se diz amiga
Nas horas de aflição.

O chorinho chora
No samba poema
De minha velha nostálgica
Lembrança.

Vai com a brisa da tarde
Perde-se na velha mangueira
Nos galhos secos e quebrados
De gravuras de amor eterno

E você?
Me diga
Se diz amiga
Nas horas de aflição
E o choro chora.

Rio Salgado Onde histórias criam vida. Descubra agora