Yuta e Toge voltaram da viagem para Miyagi na semana passada, e, aproveitando que ainda estavam de folga do trabalho de feiticeiros Jujutsu, foram para uma colina, ficar sentados debaixo de uma árvore que fica no topo do lugar, que é bastante bonito, por sinal.
- Ah, Inumaki! Obrigado por me acompanhar no memorial da Rika, viu? - Okkotsu sorriu e agradeceu, deitado no colo do de Inumaki, aproveitando os cafunés que o namorado dele está fazendo nele.
Toge só assentiu, apertando as bochechas do moreno.
O momento do casal foi interrompido por uma enorme quantidade de energia amaldiçoada sendo libertada. Uma quantidade até maior que a do próprio Yuta, que é um dos feiticeiros com maior energia amaldiçoada da atualidade.
Okkotsu se levantou bruscamente do colo de Inumaki, acidentalmente batendo a cabeça no queixo do loiro.
- Ai, porr...! - Toge começou a resmungar baixinho, mas foi interrompido por Yuta, que cobriu a boca do mais novo, para não ativar a Fala Amaldiçoada.
E Inumaki entendeu o recado.
- Desculpa, foi um acidente. - O moreno disse brevemente, antes de virar o rosto, para procurar de onde veio aquela onda enorme de energia amaldiçoada. - Sabe o que foi aquilo?
- Okkaka.
...
Um tempo antes.
...- Que tééédio! - Itadori reclamou enquanto seguia Megumi e Sukuna.
A porta do Domínio Inato incompleto havia sumido, então eles estavam presos alí até acharem a maldição que havia invocado aquilo.
E, para Yuuji, ficar preso junto de Megumi e SUKUNA é um inferno na terra.
- Cala a boca, Itadori. - Fushiguro e Sukuna disseram ao mesmo tempo, andando na frente.
- Ah, Sukuna, bora lá! Você é o feiticeiro mais poderoso do mundo, né?! Então ajuda a gente a achar essa maldição, poxa! Aposto que você sabe onde ela tá. - Itadori resmungou.
- Sou um feiticeiro poderoso, não um super-herói com um sentido-aranha. - O rosado mais velho retrucou, revirando os olhos.
Sukuna suspirou e continuou andando, até que sentiu algo e parou bruscamente.
Era uma energia familiar. Bastante familiar.
Se fosse o que ele estava pensando, puta merda, ele iria foder Megumi na cama assim que chegassem em casa.
- Ai! - Fushiguro resmungou, não reparando que o mais velho havia parado e acidentalmente batendo o rosto nas costas do namorado. - O que foi? por que parou?
Sukuna não conseguiu se conter e sorriu, mesmo que minimamente, pegou a mão de Megumi e saiu correndo até a energia que ele estava sentindo logo à frente, arrastando o moreno consigo, e deixando o moleque (Itadori) para trás.
- Ei! Onde vocês tão indo?! - Yuuji berrou ao longe.
Mas, bem, Sukuna e Megumi já estavam longe demais para escutar o rosado mais novo.
- Sukuna?! Mas que porra é essa?! Onde a gente tá indo? - Fushiguro gritou, ofegante, se esforçando para acompanhar o ritmo do "rei das maldições".
Assim que eles finalmente pararam de correr, Megumi achou que iria desmaiar alí mesmo, mas Sukuna o segurou e, de brinde, deu um breve beijo na testa do moreno.
- Cansou, foi? - O rosado perguntou, baixinho, brincando com os cabelos pretos do outro.
- Um pouco. - O mais novo respondeu, cansado.
- Aham, sei. - O outro riu um pouco e bagunçou os cabelos alheios.
Fushiguro, como sempre, não resistiu e corou levemente.
- Tá, mas, sério. Por que você me arrastou até aqui?
- Passou muito tempo sem sentir energia amaldiçoada forte, né? - Sukuna abriu um sorrisinho irônico e indagou. - Pelo menos se esforça um pouquinho, vai.
Megumi riu um pouco e deu um soquinho no braço do namorado.
- Eu sou um feiticeiro Jujutsu desde que eu era pequeno! É claro que eu ainda sinto energia amaldiçoada forte! - O moreno retrucou.
E era verdade. Para Fushiguro, a energia amaldiçoada do local estava normal. A única coisa diferente é que a energia amaldiçoada de Sukuna estava mais alta que o normal, mas isso acontece quando ele está empolgado com algo, né?
- Ah, vamos lá! - O rosado insistiu. - É só olhar ao seu redor. Não tá tão difícil assim!
- Sukuna, eu... - Megumi riu um pouco. - ... realmente não tô vendo nada.
O mais velho suspirou exageradamente e apontou para uma pilha de objetos amaldiçoados "dedos de Sukuna", que estavam bastante escondidos, se misturando com o fundo preto do lugar.
Fushiguro franziu a testa.
- Esses são todos os dedos que estavam faltando? - O mais novo perguntou, mesmo sendo uma pergunta retórica, já que ele já sabia a resposta.
Sukuna, por sua vez, sorriu e abraçou Megumi, erguendo o namorado há poucos metros do chão.
- Isso mesmo, seu mini Einstein! - O rosado brincou, colocando o moreno de volta no chão.
Fushiguro riu um pouco, ignorando o apelido idiota.
- Achar todos os dedos que faltavam é tão bom assim?
- Claro que é. - Sukuna assentiu, aproveitando a proximidade para beijar o namorado dele, colocando gentilmente Megumi contra a parede.
Fushiguro só suspirou e retribuiu o beijo, já conhecendo tão bem o rosado que poupou tempo e abriu a boca, permitindo passagem antes mesmo que Sukuna tivesse tempo de pedir.
E, como esperado, a maldição entendeu o recado e começou a explorar cada canto da boca do moreno. Boca que ele parecia conhecer com a palma da mão.
- Quer ajuda para comer os dedos? - Megumi perguntou, quando a falta de ar se fez presente e foram obrigados a quebrar o contato físico.
- Não, tô de boa. - Sukuna respondeu, pegando os dedos restantes e enfiando todos na boca, engolindo eles.
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O gatinho ranzinza - Sukufushi
FanfictionDepois de se formar na Escola de Jujutsu e se transformar em um feiticeiro Jujutsu independente, Megumi Fushiguro achou que estava livre de toda aquela loucura sobre os dedos do Sukuna e essas coisas. Mas o destino não foi muito bom com nosso garoti...