Puta merda.

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— Tá... Deixa eu ver se entendi... — Megumi começou a falar enquanto andava em círculos pelo carpete, enquanto Itadori ficava o observando, e Sukuna sentado no sofá, fuçando no celular de Megumi, sem nem mesmo o moreno perceber. — Tá me dizendo que o Kenjaku deu um jeito de fazer o Sukuna voltar para o corpo original dele, mas ele continua tendo a sua aparência, só que com essas marcas, e se ele morrer você também morre? E então, tecnicamente, o Sukuna tá livre?!

Itadori abriu um sorrisinho e olhou de soslaio para Sukuna, que continuava distraído com o celular de Fushiguro.

— É, basicamente, é isso. — Yuuji respondeu, simplesmente.

Megumi parou de andar, cruzou os braços e respirou fundo.

— Tá... E o quê caralhos eu tenho haver com isso? — Megumi exclamou, levemente impaciente. — Não sei se você se lembra, "gênio", mas você não fala comigo desde a formatura! E depois aquele merda me sequestrou... — O moreno reclamou e apontou para Sukuna.

— Ei! - Sukuna fez uma cara emburrada e parou mexer no celular de Megumi, voltando o olhar para o garoto, que ignorou ele.

— ... Só para você dizer: "hey, agora o Sukuna tá livre, viu? Só isso mesmo, tchau!"?! Acha que eu sou o quê, hein?! — Megumi continuou reclamando para Itadori.

— Um ouriço-do-mar é uma boa opção. — Sukuna comentou.

— E você, cala a boca!

— Grosso.

Itadori franziu a testa e olhou para Fushiguro.

— Do quê você tá falando? Sequestro? Eu pensava que você tava fazendo uma visita, sei lá. — Yuuji respondeu, claramente confuso.

Fushiguro também franziu o cenho e olhou para Sukuna, percebendo que a maldição estava fuçando seu celular desde o início da conversa.

— Ei! Me devolve aqui! — Megumi resmungou e pegou seu celular de volta, arrancando ele das mãos de Sukuna. — Vamos logo, desenbucha! Por que você me trouxe aqui?!

Sukuna deu de ombros.

— Ah, para me ajudar em uns negócios. — o mais velho respondeu, vagamente.

— Hein? — Fushiguro e Itadori perguntaram ao mesmo tempo.

A conversa é interrompida por uma voz masculina bastante familiar, gritando de um dos cômodos:

— Yuuji, tô saindo, viu?! E quando eu voltar, quero essa louça lavada!

Fushiguro ficou com uma cara de tacho e olhou para Yuuji.

— Pensava que você tinha me dito que seu pai tinha morrido. — Fushiguro comentou com Itadori.

— Não é meu pai. — Yuuji respondeu, mas depois franziu a testa e acrescentou: — Espera, hum... Ele é tipo meu paimãe.

— Quê?

Enquanto isso, Sukuna só ficou rindo, baixinho.

— Enfim, tenho que ir lavar a louça, senão o Kenjaku me mata. — Itadori disse casualmente, simplesmente saindo, indo para algum outro cômodo junto com uma pilha de pratos sujos.

A única coisa que Fushiguro conseguiu pensar foi: Itadori, seu arrombado, tá me deixando sozinho em um cômodo com essa "coisa"?!

O gatinho ranzinza - SukufushiOnde histórias criam vida. Descubra agora