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· Pedro point' view

hoje era dia vinte e um de Janeiro e eu estava sendo obrigado a ir para mais um show lá no Allianz, do Jão

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hoje era dia vinte e um de Janeiro e eu estava sendo obrigado a ir para mais um show lá no Allianz, do Jão.

— eu não acredito que eu to indo pra um show do meu ex de novo. — digo pra Malu enquanto sou puxado por ela pelo braço me levando até o seu carro.

— a Marília me disse que você tem um admirador secreto, é verdade isso? — ela pergunta depois de me empurrar para dentro do seu carro.

— primeiro, você parece que está me sequestrando, segundo, eu não tenho um admirador secreto.

— é verdade, provavelmente não é tão secreto, porque é a cara do João fazer isso. — ela diz após ligar o carro.

— para com isso Maria Luísa, não foi ele, é óbvio que não foi ele. — digo revirando os olhos.

— você não sabe.

— eu posso não saber, mas eu tem noventa por cento de chance de não ser ele. — digo olhando pra morena que estava concentrada no volante.

— então, ainda sobra dez por cento de chance de ser ele. — ela olha para mim e dá um sorriso.

— eu quero descer do carro, abre a porta por favor!

— eu não vou deixar você descer, você vai pra esse show querendo ou não.

— puta que pariu! — digo e logo deito minha cabeça no banco.

— isso, fica deitadinho mesmo, descansa! — ela debocha.

(...)

após chegar no estádio já fomos atrás do cantor.
assim que Malu viu o loiro deu um abraço apertado e eu fiquei em seu lado apenas observando.

eram quase duas horas da tarde, estava toda a família do João lá naquele camarim e eu estava tímido e tremendo, estava nítido que eu estava nervoso.

ele era meu ex namorado.

— oi pedroca, quanto tempo! — sua mãe me abraça.

— oi tia, tudo bem? — disse nervoso.

— eu to bem, mas você não parece estar bem, houve alguma coisa?

— não, não, tá tudo certo! — disse com um sorriso falso no rosto, não estava nada bem.

— ai tia Cat, ele tá assim porque quer pegar o cantor de novo! — diz Malu, se intrometendo na conversa.

— é mentira dela tia! — digo e logo piso no pé da morena.

— ai! — ela logo me olha feio. — é tia, é mentira!

— obrigado! — sussurro em seu ouvido.

após o pequeno diálogo que tive com a mãe do João, o resto da tarde passei sentado observando o loiro que parecia está mais feliz que nunca.

— ‘cê tá bem? tá tão calado! — diz zebu que logo se senta ao meu lado.

— eu to odiando está aqui, sério, eu to com vergonha, com medo, eu estou tremendo Zebu!

— só porque a família do seu ex ‘tá aqui?

— não, por eu está aqui com meu ex, tipo, isso é tão especial pra ele, ele está com pessoas especiais, eu não sou especial. — digo cabisbaixo.

— claro que você é especial, você acha mesmo que ele conseguiu chegar aqui sozinho? Cara, você e o Renan que ajudaram ele a chegar aqui, você que descobriu que ele cantava, foi você! — diz ele dando um tapinha nas costas. — você é tão especial pra ele, lembra que você não é só um “ex” dele, mas sim, uma parte da história dele.

— uau. — digo lacrimejando.

— viu? fiz esse discurso todo só pra dizer o quanto você é especial, agora se levanta daí e se anima! esse não é o Pedro que eu conheço. — ele diz e me dá sua mão para me levantar.

— finalmente, o Pedro se animou! — diz Giovana após ver que eu cheguei perto deles.

— fui eu que animei ele, dá
licença! — Zebu dá os ombros.

— Pedro, você tá bem? — João pergunta assim que chega ao meu lado.

— ah, to sim! — minto.

— tá bom então. — ele diz e logo saí de perto. — posso encher seu saco um pouquinho já que você me ajudou a não ficar tão triste ontem?

— ai, como dizer não? — ri. — acho que pode!

— olha, você tá muito bonito pra está sem um companheiro ao seu lado?

— como assim? — ri preocupado.

por que ele falaria algo desse tipo.

— eu estou querendo dizer que o Pedro que eu conheci antigamente era mais solto! você tá muito chatinho pro meu gosto. — ele ri.

— ai João Vitor, você que é o cantor e não tem ninguém, eu sou diretor!

— cala boca Pedro, você tá muito chatinho. — diz em tom irônico.

— vem calar, né foda! — logo cruzo os braços e fecho a cara.

— ah, tá certo então. — ela da uma piscadinha e saí de perto.

o que esse menino fumou?

(...)

faltava trinta segundos pro Jão subir no palco, ele já estava no elevador pronto pra entrar.

eu e todos estavam esperando o loiro entrar.

assim que ele pisa no palco é coberto por luzes e gritos dos seus fãs, era lindo demais.

assim que ele pisa no palco é coberto por luzes e gritos dos seus fãs, era lindo demais

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'𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑎𝑐𝑜𝑟𝑑𝑒𝑠 𝑒 𝑐𝑎̂𝑚𝑒𝑟𝑎𝑠 - pejao Onde histórias criam vida. Descubra agora