Capítulo Nove

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POV'S Gabrieli Ferreira

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POV'S Gabrieli Ferreira

Entrei no Allianz com um frio na barriga pronta para mostrar meu ingresso.

Esse jogo definiria o campeão brasileiro da temporada, a gente não pode entregar esse título pro Flamengo!

Mesmo que não seja um jogo fácil, um empate já é suficiente

Me dirigi até meu camarote contra vontade, o que eu queria mesmo era estar no meio da mancha verde pra cantar os 90 minutos.

Não no meio daquelas esposas troféu sebosas e asquerosas que fazem pilates depois de deixar os "Jeremy" da vida na escolinha mais cara de São Paulo.

Acho que se eu me infiltrar de novo lá meu pai me deserda.

Tive a cara de pau mesmo e fui com a camisa do Piquerez.

Tô nem aí.

Senti olhares sobre mim quando passei pela porta segurando uma garrafa de água com gás e fui direto à arquibancada.

Me apoiei com as duas mãos no guarda-corpo de ferro observando os jogadores entrarem no campo.

Dei risada vendo a expressão séria do meu pai.

Por outro lado eu sabia o quão importante esse título é, pra todos.

(...)

- PUTA MERDA WEVERTON! - exclamo pondo as duas mãos no rosto vendo Hulk empatar o jogo no finalzinho do primeiro tempo.

Até então estava sendo um jogo pegado mas o Palmeiras claramente dominava.

Vi meu pai chutar garrafinhas d'água na área técnica e isso me preocupa.

Olhei de canto para o sofá por trás das portas de vidro onde algumas mulheres davam altas risadas.

Elas pensam que estão em casa porra?

É, querendo ou não é a minha casa.

Arregalei os olhos ao ver uma loira com a camisa do Piquerez.

Por um momento pensei em tirar a camisa e ficar só de sutiã.

Pra arranjar briga com essa mulherada não precisa nem ter motivo.

Deve ser alguma ficante do Joaquín.

Afinal... ele é livre e não me deve nada, pelo contrário, quem deve à ele sou eu. - mesmo que eu queira dar na cara daquela loira aguada -.

Percebi ela vir em minha direção e logo voltei à prestar atenção no jogo.

- Queridona, se você me der licença, esse é meu acento. - dou uma risada sincera sem acreditar no que eu ouvi.

- Que eu saiba, queridona, eu posso sentar aonde eu quiser, e você não pode fazer nada pra me tirar daqui. - ela cruza os braços passando a língua nos dentes inconformada e eu volto a olhar pro campo literalmente cagando pra ela.

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