Capítulo Um

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POV'S Gabrieli Ferreira

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POV'S Gabrieli Ferreira

Fechava algumas últimas malas em call com  Carol antes de colocar todas no carro, ela me deu um suporte do caralho nessas últimas semanas.

Ressinto ter de sair da minha amada casa na minha localização dos sonhos, da cidade que eu amo.

Mas sei que vai ser melhor pra mim.

Também comprei um apartamento ótimo em um condomínio ótimo, pertinho do de Carol.

- Você tem certeza que tirou a chapinha da tomada quando saiu? — pergunto rasgando com os dentes a fita de uma caixa e logo me assustando com um trovão.

- Sim Gabi, você já me perguntou isso cinco vezes. — diz sarcástica.

- E o Jeremy? Deu comida pra ele? — digo arfando após largar uma caixa pesada no chão da sala.

Sim! Jeremy, uma samambaia que adotamos no fundamental, na aula de ciências.

- Dei sim Gabrieli, agora se concentra aí que eu quero te ver em São Paulo antes das quatro ouviu? — ela pergunta pondo um moletom roxo.

- Eu ouvi, já estou quase acabando, relaxa. — passo a mão em meu rosto já cansada. Era notório que eu não tinha dormido mais de três horas.

A ansiedade de coisas novas não deixou.

- A gente se vê em São Paulo gata? — Carol indaga batendo palmas.

- A gente se vê. — lhe mando um beijo e logo após bocejo.

(...)

Faltava uma hora e meia pro destino, eu sentia uma queimação no estômago, minha bunda estava quadrada e já tinha decorado cada música em sequência da minha playlist.

Olhava pela janela a leve chuva que tomava São Paulo, enquanto abria mais um pacote te chicletes com os dentes e a outra mão no volante.

Sempre gostei de mudanças drásticas, repentinas, mas essa, essa pode durar mais do que imaginei.

Talvez isso nunca passe, nunca melhore.

Talvez vir pra São Paulo pode não ter sido a melhor escolha.

Após quase três anos de namoro com quem eu tinha planos de casar a única coisa que me restou foi meu clube do coração.

Eu poderia falar do Palmeiras o dia inteiro. Ainda não sei como me consegui me perder por uma pessoa que nem gostava de mim de verdade.

Pra onde foi aquela menina que passava todos os finais de semana na frente da TV gritando e esbravejando com os jogadores?

Aquela menina, que prometeu a si mesma que não abandonaria o verdão nem pelo Brad Pitt ou Michael B Jordan.

Mas enfim, a chuva ia parando enquanto eu me arrepiava por completo vestindo um casaco por cima da minha regata folgada.

Escuto meu celular vibrar no bolso e logo o ponho no suporte ao ver o nome de Carol.

APÊ 364Onde histórias criam vida. Descubra agora