Capítulo 3

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                       Sasuke

  Sakura Haruno era filha de Mebuki Haruno, enteada de Danzo Shimura e
uma pessoa que eu não tinha vontade nenhuma de conhecer - que dirá treinar.

Não havia espaço na minha vida para nada nem ninguém ligado a gente do tipo de Danzo Shimura. E isso incluía a
Sakura.

A gola da blusa preta de manga comprida de Sakura estava esticada sobre suas narinas enquanto cuidávamos dos chiqueiros. Sua primeira tarefa foi limpar um dos cercados, e ela estava tendo dificuldade, como eu sabia que aconteceria.

Ela ainda não tinha tido o prazer de perder o olfato para o fedor de merda de porco, e a camisa cobrindo o nariz era prova disso. Ela devia se considerar sortuda. O velho ichiraku trabalhava nos chiqueiros havia tantos anos que não entendia por que as pessoas olhavam para ele de forma esquisita quando ia à cidade fedendo a esterco.

O pobre coitado não conseguia mais sentir o cheiro nem dele mesmo.

De vez em quando, Sakura fazia barulhos de ânsia de vômito, como se estivesse prestes a botar os bofes para fora. Em que raios o fantasma estava pensando quando resolveu contratar Sakura para trabalhar no rancho? Ele devia estar caducando mesmo, porque absolutamente nada na contratação
daquela garota fazia sentido.

Ela parecia ter escapado de um caixão de vampiro, cheia de delineador preto na cara. O modelito preto não melhorava sua aparência de vampira. Se as trevas fossem uma pessoa, seriam Sakura Haruno.

Usava roupas largas, que pareciam ser de um tamanho maior que o dela, e a garota não sabia sorrir. A parte do sorriso não era problema para mim. Eu também não era muito de sorrir, porém o que mais me incomodava era a forma como ela havia interrompido meu momento com Temari - hum - Karin? Dane-se, seja lá qual fosse o nome da garota que estava com meu pau na boca. Agora, meu saco doía mais do que nunca. Não era como se eu estivesse pretendendo gozar com um boquete. Isso nunca acontecia comigo, mas fazia parte das preliminares antes de eu jogar a mulher na minha mesa e comê-la até cansar - o que geralmente acontecia às seis da tarde.

Agora, em vez disso, eu era seguido pela porra da Wandinha Addams enquanto explicava a ela tudo o que um peão do
Rancho de Konoha precisava fazer.

Surpresa: ela não era capaz de fazer nada daquilo. Ela estava tão longe de ser um peão de rancho que eu me sentia um completo idiota por estar perdendo uma tarde mostrando tudo àquela garota.

— Nem pense que vamos te dar uma folga por você ser menina — avisei enquanto ela colocava o feno sujo em um carrinho de mão.

— Não sou uma menina — rebateu ela, fazendo um esforço para levantar seu forcado, mas sem desistir.

Eu a encarei e a analisei de cima a baixo.

Claro, ela usava roupas largas, mas, por baixo, dava para ver um par de esferas levemente destacadas sob a blusa.
Antes que eu pudesse comentar, ela me encarou.

— Sou uma mulher.

Bufei.

— Não é para tanto. Quantos anos você tem, 18?

— Sim. Que é a idade exata pra se tornar uma mulher. Não sou uma menina.

Revirei os olhos com tanta vontade que achei que fosse ficar cego.

— Mulher, menina, garota, o que seja. Só preciso que faça o seu trabalho. E você vai ter que ser mais rápida se quiser trabalhar aqui. Você está perdendo tempo demorando tanto em
um cercado. Tem mais sete esperando.
Sakura arfou.

— Sete? Não é...

— Não é o quê? — eu a interrompi. — Não consegue limpar sete cercados?

Um amor desastroso ( versão Sasusaku)Onde histórias criam vida. Descubra agora