capítulo 24

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                            Sasuke

Dormi um total de três horas na noite anterior por causa de tudo o que acabou acontecendo entre mim e Sakura. Isso não me.incomodava nem um pouco. Eu teria aberto mão das três horas de sono se ela não tivesse dormido primeiro.

Meus avós e Sakura me ajudaram a levar as malas para a caçamba da picape do fantasma. No fim das contas, foi impossível não sentir um nó se formando no meu estômago. Eu não sabia como lidar com despedidas, porque nunca tinha feito isso antes.

Não tive a chance de me despedir dos meus pais quando eles foram embora, e, desde então, ninguém que eu conhecia havia saído de Konoha.

Essa era uma vantagem de passar a vida inteira em uma cidade pequena — você nunca se despedia de verdade das pessoas mais importantes, até que a morte nos separasse.

Mas, agora, eu precisava fazer isso. Eu tinha que dizer adeus para a minha família, e, no fim das contas, não estava pronto.

Parecia que havia duas mãos apertando meu pescoço, forçando minha
respiração a ficar ofegante.

— Bom, eu vou primeiro — disse minha avó. Seus olhos já estavam cheios de lágrimas. Ela se aproximou de mim e me envolveu em um abraço. — Não esquece de tirar suas lentes de contato antes de dormir, tá? Senão, você vai acabar ficando cego.

— Sim, senhora.

— E passe fio dental. Sei que é bem capaz de você não fazer isso, apesar de eu viver te lembrando, mas, se você quiser manter esse sorriso lindo, é melhor passar fio dental todo dia. Se não for todo dia, então dia sim, dia não.

— Sim, senhora.

— E, pelo amor de Deus, separe as peças brancas das coloridas quando for lavar roupa. E, por favor, por favor, por favor, lave suas roupas. Não deixe tudo empilhado num canto até sobrar só uma cueca limpa — ordenou ela.
Eu ri.

— Sim, senhora.

— E uma última coisa. — Ela segurou meu rosto com as mãos. — Quando você precisar de nós, é só ligar. Não importa a hora, é só ligar. Combinado?

— Combinado. Prometo.

Ela se inclinou para a frente, me deu um beijo na bochecha e depois deu um tapinha leve no mesmo lugar. Era assim que ela “assentava o beijo”.

— Tá bom, ótimo.

Eu me virei para Sakura, que estava parada um pouco afastada.

Esfreguei meu ombro esquerdo.

— Tem certeza de que não quer vir com a gente até o aeroporto, Sakura? Ou até Los Angeles? — brinquei, sem saber
muito o que dizer.

Eu não conseguia parar de pensar na nossa noite juntos. Tudo o que eu queria eram mais noites como a de ontem. Num mundo perfeito, eu voltaria para casa todos os dias depois de sair do.estúdio, a puxaria para o banho comigo e faria amor com ela sob a água quente fumegante. Eu faria amor com ela na cozinha também. Na sala de estar. Na sala de jantar. Em todos os lugares possíveis, eu faria amor com ela.

— Não me dá ideia — disse ela. — Se fosse pra Los Angeles com você, duvido que eu ia querer voltar.

— Tá bom. Então acho melhor a gente se despe...

— Não, Sasuke — interrompeu-me ela, fechando olhos. — Não se despeça, tá? Só me abraça e pronto.

Fiz o que Sakura me pediu, e ela me apertou mais forte do que nunca.

— Ontem à noite foi perfeito — sussurrei em seu ouvido.

— Perfeito, perfeito — concordou Sakura. Ela se afastou ligeiramente de mim. — Você vai me ligar — ordenou ela. — Assim que puder.

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⏰ Última atualização: Oct 15 ⏰

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Um amor desastroso ( versão Sasusaku)Onde histórias criam vida. Descubra agora