BAD BOY, GOOD LIPS #1

treze: estou com medo

Eu tive um pesadelo. De novo.

A semana havia se passado rapidamente, Olivia tinha me convidado para mais uma festa universitária, dessa vez, em um lago. Eu prontamente rejeitei, não queria ir em festas, Liv apenas deu de ombros. Uma coisa que eu gostava nela: ela não insistia, ela sabia quando as pessoas estavam desconfortáveis. Não sei quando nossa amizade virou algo maior, era assim ter uma melhor amiga? Alguém que te conhece mais do que você mesma? E que não te odeia por isso?

Acabei criando uma rotina — sem querer. Toda manhã, eu e Liv íamos ao refeitório tomar café da manhã, alguns momentos raros, íamos em alguns cafés que eram espalhados pela cidade e comíamos lá. Tínhamos nossa própria mesa, apesar que, de vez em quando, nos justávamos aos irmãos Corsen e seu time consideravelmente grande de futebol americano.

Voltando ao meu pesadelo, minha mãe estava segurando uma balança na mão, enquanto berrava para que eu parasse de comer, o que resultaria eu parar no banheiro e vomitar no vaso para conseguir perder pelo menos meio quilo, depois o cenário mudou para minha antiga escola, onde eu me sentava com o time de futebol americano, onde eu me sentava ao lado de Bruce e deixava que seu braço circulasse minha cadeira, olhando para trás, eu não poderia dizer que tudo aquilo era uma mentira. Mas era. E ainda doía admitir isso.

Peguei meu celular e vi que ainda eram três horas da manhã. Em ponto. Suspirei alto ao notar que Olívia não estava na sua cama. Sua promessa de nunca mais beber tinha sido quebrada no dia seguinte quando ela foi em uma festa de irmandade.

O sono não voltava, então decidi ligar a televisão e me sentar na cama, colocando alguns travesseiros nas minhas costas.

Não havia falado muito com Jaeden essa semana, toda hora que eu o olhava, me lembrava da cena em que estávamos em seu quarto e sua mão entrou em minha calça. Ficava constrangida ao notar seus dedos longos, e Jaeden parecia saber o motivo pelo qual minhas bochechas queimavam toda vez que eu o olhava.

Era palpável que eu sentia uma atração por ele, desde que nos conhecemos eu não consegui desviar meu olhar dele. Tudo em Jaeden chamava a atenção: o jeito que ele andava, seus olhos amendoados pequenos, as sobrancelhas grossas e a boca perfeitamente contornada. Contudo, quando eu penso nele, minhas pernas ficam bambas e meu coração bate fortemente dentro do meu peito, é como nos livros; as borboletas dentro de meu estômago voam quando ele está por perto, eu ficava nervosa ao ponto de ficar falando coisas sem sentido em sua presença. Nunca senti isso, nem mesmo pelo Bruce, o qual eu considerava meu primeiro amor, mas talvez o que eu sentia por ele não fosse amor, talvez Jaeden fosse realmente o meu primeiro amor.

De repente, meu corpo se sentiu quente, quente o suficiente para que eu deslizasse a minha mão pelo meu corpo até chegar lá. Fingi que minha mão na verdade era a mão de Jaeden, isso fez com que meus pensamentos se nublassem e se focassem apenas nele. Minha boca secou e meu corpo estremeceu quando cheguei no clitóris, me tocando como Jaeden havia me tocado. Não tinha muita experiência sexual, mas com ele, eu imaginava fazer coisas que nunca tinha feito antes. Eu queria ter tocado ele da mesma forma que ele me tocou, fiquei um pouco decepcionada quando ele rejeitou, embora eu tenha entendido seus motivos.

Meus olhos se fecharam quando o imaginei em cima de mim, pegando minhas duas mãos e prendendo-as entre a sua mão, enquanto a outra continuava circulando meu clitóris em movimentos deliciosos. Como Jaeden não estava ali, levantei minha camiseta de pijama e apertei forte meu peito, me fazendo suspirar com um prazer indescritível. Não era tão prazeroso como seria se fosse Jaeden me tocando.

Antes que eu pudesse chegar no clímax, ouvi a tranca da porta do quarto ser destrancada. Dei um pulo na cama, arrumando minha camiseta e meu short correndo. Só deu tempo de eu me sentar na cama antes que uma Olívia um pouco descabelada entrasse na porta.