Πληγή και θυμό [Pligí kai thymó] pt.1

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A luz da lua iluminava o ambiente escuro, mesmo que por um mínimo, eu estava ajoelhada sobre a poça de sangue, meu coração batia tão rápido quanto o de um coelho, como o de uma presa, mas não era o que a situação entregava

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A luz da lua iluminava o ambiente escuro, mesmo que por um mínimo, eu estava ajoelhada sobre a poça de sangue, meu coração batia tão rápido quanto o de um coelho, como o de uma presa, mas não era o que a situação entregava. Eu era o predador. A adaga cravada no peito do homem à minha frente gritava isso, seus olhos opacos e sem vida, seu corpo gélido e o sangue em minhas mãos só explicitavam meu pecado. E ele estava lá, estava ao meu lado, com seus olhos vermelhos, sua estatura enorme, seus braços cruzados e o sorriso medonho e assustador cravado em sua boca.

- Boa garota. - Escutei-o falar atrás de mim, minha respiração entrecortada mal me deixava raciocinar. - Fez um bom trabalho. - Falou. Parecia contente e orgulhoso.

Não sabia o que o demônio queria de mim, mas sabia que ele estava sugando minha sanidade, se continuasse ao seu lado, logo não restaria nada de mim, era isso que Damien fazia, sugava sua sanidade sem esforço algum, sem mover um músculo para isso. Maldita hora em que o chamei. Não sabia como mandá-lo de volta, não sabia até onde aguentaria.

Acordei em um susto enorme, podia sentir os fios de cabelo presos em minha testa, a respiração ofegante, como se tivesse corrido uma maratona. Damien estava em meus sonhos de novo, desta vez com os mesmos olhos vermelhos da última vez que sonhei com ele, embora nunca lembrasse dos sonhos, me lembrava do carmesim dos olhos da criatura.

Caminhei em direção ao banheiro, ainda não acreditava totalmente na teoria de que realmente era Damien em meus sonhos, mas aquele sentimento característico só se manifestava quando ele estava por perto, quando entrei debaixo do chuveiro, deixei que a água quente levasse minhas preocupações e relaxasse meu corpo.

Seja o que fosse, não iria questionar, não quero saber mais de Damien, e quanto mais longe ele ficar melhor. Não deixaria minha curiosidade me dominar, não iria atrás dele e muito menos aceitaria que esse homem se aproximasse. Minha cabeça não parava de disparar coisas sobre ele, por mais que eu quisesse esquecer, era difícil esquecer sobre como ele foi gentil em me ajudar na situação da balada, alguns dias atrás, era difícil manter ele longe dos meus pensamentos, Damien era como a porra de um droga, depois que entrou na minha vida, ficou cada vez mais difícil de expulsá-lo.

Desliguei o chuveiro e me enrolei na toalha, caminhei pela casa escura sem enxergar absolutamente nada, me sentei sobre o sofá e liguei a televisão, não queria voltar a dormir, escutei o barulho da televisão ressoar a casa enquanto fui colocar uma roupa, depois de colocar um novo pijama e botar a roupa que eu usava no cesto de roupas sujas, voltei para sala e coloquei minha série favorita para começar, não me importava se eu não era mais uma adolescente, Gossip Girls sempre seria minha série preferida e atemporal na minha vida, não ligava de assistir do início pela nona vez, era perfeita. Devorei a série como se fosse a primeira vez que estivesse vendo, já estava no final da segunda temporada, tão vidrada quanto quando comecei. O meu celular, que estava ao meu lado começou a tocar, me tirando do transe, e pela milésima vez na semana, era Adam quem me ligava, tamanha era sua insistência que finalmente resolvi atender.

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