04 - ΔΙΑΠΡΑΓΜΑΤΕΒΟΜΑΙ [DIAPRAGMATEVOMAI]

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Megalopon, Lightcity 13:20 quarta-feira

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Megalopon, Lightcity 13:20 quarta-feira

O protesto estaria perfeito, se não fosse o calor absurdo que está fazendo hoje. Coloquei uma blusa curta, um short jeans também curto, e mesmo assim, o calor permeava minha pele e me fazia querer sair dali o mais rápido possível.

As meninas levantavam cartazes com frases que ajudavam nossa causa, como: "Sem planeta não há futuro!", "Poluir é um crime contra a humanidade!" e "Nossa saúde depende do ar que respiramos!".

E mesmo naquele calor, ver todas aquelas pessoas alí, me dava forças para continuar, peguei o megafone e comecei a falar.

- Pessoal! Hoje nos reunimos aqui com um propósito crucial: levantar nossas vozes contra a poluição que ameaça nossa saúde, nossos recursos naturais e o futuro do nosso planeta. - Falei, enquanto Amanda se colocava ao meu lado, e começava a falar junto comigo.

- Cada um de nós sente os impactos da poluição diariamente. Respiramos ar contaminado, vemos nossos rios e oceanos se transformarem em depósitos de lixo e testemunhamos o desaparecimento gradual de nossa flora e fauna! - Ela falava, enquanto as pessoas vibravam de acordo com suas frases.

- Estamos aqui porque sabemos que a poluição não é um problema distante ou abstrato. É uma realidade tangível que exige ação urgente. As estatísticas são mais do que claras: milhões de toneladas de plástico inundam nossos oceanos todos os anos, contaminando a vida marinha e entrando em nossa cadeia alimentar. A poluição do ar é responsável por milhões de mortes prematuras anualmente, atingindo principalmente os mais vulneráveis: crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios. Mas hoje não estamos aqui apenas para lamentar o que está acontecendo. Estamos aqui para exigir mudanças! Mudanças nos hábitos de consumo e principalmente na produção industrial! E essa empresa que está aqui, na nossa frente, é uma das maiores filiais produtoras de lixos que são descartados nos nossos oceanos, de fumaça que inunda nossa camada de ozônio com gases nocivos à nossa saúde. - Todos vaiaram a empresa atrás de mim e levantaram seus cartazes.

É impressionante quantas pessoas compareceram hoje, ocupam a avenida inteira, as que estão mais atrás provavelmente não ouvem o que falamos, mas estavam lá para apoiar também, afinal, grande parte dos moradores de Lightcity estavam descontentes com tudo isso.

Depois de alguns bons minutos, arrisco dizer que havia se passado até mesmo uma hora. Amanda continuava falando, quando um homem alto, com cabelos encaracolados e loiros, usando um terno fino e óculos de grau, chegou até mim e ela.

- Vocês são as organizadoras deste protesto? - Ele perguntou, chamando nossa atenção.

- Sim, pois não? - Perguntei, me colocando à frente de Amanda, caso houvesse algum conflito.

- O presidente da empresa gostaria de falar com vocês. - O homem parecia dizer à contragosto.

- Certo! - Antes mesmo de eu pensar sobre o assunto, minha amiga tomou à frente.

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