07 - ΤΙΜΩΡΙΑ [TIMÓRIA]

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Meu corpo ardia como se estivesse em chamas, meu sono foi bruscamente interrompido por uma dor insuportável, abri os olhos grunhindo de dor, e como eu já sabia, ele estava alí, no canto do meu quarto

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Meu corpo ardia como se estivesse em chamas, meu sono foi bruscamente interrompido por uma dor insuportável, abri os olhos grunhindo de dor, e como eu já sabia, ele estava alí, no canto do meu quarto.

Lúcifer cruzava os braços em divertimento vendo meu incômodo com a ardência dos símbolos que surgiram em minha pele.

- Agora que é um humano, é frágil como uma mosca. - Ele dizia rindo da minha cara.

- Vá se foder. - Praguejei e ele continuou rindo.

- Tenho tarefas pra você, Damien.

- Eu sei. - Ele falou como se fosse algum tipo de novidade e me encarou com seus olhos indecifráveis de sempre.

- Não foi atoa que escolhi você para encarnar como filho de Amélia, é a melhor das minhas criações. O melhor dos meus soldados, o mais leal dentre eles.

- Não enche o saco, fala de uma vez o que você quer. - falei impaciente com suas voltas sobre o assunto.

- O que acha de fazer um pouquinho do seu antigo trabalho por alguns dias? - Ele falou e não consegui conter o meu sorriso, a felicidade tomou conta do meu corpo e quando finalmente olhei para as marcas que haviam crescido em mim, meu sorriso se alargou.

- De qual boneca precisa agora? - Perguntei agradecendo aos céus por ter 100% do meu poder em minhas mãos novamente.

- Você vai saber quando vê-la... O que achou de ter seus poderes de volta? - Ele perguntou curioso.

- Demorou de mais. - Reclamei, por mais que estivesse feliz em ver a marca do bode em meu peito e as correntes percorrerem por todo meu corpo.

- Precisava ser gradual, você sabe que não podia apenas te devolver tudo, você acabaria morrendo com este corpo frágil. - Ele me explicou o que eu já sabia e apenas assenti.

- Traga a mulher pra mim, agora que está inteiro, vai saber onde e quando encontrá-la. - Ele falou e eu concordei, mal conseguia conter a felicidade em ter minhas marcas de volta. - Não seja burro desta vez. - Ele repreendeu e eu senti meu corpo ferver em resposta, senti que poderia matá-lo ali mesmo.

- Certo. - Falei me contendo e não querendo entrar no assunto que eu sabia que Lúcifer jamais compreenderia.

Ele sumiu rapidamente e como meu sono também se dissipou depois de todos os mistos de emoções que senti, me levantei e caminhei pelo corredor até chegar na cozinha, peguei um copo e o Whiskey que estavam repousados em cima da ilha da cozinha e enchi o copo.

Odiava a mediocridade humana, a ineficiência e fragilidade deles, mas eles tinham coisas nas quais acertaram em cheio, como whiskey e pizza. O gosto amadeirado dominava minha boca e meu corpo de forma inebriante, era tão gostoso que nem parecia ter sido feito por humanos. O celular que eu havia esquecido na cozinha antes acendeu em uma ligação.

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