ℵ ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟙𝟚

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(𝟛𝕣𝕕 𝕡𝕠𝕧)

Reo não podia acreditar nisso. Como isso podia ter acontecido? Como podiam ter tocado em [Nome] e magoá-la como se não fosse nada? Ficou sabendo da situação por Meguru, que se apressou em contá-lo por saber que Reo se importa com a garota. Reo tinha que admitir: ficou aliviado por Meguru confiar nele para isso. Sentia como se tivesse apoio, e isso só aumentou quando soube que Ryusei ajudou [Nome] e cuidou da garota. Na cabeça de Reo, eles eram como guarda-costas contratados por ele. Se sentia bem em poder confiar em duas pessoas com a garota, sabendo que não tentariam roubá-la dele. No começo, até tinha certa desconfiança, mas depois de uma boa pesquisada - ou seja, um bom tempo perseguindo e juntando o máximo de informação possível - sobre os garotos, entendeu que eles nunca fariam nada com [Nome].

Agora, Reo tinha um novo problema. Esse problema, claro, era o homem amarrado de cabeça para baixo no porão de sua casa. Ah, não entenda errado, o problema não era o homem em si, mas sim o que fazer com ele. Deveria torturá-lo por cada segundo de sofrimento causado em seu tesouro, ou deveria matá-lo imediatamente? Deveria sujar suas mãos fazendo isso diretamente ou deveria contratar alguém para fazer no seu lugar? Reo não conseguia se decidir, e os múrmuros insistentes do homem já estavam o irritando.

Céus, bem que dizem que porcos no abate gritam até o final. O Mikage fala, suspirando. Será que poderia calar a porra da boca? Estou tentando pensar. Oh, desculpe, esqueci que lixos como você não sabem o que isso significa.

Andando de um lado para o outro, havia concluído que não perderia mais seu tempo com o homem - estava se prolongando demais por alguém imundo. Reo dá uma última olhada no homem enquanto abria um sorriso estranho - psicopata. Faz uma simples ligação e logo alguém aparece para matar aquele porco imundo. Era menos uma sujeira no mundo, um passo a mais para um mundo perfeito para seu tesouro.

Com um pouco de suborno aqui e ali, logo a existência do homem é apagada totalmente - ninguém iria atrás dele, nem se lembrariam dele.

Reo volta a seus afazeres, tendo que lidar com algumas questões das empresas de seus pais. O Mikage achava isso um saco, mas desde que conheceu [Nome] tudo parece mais colorido. Pensar que estava trabalhando para que ela pudesse ter um futuro calmo o deixava contente. Além de que, quando ficassem juntos, poderiam apenas vender a empresa e fazer qualquer outra coisa - tinha dinheiro o suficiente para se aposentar nesse momento se quisesse.

Apesar disso, uma coisa estava na cabeça de Reo nos últimos dias. [Nome] iria para a festa de Aiku. Claro, ele confiava nela, mas e nas outras pessoas presentes, podia confiar? Podia confiar que Meguru e Ryusei cuidariam dela bem o suficiente? Não haviam decepcionado nem um pouco no quesito cuidados com ela, mas Reo não gosta de dar chance ao azar. Estava decidido, iria para essa festa de um jeito ou de outro, mesmo sem ter sido convidado - até porque duvidava que tivesse algum tipo de monitoramento sobre quem entra no local. Contente com a decisão, o garoto volta a fazer suas tarefas, lembrando que no final do dia iria competir novamente. Suspira ao pensar que [Nome] não estará competindo, mas pelo menos Reo ainda poderá correr e, no futuro, pode convencer a garota a voltar a correr.

Enquanto isso, [Nome] havia acabado de acordar. Tinha se dado o luxo de dormir até mais tarde hoje já que havia conseguido tirar uma folga, mesmo que seu chefe não tenha ficado feliz com isso. Havia decidido tirar o dia todo para relaxar, não queria pensar em nada, decidir nada, fazer nada. Queria ficar deitada até apodrecer, com a cabeça totalmente vazia.

Ryusei, que estava à par dos planos, resolveu acompanhar a garota. Claro, isso significava que não ia conseguir de fato ficar quieta, mas estava feliz com a companhia. Ryusei escutou todas as lamúrias de [Nome] sem nem mesmo reclamar, e quando a garota finalmente estava pronta para mudar de assunto, começaram a conversar sobre as mais diversas coisas.

Depois de alguns minutos, acabaram chegando no tópico "relações amorosas", graças a Ryusei falando sobre as 3 meninas que está ficando.

E ai eu fui numa festa onde 2 delas tavam. O ponto é que a terceira é amiga da segunda e sabe que eu fico com as duas, nem vê problema, mas a segunda não sabe e quer que eu seja exclusivo. Ai nessa festa a segunda e a primeira estavam, e deu ruim. Tentei evitar elas a festa toda, mas não tinha como. Para piorar, elas me pegaram no pulo ficando com uma aleatória da festa. Não deu outra, apanhei. Ryusei fala, suspirando no final. [Nome] só conseguia rir da história.

Bem feito. Já falei para você tomar cuidado com quem você fica. [Nome] fala, apontando o dedo para Ryusei.

Que nada, no final as duas ainda estão ficando comigo, e ainda peguei o contato da que eu fiquei na festa. Elas reclamam, mas amam o pai aqui. Ryusei brinca, fazendo uma pose exibida que faz [Nome] revirar os olhos enquanto ri. Aliás, eu fiquei sabendo que a bonita tá ficando com o riquinho do Mikage.

Não estamos ficando. [Nome] fala, envergonhada. Nem nos beijamos. Apenas... Gosto dele e ele gosta de mim, mas não fizemos nada sobre isso.

Que boiolice, viu? Fica logo com ele, aproveita que ele é rico, assim a gente sai desse muquifo que a gente chama de casa. [Nome] dá um tapa fraco no braço de Ryusei ao ouvir isso.

Parou, desse jeito parece que eu gosto dele só pelo dinheiro

E qual o problema? Ryusei pergunta, brincalhão. Tá, tá, eu sei que você não gosta dele só pelo dinheiro, mas é aquilo: melhor que se apaixonar por um pobre é se apaixonar por um rico. Só tem vantagens.

[Nome] revira os olhos para o garoto, que mostra a língua de forma brincalhona. Céus, ele não cresce nunca - é o que se passa pela cabeça da garota.

ℂ𝕠𝕟𝕥𝕚𝕟𝕦𝕒...
(𝟙𝟘𝟚𝟝 𝕡𝕒𝕝𝕒𝕧𝕣𝕒𝕤)

𝐎𝐛𝐬𝐞𝐬𝐬𝐞𝐝 - 𝐘𝐚𝐧𝐝𝐞𝐫𝐞 𝐑𝐞𝐨 𝐱 𝐋𝐞𝐢𝐭𝐨𝐫𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora