capítulo um

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CAPÍTULO UM.
CAPÍTULO POR THIAGO.
📍SÃO PAULO.

Dia de lançamento da música que eu gravei com o Ghard a pouco tempo, e tava geral reunido, só tava faltando a Milla mesmo. Conversei com ele a poucos minutos atrás e ela avisou que ia sair do trabalho direto pra cá, combinei de buscar ela, mas ela não quis.

— A Milla não vem? — Ghard perguntou e eu assenti afirmando que ela vinha.

— Deve tá chegando, não quis que eu buscasse, mas ela deve ter saído. Foi fechar a boca e a porta aqui de casa foi aberta por ela, geral comemorou quando ela chegou, e ela abriu maior sorrisão.

Ela entrou e o namorado dela entrou logo em seguida atrás dela, sorriso murchou pra hora. Ela foi falando com o pessoal que estava antes de mim e do Ghard.

— Fico bolado de te ver assim, viado. — Ghard falou passando o braço pelo meu ombro. — Cê precisa colocar esse sentimento pra fora.

— A mina namora, e é minha amiga, me tem como irmão.

— Sério? Olha esse relacionamento dela com esse cara é uma parada muito estranha, eu não consigo engolir isso.

— Ela é afim do mano, a gente tem que respeitar.

Parei de falar quando ela se aproximou e abraçou o Ghard falando algumas paradas com ele antes de soltar o abraço e me abraçar forte. Nós tinha uma ligação foda, e acho que é isso que me fortalece e me faz não soltar as paradas que eu sinto, tenho maior receio de estragar nossa amizade.

Tanto que depois do aniversário dela, eu resolvi me afastar um pouco, pro meu bem mesmo, eu tava no meu limite, e era melhor não deixar isso acabar com tudo.

— Tudo bem? — assenti depois que soltamos o abraço, ela ficou me olhando e o Ghard se afastou avisando que ia na minha mãe pegar coisa pra comer. — Sério mesmo que tá tudo bem?

— Tá, gatinha. Qual foi?

— Eu tô sentindo sua falta, Thi. Cê tá distante, se afastou. — assenti e ela franziu o cenho. — Então foi isso mesmo, não é coisa da minha cabeça.

— Eu tô com muito trabalho, Milla.

— Isso nunca foi problema, Thiago. Você sempre deu um jeito, eu sempre dei um jeito, a gente sempre dava um jeito.

— Correria, tanto na minha quanto na sua vida! — dou os ombros e ela balança a cabeça negando.

— Eu peguei os dois meses de férias, amanhã eu vou vim aqui, a gente vai conversar e vamos sair, nós dois igual antes. — eu ri fraco e assenti. — Você é muito importante pra mim, Tico. Não quero perder você. — ela fala baixinho antes de me abraçar.

Depois que tudo acabou, aos poucos a rapaziada foi indo embora, e eu fui até lá embaixo com eles já que os carros ficaram pro lado de fora do prédio. Geral se despediu e eu fiquei conversando com o Ghard por um tempo, até ver o pessoal passar pelo retorno, e passar batido na blitz, só que o carro do Gleison foi parado, já fiquei atento, já tava pra atravessar e quando pegaram a bolsa da Camilla e mostraram um bagulho pra ela já pegando ela pro braço, eu corri lá.

Camilla já estava chorando, falando que não alguma coisa não era dela, e o policial continuou segurando e puxando ela pra viatura. A Milla me viu e esticou a mão pra mim me chamando.

— Thiago, não foi eu, isso não é meu... — ela falou chorando muito e segurando no meu braço

— Que isso? Segura nela assim não. — falei tentando tirar a Camilla da mão dele.

— Você é o que da moça? Ela está bem encrencada, achamos ela com uma quantidade grande de drogas na bolsa.

— Não é minha, moço. — ela fala chorando e ele puxa ela colocando ela pra dentro da viatura, ela bateu no vidro da janela e eu cheguei ali. — Thi...

— Calma, eu vou pra delegacia e lá a gente vai resolver. Calma, tá? — coloquei minha mão na direção da dela que assentiu e o carro saiu.

A viatura saiu e eu fiquei meio perdido tentando entender o que ainda tava rolando e o Gleison chegou pra perto de mim, já voei nele.

— AQUELA PORRA É TUA, SEU FILHO DA PUTA. — falei já socando ele, e o Ghard chegou me puxando.

— Não é hora, mano. Bora lá na delegacia ver a Camilla. — ele me soltou e eu assenti olhando pro Gleison que não tinha nenhuma reação.

Do outro lado da rua, já tava meu carro, dentro dele a Bella e o Koda, já entrei com o Ghard pegando o caminho pra delegacia, e o Ghard já foi acionando o advogado. Quando chegamos lá, a Milla tava conversando com o delegado.

Minutos torturantes aqui dentro, e nenhuma informação. Eu tava agoniado e ver o Gleison de boa com tudo só na dele, me deixava mais puto ainda. Minha mente só ia na Camilla lá dentro, na imagem dele chorando lá antes de entrar na viatura.

— Não vou ficar aqui de mãos atadas. — falei levantando fazendo meus amigos me olharem.

— Vai pra onde, Thiago? — a Bella perguntou.

— Vou falar que a parada que tava com ela é minha.

— Como assim? Tá maluco, viado?

— Maluco eu vou ficar se a Camilla ficar lá dentro ou acontecer até coisa pior por causa daquele vacilão ali que não fala que a parada é dele. — na hora o Gleison saiu da delegacia.

— Mano, olha a merda que isso vai dar, tu é famoso, Thiago, vai cair pra mídia. — dou os ombros.

— Não me importo, porra, mano. A Camilla já passa por tantas paradas não é justo passar por mais isso.

— E cê acha que ela vai ficar como quando souber que foi liberado porque você mentiu e foi preso no lugar dela? Porra, Thiago! Não é a melhor forma, calma! O advogado tá lá.

Respirei fundo passando as mãos pelo rosto, e ouvi uma porta abrir, a Camilla passou por ela e quando me viu já veio me abraçando enquanto chorava.

— Tá tudo bem, calma! Shhhh... — falo fazendo carinho nas costas e no cabelo dela.

— Não era meu, Thi. Não era, você sabe que eu odeio essas coisas depois que aquilo quase aconteceu. — falou toda desesperada e eu assenti.

— Eu sei que não era na seu, a gente sabe de quem era. — ela assente e chora mais.

O advogado se aproximou e explicou o que tinha acontecido, foram por pouquíssimas gramas a menos que a Milla não foi presa por tráfico de drogas, o advogado explicou que alegou ser pra consumo próprio, mesmo sabendo que não era, e no final foi tudo resolvido.

— Vamo lá pra casa, cê dorme lá, descansa e amanhã eu te deixo em casa. — ela assentiu ainda abraçada comigo e nós saímos da delegacia.

O babaca do Gleison veio na direção dela e eu me afastei junto dos nossos amigos, os dois discutiam e eu tava na minha até ele começar a se crescer, já cheguei pra perto junto dos moleques.

— ACABOU, NÃO QUERO MAIS! EU TÔ COM NOJO DE VOCÊ! — ela gritou e ele tentou se aproximar, mas o Ghard entrou na frente. — Meu maior erro foi ter perdido anos da minha vida junto de você, meu maior arrependimento!

— Milla, deixa eu te explicar, por favor, você tá nervosa, vamos conversar? — ele falou e ela riu nervosa virando de costas pra ele e me olhou.

— Vamos? Por favor! — assenti e todos nós fomos em direção ao meu carro.

— Vamos? Por favor! — assenti e todos nós fomos em direção ao meu carro

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