capítulo oito

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CAPÍTULO OITO.
CAPÍTULO POR CAMILLA.
📍SÃO PAULO — SP.

Já tinham se passado dez dias, e nada do Thiago acordar. Eu estava destruída, preocupada e morta de saudades. Ver ele do jeito que eu tenho visto, naquela cama de hospital, não é a mesma coisa de ver ele, todo sorridente, todo ele, do jeitinho dele. E depois disso tudo que aconteceu eu entendi quando ele falou que começou a me amar no meu pior momento.

Com ele nesse estado, eu descobri o que eu já estava a muito tempo sentindo desde a nossa conversa no meu quarto, eu amo ele, muito mais que um amigo, amo ele além de amizade. Eu amo ele como uma mulher apaixonada pelo cara que também é apaixonado por ela.

E eu queria muito falar isso pra ele o quanto antes, eu queria muito que ele acordasse e saísse daquele hospital e viesse pra casa o mais rápido possível.

A internet foi e estava uma loucura com o acontecido, os fãs desesperados e a gente super entendia ele, eu parei minha vida, só saía de casa pro hospital, não tinha ânimo pra nada. Mais hoje era mais um dia de visita, eu iria sozinha já que meu pai estava trabalhando, e a minha vó tinha médico.

A tia Miriam, a Lillyan, o Ryan, a Iza e os meninos já tinham ido. Sai de casa, e não demorou pra chegar no hospital, mas uma vez tinha alguns fãs dele ali, bati a mão quando me reconheceram e entrei, fiz todo o processo e me liberaram. Quando cheguei no corredor, todos estavam do lado de fora, pareciam animados. Quando me aproximei, eles me olharam e sorriam fazendo meu coração acelerar e meu corpo tremer todinho. Olhei pra tia e ela assentiu.

— O que aconteceu? — perguntei e minha voz quase não saiu.

— Tem alguém aí dentro desse quarto te esperando, tá louco pra falar com você... — a voz da tia também saiu chorosa e ela não aguentou.

— Não para de perguntar de você desde que acordou. — o Ryan falou rindo baixinho e eu ri já chorando.

— Mentira... — falei já passando por eles e entrando no quarto.

Quando entrei, vi ele que tava quase sentado na cama, e quando ele me olhou, ele sorriu. Desabei chorando e fui até ele, e abracei ele que me abraçou de volta me apertando nos braços dele. Senti uma das mãos entre meu cabelo fazendo carinho e eu desabei mais ainda, eu estava com tanta saudades, mas eu também estava muito feliz por ele estar bem.

— Meu Deus... eu não acredito! — falei baixinho dentro do abraço até ele soltar, se mantendo pertinho enquanto segurava meu rosto secando as lágrimas e segurando minha mão.

— Cê tá bem? Não chora. — a voz saiu rouquinha e baixa. — Eu tava preocupado pra caralho contigo. Achei que eles tava mentindo pra mim, mano. Cê tá bem, Milla?

— Agora eu tô, cê não tem noção do quanto eu tô bem, e tranquila te vendo assim... bem! Nossa...

Ele sorriu e voltou a me abraçar. Depois de um tempinho, todos entraram no quarto junto do médico que explicou que em quarenta e oito horas, o Thiago ia ganhar alta.

Nossos amigos entraram em um assunto deles e eu continuei perto do Thi, que começou a brincar com a pulseirinha que tava no meu pulso.

Minha felicidade era perceptível, tanto que eles estavam zoando falando que ninguém ali, nem mesmo o Thi, tava tão feliz como eu. Ficamos conversando ali pra passar o tempinho que o médico liberou a gente de ficar com ele, e eu percebi que ele ainda estava segurando minha mão. Quando deu a hora da gente ir, todos nós despedimos e eu fui a última por ter ido pegar um copo de água pra ele.

Ele deixou o copo do lado da cama e me abraçou forte, devolvi o abraço e beijei o rosto dele antes de soltar o abraço.

— Fica bem! Amanhã eu volto, e depois de amanhã, cê vai pra casa.

Segredos do coração | VEIGHOnde histórias criam vida. Descubra agora