Capítulo 14

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Como que eu vou dizer pra ela?
Que eu gosto do seu cheiro
Da cor do seu cabelo
Que ela faz minha pupila dilatar

Pupila| Anavitória e Vitor Kley

Pupila| Anavitória e Vitor Kley

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CHIHIRO VON HUNY

Eu não aguento mais estudar tanto sobre o Palmeiras. Eu estava exausto, com meu MacBook ligado e eu escrevendo no iPad. Eram 4 da manhã e eu não tinha dormido nada ainda. Ouço um barulho de porta se abrindo e, logo depois, Juan aparece na cozinha. Ele parece surpreso, talvez por me ver de óculos ou por eu provavelmente estar com a cara de morto. Ele pergunta se está tudo bem e balanço a cabeça que sim. Ele vai até a geladeira, pega uma garrafa de água e pergunta se preciso de companhia. Digo que não e que logo estava indo pra cama. A quem eu queria enganar? Eu estava enlouquecendo; nem na minha adolescência eu estudei tanto. Eu não ia dormir, minha ansiedade estava a mil. Queria o Richard pra poder me irritar um pouco e tirar toda essa ansiedade, mas ele tinha ficado no CT. Eles viajariam hoje para o jogo contra o Fluminense. Eu estava terminando uma redação até notar o horário e lembrar que tinha falado pra Leila que ia junto com os meninos pro Rio. Eles iam sair às 7 da manhã. Eu preciso ir agora. Fecho o Mac e vou pro quarto, tiro a roupa e vou pro banho quente. Pego a mala, abro, coloco meu carregador, o Mac e o iPad dentro e quase esqueço da pencil. Minha sorte é que ela estava na mesa preta, contrastando com sua cor branca. Ligo para um dos motoristas desponabilizados pela Leila e não demora muito até ele chegar. Era calado e sério; nem tentei puxar assunto, era outro diferente, mas era idêntico ao outro, a diferença é que esse gosta de Billie eilsh já que todas as músicas aparentemente eram dela eu não ligava, até cantava em pensamento amo todas.

Quando chegamos ao CT, os meninos já estavam prontos. O ônibus estava ao aguardo dos atletas. Desço e a primeira coisa que procuro é um café ou um energético pra que eu não desmaiasse de sono no caminho. Hoje seria a coletiva de imprensa em que eu seria apresentado antes do jogo contra o Fluminense. Estava ansioso e com resquícios de medo em meu semblante. Olho e finalmente vejo uma garrafa de café, mas quando dou um gole, seguro para não cuspir. Tinha açúcar e esqueci que pessoas que bebem café sem açúcar são minorias ou seja eu. Bebo o resto que tinha colocado no copo, me forçando a engolir cada gole que eu dava. Sinto uma mão em meus ombros. Era Richard que me dava um abraço rápido, sem ao menos eu ter tempo pra uma reação. "Que susto," sussurro em seu ouvido. Ele sussurra de volta: "Eu te amo, mi rosa." Eu falo de volta: "Também, meu álibi." Ele sai tão rápido que mal deu tempo de sentir borboletas no estômago. Então, logo vejo os jogadores, um por um, cumprimentando-os até chegar a Abel e Leila por último.

Abel: Vai com a gente? - questiona, me dando um abraço e uns tapas nas minhas costas.

Chihiro: Vou sim, mas não sei se aguentarei a viagem inteira acordado. - solto um sorriso forçado.

Leila Pereira: Está preparado? Não estou indo, mas Abel vai te guiar lá, viu? - ela me abraça e concordo com a cabeça. Para alguém que odeia contato físico, até que estou fingindo bem.

𝐈𝐧𝐞𝐟𝐚𝐯𝐞𝐥 ✗ 𝓡𝓲𝓬𝓱𝓪𝓻𝓭 𝓻𝓲𝓸𝓼Onde histórias criam vida. Descubra agora