VI. Desastre

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A primeira dedicatória dessa história foi para uma Lydia. Bom, a Lydia em questão era eu mesmo. Esse é o nome que foi atribuído a minha pessoa no nascimento. Eu gosto, acho lindo, mas não uso mais.

Dessa vez, dedico esse capítulo e o próximo a outra Lydia. Você é incrível, amorzineo, espero que goste. 💜

—♡——♡—

       Dimple.
Essa é a música que marcaria aquele momento por anos.
Suga estava levando um doce a boca quando a melodia mudou, seu olhar varreu o local e logo caiu sobre um rapaz vestindo Dior.
Estava sem óculos há dias, mas sua visão não era tão ruim ao ponto de não reconhecer aqueles cintos que pareciam partes de uma roupa de BDSM.

A iluminação estava baixa e Suga questionou por segundos sua sanidade, pois estava vendo alguém que nunca imaginou que veria fora de um palco.

Vestindo o conjunto que ele pediu para usar. Com um sorriso de coração e caminhando em sua direção.
Estava ligando os pontos e questionando também sua audição e senso. Como não reconheceu a voz que escuta religiosamente há dois anos em sua playlist?

Não percebeu quando o doce que ia comer caiu, nem que parou de respirar ou que estava tremendo.
Ele está há uma semana conversando com um cara aleatório e esse, esse cara aleatório é o idol que ele é fã, fã não, é apaixonado, obcecado!

Ou não, tudo pode ser coincidência, aliás Park é rico, de uma família famosa e conhece muitos famosos. Suga já tinha visto ao menos três ali: Jay Park— que é primo de Jimin—, Jeff Satur e um ator que Suga sabe qual papel fez, mas não decorou o nome.

Seria coincidência se aquele sorriso de coração não estivesse direcionado a ele.
Seria se não estivesse óbvio desde o momento que soube a profissão de Hobi.
Seria, realmente, muita coincidência.

— Eu acho que eu vi um gatinho.

Diz parando há poucos passos do garoto.

— Meu deus! — Seu olhar varre novamente o idol. — puta que p-

— Oh! Que gatinho da boca suja. — Ele abre os braços para receber um abraço.

Suga deixa o copo em cima da mesa e o abraça, a cabeça repousando no peitoral de Hoseok que logo leva uma das mãos em seus cabelos.

Tudo parecia irreal.
A melodia tocada, Hoseok abraçado nele, o fato de se sentir tão bem com um único abraço. Talvez fosse a emoção de fã misturada com a sensação de ver "o cara" que ocupava seus pensamentos há dias, com quem tem conversado todo dia e sabe sua rotina quase decorada.

— Você cheira muito bem. — Ele inala o perfume do Idol e essa é a primeira coisa coerente que diz. Sem ter certeza que Hoseok ouviu.

Ele ouviu e seu sorriso que já parecia não sair de seus lábios, se abriu mais. Qualquer um que visse, acharia até estranho.

— Ah, obrigado. — Responde sem se afastar dos braços que o prendiam como um coala. — Eu passei meu perfume favorito para vir te ver.

Suga levanta o rosto, os olhos felinos analisando as feições do outro.

— Então, não estou confundindo. Você realmente é o...

Eles se afastam, mas suas mãos seguem unidas. Ambos estão nervosos, Suga tremendo. Emoção ou ansiedades?

— Sim. Hobi. Esse é o apelido que minha família me deu na infância. — Coloca a mão livre no bolso. — Jung Hoseok ou J-Hope, prazer.

Somente aperta um pouco a mão que já segura. Isso atrai os olhos do Min para suas mãos.

Fotos Empoeiradas | SopeOnde histórias criam vida. Descubra agora