Prólogo

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     As caixas estavam jogados em todo chão do quarto. Os itens de dentro, nem se fala, alguns até em cima do computador de mesa. Um modelo antigo, de 2011, mas que o dono nunca teve coragem de se desfazer.

Alguns desses itens estão em suas mãos: fotos.
Ha aquelas que estão manchadas, rasgadas, sujas ... Empoeiradas.

Na caixa vermelha — Uma bem chamativa — estão algumas fotos, uma câmera e suas lentes. Um pequeno kit para quem gosta de trabalhar com fotos. Ou somente se divertir com tal coisa.

Ele sente uma mão em seu ombro provavelmente, estava ali há tempos demais. Segurando uma foto, onde eles estão de roupas bem antigas, ele suspira pronto para se levantar e começar a arrumar tudo, mas uma pessoa pressiona seu ombro para mantê-lo ali.

— O sorriso dele está lindo nessa.

— Sempre esteve. — Suspira novamente. Mania. — Se eu soubesse que tudo que me restariam seriam fotos ... Teria tirado mais.

Queria completar com um "Teria até deixado ele tirar fotos minhas se eu soubesse que isso seria tudo.
         
— Eu não sei quando exatamente o sorriso dele parou de brilhar, mas eu sei o dia exato que ele parou de sorrir.

Ele passa a mão no rosto, cansado. Arrependido.

— Querido ...

— Eu deveria ter ao menos fotografado aquele sorriso mais vezes.

Fotos Empoeiradas | SopeOnde histórias criam vida. Descubra agora