Capitulo 51

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ー Entre, Seung. Está parado na porta, por quê? ー Meu pai falou me empurrando de leve.

ー Oi, você chegaram? Eu estava no banho. ー Hana nos cumprimentou e sorriu. ー Minjun esse é Bang Chan, meu filho. - Logo Hana se ligou que não havia me apresentado à Bang Chan, para não levantar suspeitas, mas eu fiz um sinal dizendo que estava tudo bem.

ー E aí. ー Meu pai disse e os dois cumprimentaram-se com as mãos. ー Você é o famoso Bang. ー Eu tinha todos os motivos do mundo para querer ir embora dali. ー E essa deve ser a pequena Jaemin. ー Ele disse abaixando-se até ela e fazendo algumas brincadeiras. Já eu, fui até Jae e a peguei no colo ligeiramente, eu senti saudades daquela pequena.

ー Oi, linda. ー Falei e ela começou a dizer umas coisas esquisitas. ー Cara, eu babo em você. ー Falei e Hana riu, Bang Chan nem se movia, continuava naquele sofá sem expressão alguma, eu podia ver alguns efeitos das drogas nele, sua pele estava mais branca que o normal e suas olheiras eram profundas. Meu coração doeu.

Brinquei mais um pouco com Jae e a coloquei no chão, porém ela queria continuar em meu colo, então a peguei novamente.

ー Seung, você pode vir aqui me ajudar rapidinho? Não sei que sapato colocar. ー Hana disse, mas vi que era um pretexto para ela falar comigo, a segui por aquele enorme corredor e fomos parar em seu enorme quarto. ー Espero que não tenha nenhum problema.

ー Bang Chan? Não claro que não, é passado. ー Tentei dar meu melhor sorriso.

ー Ah, que ótimo. ー Ela sorriu. ー Vou colocar esses chinelos mesmo, estou nem aí. ー Ela disse.

ー Chinelos são maravilhosos. ー Falei e nós rimos, logo voltando para a sala de jantar.

Sentei-me no outro sofá que havia ali, garanto que se eu sentasse ao lado de Bang Chan ele explodiria.

ー Hana, eu tenho um presente para você. ー Meu pai disse. ー Pena que eu deixei dentro do meu carro. Droga. Vou ter que ir lá pegar. Vamos juntos? - Meu pai sugeriu e Hana assentiu meio tensa por ter que deixar eu ali com Bang, mas eu sorri a tranquilizando e logo os dois saíram.

Bang parecia estar em outro mundo ali sentado naquela sofá, ele não estava nem ligando para a minha presença, ele não tinha expressão alguma e aquilo já estava me assustando. Jae estava sentada no chão brincando com alguns brinquedinhos seus de borracha que faziam um barulho estranho.

ー Bang Chan... ー Minha voz saiu quase um sopro, ele virou-se para mim lentamente, quase um robô. ー Por que você faz isso consigo mesmo? ー Me referi as drogas. Ele não respondeu, permaneceu quieto. Levantei-me. ー Hein, Bang? Por que você faz isso consigo mesmo? ー Dessa vez eu quase gritei. ー Olha o seu estado, você acha que ninguém percebeu?

ー Eu não estou afim de ouvir sermões. ー Ele disse agressivamente. ー Cala a porra da boca.

ー Não, Christopher. Olha para você. ー Falei me avançando em sua direção e o levantando daquele sofá. ー Você está horrível. ー Horrível ele não estava, para mim continuava lindo. ー Olha essas olheiras, você está pálido, magro. Que porra. ー Falei quase chorando ao vê-lo nesse estado. ー Para com isso, por favor. Eu imploro.

ー Não finja que você se importa. ー Ele riu debochado.

ー Eu não estou fingindo, você sabe muito bem disso. ー Falei.

ー Foda-se, Seungmin. Eu não preciso de você tentando me ajudar.

ー Mas eu quero ajudar você, seu filho da puta. ー Falei. ー Eu...Te amo. ー O puxei para mim, o abraçando fortemente, pensei que ele iria me empurrar, mas ele foi capaz de corresponder o abraço, ele me apertava tão forte, fazendo eu me sentir tão seguro, lágrimas começaram a escorrer, só não sabia se era de felicidade ou tristeza.

Em seguida comecei a sentir seu corpo ficar mole e ele ficar mais pesado, quase me sufocando.

ー C-Chan. ー Eu tentava me soltar, assim que consegui, vi Ele cair com tudo no chão, ele estava desmaiado. Dei um grito de pavor e me abaixei até ele o sacudindo. ー Chan, acorda, por favor, Bang Chan. ー Comecei a chorar desesperadamente, olhei para Jae que continuava sentada apenas olhando, sem entender nada.

Peguei meu celular e disquei o número da emergência o mais rapidamente, um cara atendeu e eu pedi uma ambulância o mais rápido possível, deu o endereço e desliguei. Chan ainda respirava, mas tudo me preocupava.

ー O que aconteceu aqui? ー Hana gritou ao ver Bang Chan atirado no chão. ー Ai meu Deus. ー Meu pai olhava com cara de apavorado.

ー Ele desmaiou, Hana. ー Eu chorava, fazendo meu pai não entender. ー Eu já liguei para a emergência. ー Falei e ela se ajoelhou até Chan.

ー Pegue água, por favor. ー Ela pediu para meu pai que saiu correndo.

ー Hana. ー Eu soluçava e ela começara a chorar também. ー Eu nunca me perdoaria se acontecesse algo com ele. ー Falei. ー Nunca.

ー Você não tem culpa de nada. ー Ela tentou me acalmar, mas estava chorando tanto quanto eu. ー Seu pai vai estranhar o motivo de você estar chorando tanto. ー Ela disse.

ー Eu sei. ー Passei as costas das mãos no rosto. Logo meu pai veio com a água e mais dois homens que traziam uma maca, em seguida eles colocaram Louis ali e eu disse que iria junto.

ー Chaeryung, fique com Jae, por favor. ー Ela ordenou para a empregada e logo nós saímos, Hana foi na ambulância com Chan e eu e meu pai fomos atrás de carro.

ー Não entendi por que você está chorando tanto por causa do desmaio daquele garoto. ー Ele dizia desconfiado. ー Vocês já se conhecem? ー Ele perguntou e eu apenas assenti. ー Da onde?

ー Sem perguntas agora, por favor. ー Minha voz estava embargada por causa do choro.

ー Sim, mas depois nós vamos conversar.

[...]

ー Como ele está? O que aconteceu com ele? ー Perguntei ao avistar o médico enquanto esperávamos naquele corredor.

ー É, como está meu filho? ー Hana foi no embalo.

ー Ele está sobre a base de soros, ele ー O médico hesitou um pouco. ー Quase teve uma overdose.

ー Uma overdose? ー Hana levou as mãos à boca e minha reação não foi muito diferente.

ー Sim, a sorte é que foi quase, se por exemplo, ele se drogasse mais um dia, aí sim, nós chegaríamos à uma overdose completa podendo até o levar a morte.

ー Meu Deus. ー Me senti tonto.ー Mas não vai acontecer nada com ele, né? ー Perguntei.

ー Desde que ele fique em observação, nós podemos garantir que não acontecerá nada. ー O médico deu um sorriso.

ー Não sabia que seu filho tinha esse tipo de vida. ー Meu pai murmurou para Hana que o olhou triste, ele tinha perdido uma bela oportunidade de ficar quieto.

ー Posso vê-lo? Ele já acordou? Será que ele está bem? ー Eu perguntava tudo sem parar para respirar.

ー Calma, mocinho. ー O médico riu. ー Você é o namorado?

ー Não. ー Meu pai respondeu por mim.

ー É, não... Sou só... ー Tentei procurar algo para dizer. ー Amigo... É isso, amigo. ー Falei meio sem jeito.

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