Capítulo 55

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pov' bang chan

Eu saí daquela porra de hospital quase dando tiros pra cima de tão feliz, não aguentava mais ficar naquela merda, eu já estava bem o suficiente desde o dia anterior, se não estivesse, pode ter certeza que eu não iria ter conseguido foder aquela enfermeira gostosinha.

Grandes merdas, não era a mesma coisa do que foder com... Droga, Seungmin.

ー Pô, mãe. Os garotos deixaram o carro aí pra mim, vamos em qualquer lanchonete ou restaurante que nós acharmos, preciso comer uma refeição de verdade, comida de hospital é uma merda, essa porra é cara pra caralho e fica oferecendo essas sopinhas pros pacientes, ah vão tomar no cu. ー Eu estava bolado, meu estômago roncava.

ー Dá pra você parar de falar esse monte de palavrão? ー Minha mãe me corrigiu e eu travei o maxilar.

ー Desculpa pelo filho que você tem. ー Ironizei. ー Agora entre no carro, dona Hana. Preciso comer.

ー Tem aquela pequena lanchonete da rua 13, lá é bom e tem essas porcarias que você gosta. ー Minha mãe disse.

ー Boa ideia. ー Havia sido na frente daquele restaurante que eu havia dito para Seungmin que tudo estava acabado.

Eu dirigia em alta velocidade, como sempre, chegamos lá em dez minutos mais ou menos, estacionei e desci do carro nem olhei para os lados entrei direto naquela droga, com minha mãe logo atrás de mim. Parei e visualizei bem o ambiente, procurando um lugar bom para sentar, meus olhos passavam por cada cliente que estava ali, até que parou em um especial, a vadia, ele estava na lanchonete. Digo, Seungmin. E acompanhado de outro cara, um cara que eu conhecia, ah claro, o tal de San que me substituiu, já havia ouvido falar dele.

Pelo visto, não fui só eu que a avistei.

ー Seung. ー Minha mãe quase gritou, era inacreditável a adoração que ela tinha por esse  garoto.

Logo ela me puxou junto, levando-me até a mesa dos dois, eu estava com vontade socar aquele cara, não que eu estivesse com ciumes, eu não sentia isso. Ele olhou para minha mãe e vi ele ficar meio surpreso e assustado assim que seus olhos cruzaram com os meus, fiz questão de lhe lançar um olhar que poderia o fuzilar.

ー O-oi, Hana. ー Ele praticamente gaguejou e eu quase ri de sua falha.

ー Tudo bem, querido? Como você está? ー Minha mãe perguntava toda empolgada.

ー Estou bem... ー Seungmin respondeu meio sem graça, alias, totalmente desconfortável com minha presença.

ー Algum problema, Min? ー Resolvi implicar de leve.

ー Nenhum. ー Ele firmou a voz.

ー Não vai me apresentar seu amiguinho? ー Vi minha mãe me olhar com o canto dos olhos, meio que reprovando minha atitude.

ー Não. ー Ele disse e vi o tal de San a olhar sem entender.

ー Ah desculpe, eu sou San. ー Ele disse todo simpático, coisa que eu nunca fui com Seungmin. Ele estendeu a mão e eu não correspondi, apenas o olhei de cima a baixo, em seguida tirando um cigarro do bolso e acendendo.

ー Você não vai fumar, Christopher Bahngー Minha mãe quase gritou. ー Joga isso fora.

ー Se eu fosse você, Hana. ー Seungmin começou a falar com certa amargura na voz. ー Eu deixava ele fazer o que quiser da vida, se ele quer foder com a vida dele, ele que arque com as consequências depois, mas o certo seria que não tivesse ninguém para ajudá-lo, ninguém para se preocupar com ele, ninguém para chorar por ele, aí eu ia querer ver se existiria Bang Chan o fodão. ー Ele disse e logo respirou fundo, minha vontade era de queimar a porra do cigarro em sua pele, porque ele sabia direitinho com me atingir, minha mãe ficou quieta como se aquilo fizesse sentindo, e quer saber? Talvez fizesse. E quer saber outra coisa? Eu estava pouco me fodendo. Aquela bichinha do San olhava tudo sem compreender.

ー Você não estava com fome, Chan? Vamos. ー Minha mãe me chamou para aliviar a tensão. ー Até mais, Min. ー Ela sorriu.

ー Até mais, Hana. ー Eu e minha mãe sentamos em uma mesa um pouco distante dos dois, mas ainda dava para vê-los perfeitamente e pelo o que eu pude ver, eles se davam bem, muito bem, riam e conversavam como se fossem grandes amigos, ele parecia ser divertido e alegrá-lo, coisa que eu nunca fiz e nunca fiz questão de fazer, porque para mim, Seungmin era só algum tipo de posse, não era necessário essas baboseiras todas, sexo já era o suficiente. Porém, ele havia acabado com as minhas estruturas. O garçom veio, pedimos algo e depois de uns dez minutos ele veio com o rango, caralho, eu estava faminto. Faminto e perdido em meus pensamentos, nem eu me entendia e o que Seungmin havia falado, me atingiu de algum jeito.

ー Sabe, filho... ー Ouviu-se a voz de minha mãe. ー Podia ser você sentando no lugar daquele cara, o fazendo rir. - Ela disse ao observar que eu os olhava.

ー E quem disse que eu queria isso? ー Retruquei.

ー Não estou dizendo isso, Chqn. Mas que você deixa transparecer um pouco que sente algo por ele, ah, isso você deixa. ー Ela disse e quando eu fui tentar negar ela me interrompeu. ー Ou você acha que eu não vi o jeito que você o olha? ー Ela deu uma risada de leve. ー Você só tem que deixar esse orgulho de lado. ー Ela dizia e eu fingia que não estava dando bola, sendo que eu estava absorvendo tudo aquilo. ー Pense bem, Chan. Esse bando de garotas e garotos que você pega, nunca iriam parar em um hospital chorando se algo tivesse acontecido com você.

ー Chega, mãe. Você exagera demais. ー Falei, porém o que ela havia falado fazia sentido, mas mesmo assim, eu não queria me apaixonar, não queria amar, isso era perda de tempo. Olhei para os dois mais uma vez e eles estavam em uma harmonia total, não sei porque a raiva crescia dentro de mim, isso não fazia sentido. San disse algo e Seungmin deu uma gargalhada alta, fazendo ecoar em meus ouvidos e fazendo-me perceber o quanto aquela risada era gostosa e de repente, eu já não sentia mais fome. ー Não quero mais comer. ー Falei. ー Vamos? Tenho um monte de coisa para acertar com os garotos. ー Menti, eu só queria sair dali, geralmente, eu poderia ir até lá e quebrar a cara daquele filho da puta, mas Seungmin me odiaria mais ainda. Quer saber? Foda-se. Era isso que eu faria.

Deixei a gorjeta em cima da mesa e fui em direção à mesa dos dois, parei e acertei um soco forte na cara daquele mané, fazendo-o cair com tudo da cadeira para o chão, a última coisa que vi, foi Seungmin levar as mãos a boca e levantar para socorrer seu novo queridinho. Puxei minha mãe e nós saímos dali em seguida, não pude deixar de dar um sorriso, enquanto Hana ia o caminho inteiro me xingando.

Hoje à noite, não ia ter Seungmin que me impediria de ter prazer, Jungwon me ligou mais cedo e fez uma série de perguntas, até fazer eu convidá-lo para ir até meu apartamento e eu estava decidido: Hoje a noite seria frenética.

Possesive | Chanmin/Seungchan Onde histórias criam vida. Descubra agora