Cap 6 - A consulta

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- Sim mãe, estamos muito felizes com a notícia eu até me emocionei quando ele contou! - Vincent falava com sua mãe no celular -  Sim já contamos prós pais dele - Eu apenas ouvia a conversa quieto em meu canto pensando sobre o bebê até que - Falar com ele? Ah claro - Vincent me passou o celular

- A-Ah oi senhora Sugarman

- Oi doce ômega como vai?

- Ah, eu to bem e a senhora?

- Estou ótima depois de saber da novidade, como vai o bebê?

- Bom, é apenas um mês de gravidez, o bebê ainda não existe sabe... - Disse num tom cómico e Vincent me olhou bravo

- Ah... Sim... Entendo, bom acompanharei você nas consultas

- Que bom que terei uma companhia já que Vincent não irá

- O que? Ele não irá?! Passe o telefone para ele agora! - Passei o telefone para Vincent que me olhava bravo

- Oi mãe... O que? Quem disse que não vou com ele?... Óbvio que vou... Tá bem... Tá bem tchau, beijo mãe - E ele desligou a chamada com um sorriso no rosto que logo se desmanchou ao me olhar

- Qual o seu problema? Disse a ela que eu não iria nas consultas?

- E você ia?

-... isso não vem ao caso...

- Claro, tanto faz

- Não é "tanto faz" precisa ser mais atento, ter mais modos e agir como um ômega

- E como é agir como um ômega? É lavar suas cuecas? Fazer seu jantar? Dar filhos para você enquanto você come sua secretária? Ah vai pra merda Vincent, você já tá me enchendo o saco - Disse raivoso saindo de seu escritório

Fui até o nosso quarto onde entrei no banheiro, tranquei a porta e me sentei no chão e chorei, chorei até não poder mais, aquilo já havia virado rotina, me trancar no banheiro e chorar era mais essencial que água pra mim, Vincent sabia disso mas não ligava, e graças a deus ele não ligava

[ . . . ]

Já era o dia da consulta e eu estava ansioso, havia colocado uma blusa larga de banda e uma calça jeans, o bastante para fazer Vincent surtar o caminho inteiro até o consultório e ele só parou quando encontramos a mãe dele na entrada

- Doce ômega! como vai? - Ela disse empolgada me abraçando apertado

- Mãe deixa o coitado - Vincent disse separando o abraço

- Tudo bem, eu gosto de abraços, e eu estou bem e a senhora

- Estou ótima! Então vamos entrar? Está quase na hora da consulta! - Nós entramos e aguardamos cerca de cinco minutos até sermos atendidos, o médico era um Alfa, alto e moreno bem atraente

- Bom dia, sentem-se - Ele disse se sentando em sua cadeira giratória

Havia apenas duas cadeiras e acabou que apenas eu e a senhora Sugarman sentamos, Vincent optou por ficar em pé andando pra lá e pra cá de nervosismo

- Bom, vocês têm alguma pergunta antes de começarmos?

- Eu tenho - Levantei a mão como se estivesse em uma classe escolar - Estou grávido a um mês e já tenho efeitos como enjoos

- Seu marido é um lúpus certo? Os ômegas que engravidam de lúpus tendem a ter uma gestação mais acelerada, por exemplo, em seis meses de gestação você já estará pronto para dar a luz

- O que!? Seis meses? - Vincent que andava para lá e pra cá, parou chocado

- Sim, e por ser um Omega recessivo a gravidez pode ser de risco, ou seja, aconselho que trabalhe de home Office senhor Sugarman, pois seu ômega precisará do seus feromonios por perto, caso contrário o bebê podera se sentir mal e acabar por... Bem vocês sabem...

- Home Office? Eu não posso!

- Pode sim! Seu pai irá entender - Disse sua mãe estressada com ele

- Mas mãe

- Mas mãe nada Vincent Sugarman, você tem um ômega grávido para cuidar

- Aliás, não se preocupe se a barriga começar a crescer no segundo mês de gestação, isso é completamente normal você, então podemos começar?

Depois de tirar amostras de sangue e urina minha nós fomos embora, me despedi de minha sogra e eu e Vincent estávamos calados no carro, até que...

- Não me falou que era um ômega recessivo

- Não achei relevante

- Mas é, eu nunca me casaria com um ômega recessivo

- Porque?

- Porque são mais fracos, mais burros e com menos feromonios do que um ômega normal - Disse como o extremo preconceituoso que era e eu apenas o ignorei pois não estava afim de ter uma briga naquele dia

Ao chegar em casa fui direto para o quarto e Vincent para seu escritório, coloquei uma roupa confortável e passei o dia falando com Lily no celular, ela perguntava sobre como havia sido a consulta e como estava o bebê, ela disse até que já havia comprado roupinhas pra ele!

Meu dia havia sido até que calmo, eu estava assustado com o lance de ter um bebê dentro da minha barriga, mas precisava ser forte e precisava também evitar brigas pois como o médico disse era uma gravidez de risco e eu não queria perder meu bebê, não mesmo

Acho que já havia me apegado a ele, faz sentido certo? Ele está dentro de mim e é legalmente meu, está tudo bem eu me apegar a ele, certo?



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O cap de hoje foi curtinho pq to sem ideias foi mal

N esqueça da estrelinha

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