Cap 9 - A dor persiste

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Acordei com mais dores na barriga, infelizmente o inferno não havia acabado, Vincent estava ao meu lado dormindo tranquilamente o que me deu a entender que era cedo de mais, o céu estava claro e iluminava o quarto mas isso não importava agora, só importava o fato de que eu sentia uma imensa dor que me balançar Vincent bruscamente que acordou assustado

- O que foi?! - Ele disse se sentando na cama

- D-Dói - Eu estava com a mão na barriga, suava frio e minhas mãos estavam trémulas

Senti uma tontura tomar conta do meu corpo, minha cabeça girava e minha visão começou a ficar escura,  questão de segundos eu apaguei.

[ . . . ]

Acordei em uma cama de hospital sentindo meu corpo inteiro doer como se eu tivesse corrido uma maratona, eu estava tomando soro na veia e Vincent dormia em uma poltrona ao meu lado

- ah vejo que acordou - Disse o doutor entrando na sala

- O que aconteceu?

- Você deslocou a placenta

- O meu bebê está bem?! - Disse me sentando na cama hospitalar

- Esta tudo bem, com vocês dois, mas precisará ficar de repouso até o bebê nascer, isso significa que nada de serviços pesados, nada de estresse, e nada de alimentos gordurosos

- Tudo bem - Disse aliviado pelo meu bebê estar bem

- Bom, deve estar cansado, vou te deixar descansar mais um pouco e depois uma enfermeira irá voltar para te dar alguns remédios para dor - O doutor saiu me deixando sozinho com Vincent que até agora continuava a dormir

Fiquei ali analisando o deprimente quarto hospitalar, paredes brancas, sem decorações e um cheiro forte de álcool em gel e soro

- Você acordou! Como está? - Disse Vincent finalmente acordando

- Um pouco dolorido, mas nós estamos  bem - Disse pondo a mão na barriga e a acariciando

- Isso é ótimo... - Ele disse logo depois deixando um silêncio constrangedor entre nós que só acabou quando a enfermeira chegou me dando dois comprimidos, um para dores e outro era um calmante

- Isso vai te deixar meio apagado, então o papai aqui terá que cuidar de você - Ela disse se referindo a Vincent que estava em pé ao meu lado de braços cruzados

- Ah, eu?! - ele perguntou

- Óbvio, quem mais seria? - A enfermeira disse enquanto tirava a agulha da minha veia me fazendo dar um pequeno gemido de dor

Vincent teve que me levar até o carro em uma cadeira de rodas, e ao chegar em casa teve que me levar até o quarto em seus braços, odiava admitir isso mas ele era musculoso, seus braços eram mais grossos que minha cabeça!

Fiquei o resto do dia deitado na cama enquanto Vincent estava em seu escritório como sempre, até que comecei a sentir uma estranha vontade de ficar perto dele, mas essa vontade foi aumentando e me deixando desconfortável, agoniado, assim como foi da última vez, tentei usar o moletom que ele havia me dado mas não era o suficiente então por um impulso peguei todas as roupas de seu armário e coloquei na cama, formando um ninho onde deitei no meio e me cobri com uma manta bem quentinha, e finalmente aquela agonia havia passado, agora eu so sentia um enorme conforto

Acabei dormindo ali mesmo naquele amontoado de roupas mas acordei algumas horas depois com Vincent gritando raivoso na porta do quarto

- Que porra é essa!?

- Vincent calma deixa eu explicar...

- Explicar? Você fez um ninho com minhas roupas!

- Eu sei mas é que o bebê

- Dane-se esse bebê, eu já to cansado de ter que ficar fazendo coisas para você por causa desse maldito bebê! - Coloquei a mão na minha barriga por instinto de proteção

- não fale assim dele

- Eu falo o que eu quiser por que eu botei essa coisa em você! - Ele gritou

- Não chame ele assim! - Vincent ia gritar algo mas respirou fundo e disse

- Tanto faz, arrume essa bagunça antes que eu perca a cabeça - E saiu me deixando sozinho com minhas lágrimas,

Eu apenas queria que aquela agonia parasse... Eu não queria fazer disso uma guerra como ele sempre faz...

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Desculpem o cap pequeno, não se esqueçam de votar : )

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