Cap 18 - Uma chance

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Eu e Vincent estávamos em silêncio total desde que chegamos em casa, eu estava na cadeira de rodas pois me movimentar poderia me cansar demais, então eu estava totalmente desabilitado por um tempo, precisaria da ajuda de vincent para subir as escadas, deitar na cama, e etc

- Quero subir pro quarto - Disse e Vincent bufou e me pegou no colo estilo noiva

Ele subiu a escada cuidadosamente para não me derrubar ou tropeçar, minhas mãos estavam entrelaçadas no seu pescoço e seu cheiro estava forte, sua cara era séria, o que me fez dar um leve sorriso por achar fofo, mas logo me recompuz e desmanchei aquele sorriso idiota

Subimos as escadas e Vincent me deixou na cama, avisando que iria estar no escritório e se eu precisasse dele poderia gritar seu nome, que a porta estaria aberta e ele ouviria

- Tá bem - Disse enquanto me aconchegava na cama

Ele saiu me deixando sozinho e eu só pude pensar, pensar e pensar, em tudo o que havia acontecido desde que me casei, quantas vezes não fui parar no hospital, quantas vezes brigamos, quantas vezes senti saudade de dançar, deus como eu sinto falta de dançar...

Meu celular vibrou e quando o peguei vi que era Jhonatan que me ligava então logo atendi

- Olliver, como você tá?

- Bem, quer dizer, acabei parando no hospital após desmaiar mas nós estamos bem - Me referia a mim e ao bebê

- O que?! No hospital!

- calma estamos bem, é o que importa

- Mas...

- Jhonatan esta tudo bem, eu prometo

- Quando vocês vêm morar comigo? Aqui é mais seguro!

- Quando o bebê nascer ok? Por enquanto preciso do idiota do Vincent pra ter o bebê, sabe que ele gosta muito do Vincent

- Isso é uma droga, isso te prende a ele

- Eu sei...

- Ei, meu amor, vai ficar tudo bem - Eu gelei assim que ouvi ele me chamando de amor

- A-Amor?

- Sim, você não é o meu amor?

- C-Claro que sou, meu A-Amor... - Disse por me sentir obrigado

- Tenho que desligar, tenho um compromisso agora

- Tá bem, me liga mais tarde

- Claro, meu amor - Droga pare de me chamar assim! - Tchau, te amo

- E-Eu também... - Disse rápido e desliguei rapidamente a chamada antes que ele viesse tirar satisfação

- Só um amigo certo? - Disse Vincent entrando no quarto

- Estava espionando minha conversa?

- Sim, e bem feito, eu sabia que aquele canalha não era só um amiguinho

- Argh! Cala a boca Vincent, não temos nada!

- Mas eu ainda sou seu marido querendo ou não! Droga, me trate com respeito!

- Vincent por favor não quero desmaiar de novo por causa de uma briguinha fútil - Vincent ia falar algo mas se calou

- Tanto faz - Disse saindo e me deixando novamente sozinho

Dei um longo suspiro e pensei em dormir um pouco mas estava me sentindo agoniado demais, era a maldita vontade de estar com Vincent, droga, não tinha hora melhor pra ela chegar?

- VINCENT! - Gritei seu nome e ele apareceu rapidamente, ele estava sem fôlego, havia vindo correndo

- Aconteceu algo? O bebê está bem? Você está bem?

- estou bem - Ele revirou os olhos

- Então porque me chamou?

- P-Pode deitar comigo... Só um pouco - Ele ficou um pouco surpreso, mas logo afrouxou sua gravata e o seu palito e se deitou ao meu lado

Estávamos deitados em conchinha, mas sem nós tocarmos, ele não me abraçava nem nada mas só aquela aproximação já era o bastante pra mim.
Ele soltava feromonios que faziam eu me sentir mais seguro e confortável

Estava quase dormindo quando do nada Vincent entrelaçou seu braço em minha cintura e colocou seu rosto em minha nuca

- Não quero que vá embora depois que o bebê nascer... - Ele disse baixinho em minha nuca, me fazendo arrepiar - Quero que fique, comigo, quero que tenhamos esse bebê juntos, me desculpe gritar sempre com você, eu... Eu fico tão nervoso ao seu lado que não sei como reagir - ele me abraçou mais forte - Não quero que fale com aquele homem, ele quer tirar você de mim

- Pensei que me odiasse

- Eu não o odeio, eu só sou um desastre - Disse tristonho e eu me virei para ele

- Vincent, eu... eu não sei o que fazer ok? Eu não quero ter que ir embora mas tenho medo que isso seja apenas uma brincadeira de mal gosto e que depois você volte a ser o grande babaca que é

- Me desculpe por tudo, mas prometo que não é uma brincadeira, eu juro! - Dei um suspiro

- Vou te dar mais uma chance, por favor não seja um babaca

- Não vou - Ele disse sorrindo e colocou sua mão em meu rosto e tentou me beijar mas eu virei o rosto

- V-Vamos devagar ok?

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