Cap 10 - Palavras nada honestas

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Depois do que aconteceu eu e Vincent paramos de nos falar, ele me ignorava ficava trancado em seu escritório, e só saia para comer se eu não estivesse na cozinha, eu estava triste, pois fazia tempo que não sentia seus feromonios, não que eu gostasse de depender disso, mas meu bebê precisava, estava quase fazendo três meses de gravidez e desde então eu só havia passado por agonia e estresse

Estava deitado na cama encarando o nada, meus dias se tornaram tediantes, nada na tv me agradava e eu não tinha mais nada para fazer.
O ar condicionado estava ligado e eu estava coberto dos pés a cabeça, até que eu recebo uma ligação, era da minha mãe então logo atendi

- Oi meu amor como está?

- Estou bem, mãe

- Querido eu e o seu pai estávamos passando aqui perto da sua casa então pensamos em dar uma passadinha aí

- O que? - Disse me levantando rapidamente da cama

- Estamos quase chegando, tchau querido - Ela desligou sem me deixar dizer nada

Corri até o escritório de Vincent e comecei a bater desesperado em sua porta e ele logo atendeu nervoso

- O que você quer?!

- Meus pais estão vindo aqui agora! - Disse desesperado

- Que merda! - Ele disse irritado - Tá bem faremos o seguinte, estamos mais felizes do que nunca, somos um casal perfeito e pelo amor de deus coloque uma roupa decente! - Ele se referiu ao fato de eu estar usando pijamas

- T-Ta bem - Eu fui até o quarto colocando uma calça jeans e uma blusa de manga longa branca de algodão e um colar de florzinha de ouro

Você deve estar pensando "UAU Oliver você aprendeu a se vestir?"
Sim, eu vi no pinterest outfits formais pois Vincent não parava de reclamar de como eu me vestia então finalmente ele podia descansar

Eu e Vincent ficamos esperando na frente da porta por alguns minutos, até que finalmente ouvimos a campainha

- Eles chegaram - Disse nervoso

- Eu abro - Vincent abriu a porta e eu na hora comecei um sorriso delicado mas feliz

- Meu bebê! - Minha mãe logo abriu os braços e veio me abraçar enquanto meu pai comprimentava a Vincent com um aperto de mão - Está tão arrumado, iam sair?

- Não, eu apenas estava esperando vocês - Disse meio nervoso

- Nossa, você mudou o meu menino Vincent - ela disse rindo - A alguns meses ele só usava pijamas e blusas de bandas antigas

- É mãe eu mudei... - Menti

- Bom, e a comida? - Disse meu pai

- Querido! - Minha mãe o repreendeu pela "falta de educação"

- Ah, eu não tive tempo de fazer nada desculpe, mas posso cozinhar algo agora se vocês quiserem

- Tudo bem, querido, não precisa

- Precisa sim, estou morto de fome - Disse meu pai

- Se for assim, eu te ajudo querido - Minha mãe disse

- Não precisa eu quero fazer um jantar para vocês, afinal vocês nunca comeram uma comida preparada por mim - Minha mãe sorriu de orgulho

- Vocês podem ficar comigo na sala se quiserem

- É claro, vamos botar o papo em dia - Disse meu pai

Os três foram até a sala e eu corri até a cozinha, e fui botando a água para ferver e pegando cebola e alho para picar, logo quando estava picando a cebola Vincent entrou na cozinha silenciosamente, me assustando

- O que está fazendo aqui?

- Vinho - Disse pegando um vinho na prateleira

- Ah sim... Ficamos quietos enquanto Vincent abria a garrafa, até que eu decidi cortar o silêncio

- Podemos parar de brigar?

- O que? - Ele disse confuso

- Eu não quero brigar, Vincent querendo ou não temos um bebê juntos, e ele precisa de você, mesmo eu repreendendo esse sentimento, não dá, porque é o natural de um ômega, eu não tô dizendo que quero que me ame como seu ômega, só to pedindo para sermos amigos - Disse cabisbaixo enquanto continuava a cortar a cebola

- Tanto faz - Ele disse seco e saiu com o vinho e três taças em sua mão

Aquilo me desmotivou muito, eu queria chorar, parecia que ele gostava de estar em guerra o tempo todo, eu só queria acabar com tudo isso pelo bem do meu bebê

Continuei fazendo as minhas coisas ainda abalado e depois de cerca de uns 25 minutos a comida já estava pronta, eu a servi na sala de jantar e fui lá chamar todos que bebiam enquanto conversavam

- A comida está pronta - Meu pai logo levantou feliz e foi até a cozinha juntamente de minha mãe e Vincent os seguiu, passando ao meu lado sem olhar em minha cara

Nós nós sentamos e ficamos conversando sobre algumas coisas, minha mãe falava sobre como estava ansiosa para a chegada do bebê e eu apenas sorria a todo momento

- Como que o papai aí está se sentindo em? - Ela disse para Vincent que comia sua comida sem prestar muita atenção na conversa

- Ahn? Ah sim... Bom eu estou muito feliz com isso - Disse não muito convincente

- Mesmo? Não parece muito feliz- Minha mãe disse o afrontando

- Senhora, estou mais feliz que nunca, eu sei que era para ser um casamento falso mas eu verdadeiramente me apaixonei pelo seu filho - Ele mentiu determinado a fazer a minha mãe acreditar nele - Meu amor - Ele se virou para mim pegando em minha mão - Você sabe que eu te amo não é? Mais que tudo - Naquele momento eu estava um pouco chocado mas ao mesmo tempo senti um conforto envolver minha barriga e logo coloquei a mão nela

- Own... Que saudade de quando você era assim querido - falou para o meu pai

- Eu ainda sou assim! - Disse ele

- Não é não!

- Sou sim - E logo uma pequena discussão boba começou fazendo Vincent soltar uma pequena risada

Mas eu não notava isso pois ainda pensava nas palavras falsas de Vincent, que mesmo não sendo reais, me ajudaram muito...

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